Entretenimento
Cantor Moraes Moreira morre aos 72 anos
Do Uol
Moraes Moreira, fundador dos Novos Baianos e um dos músicos mais importantes da música brasileira, morreu hoje (13) aos 72 anos. A notícia foi confirmada ao UOL pela assessoria de imprensa do grupo. A causa não foi informada. O baiano morreu em casa, no bairro da Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde vivia.
Ao lado de Paulinho Boca de Cantor, Luis Galvão, Pepeu Gomes e Baby Consuelo (hoje Baby do Brasil), Moreira formou os Novos Baianos em 1968, que estreou em Salvador com o show “Desembarque dos Bichos Depois do Dilúvio”.
A estreia do grupo em disco aconteceu em 1970, com o álbum “É Ferro na Boneca”. O disco apresentou uma nova estética musical brasileira, a do pós-tropicalismo, que empregava elementos de nossos ritmos, como o samba e a bossa nova, e os misturava fortemente com os da contracultura, incluindo o psicodelismo e as guitarras elétricas.
Nos Novos Baianos, compondo principalmente com Luis Galvão, Moraes Moreira revolucionou a música brasileira, ganhando respeito de seus pares, ao mostrar que não havia limites para misturas. Rodas de samba poderiam conviver com o rock. O frevo e a chamada MPB não eram incompatíveis. Baião e choro passariam a ser ritmos irmãos.
Na base do sincretismo sonoro, o grupo ficou na ativa, originalmente, entre 1969 e 1975, quando lançou discos históricos como “Acabou Chorare”, eleito pela revista “Rolling Stone” em 2007 o melhor álbum brasileiro de todos os tempos, “Novos Baianos F.C.” e “Vamos pro Mundo”.
Após a dissolução do grupo, Moreira seguiu em uma bem-sucedida carreira solo, tornando-se pioneiro no universo dos trios elétricos, no trio Dodô e Osmar, e marcando sucessos de Carnaval como “Pombo Correio”, “Vassourinha Elétrica” e “Bloco do Prazer”.
Nos anos 1980, sempre exaltando a “baianidade” e a brasilidade, uma de suas principais marcas artísticas, oxigenou a carreira com álbuns como “Mancha de Dendê Não Sai”, “Tocando a Vida” e “Mestiço é Isso”, que trouxeram novos timbres e sonoridades e ajudaram a renovar seu público.
Nessa época, ele passou a participar de programas de TV e ganhou ainda mais notoriedade ao emplacar trilhas em várias novelas da TV Globo, incluindo o sucesso “Roque Santeiro” (1985), que trazia como tema de abertura a música “Santa Fé”.
A partir dos anos 1990, já consagrado, Moraes continuou sob os holofotes alternando discos de estúdio e homenagens ao próprio legado. A gravação do “Acústico MTV”, lançado em 1995, e registros como “50 Carnavais” (1997), “Meu Nome é Brasil” (2003) renderam mais sucesso.
Mesmo com o reconhecimento solo, Moraes Moreira jamais minimizou o passado nos Novos Baianos. Ele se reuniu com os colegas duas vezes: em 1997, ocasião que rendeu o álbum ao vivo “Infinito Circular”; e em 2015, para uma série de apresentações registrada em “Acabou Chorare – Novos Baianos se Encontram”.
Nesse último encontro, o grupo empreendeu uma das mais bem-sucedidas turnês da carreira, com shows de ingressos esgotados pelo Brasil, ancorados principalmente por seguidores da nova geração e pelo reconhecimento da crítica, que jamais havia sido tão portentoso.
É impressionante, mas em cinco minutos de convívio, me senti voltando aos anos 1970. É a mesma energia que percorre nossos corpos, as mesmas gargalhadas. É um reencontro verdadeiro, de amigos que se amam e que sentem prazer em tocar juntos.
Moraes Moreira em entrevista ao UOL, em 2016.
Voz crítica.
Antes do início da pandemia do novo coronavírus, o músico, que tem mais de 40 discos gravados, vinha preparando um novo projeto de inéditas. No início do ano, surpreendeu ao admitir que estava cansado de tocar alguns dos clássicos dos Novos Baianos.
Há duas semanas, ele voltou aos noticiários ao alfinetar a parceira Baby pelas críticas ao musical “Novos Baianos”, dirigido por Otávio Mullerque e que conta a história do grupo com toques de ficção, o que dividiu a opinião dos integrantes:
Baby queria que não dissesse que fumou maconha, que tomou ácido, que fez tudo. João Gilberto deve estar se mexendo na sepultura, porque o nosso grupo fumou, sim, tomou ácido, sim, fez músicas maravilhosas em estado de fumar maconha sim. A gente fazia música inclusive para ela
Ouça aqui um dos grandes sucessos do cantor:👇
Entretenimento
Disputa milionária ameaça apresentação do Guns N’ Roses em Cuiabá
JB News
Da Redação
A realização do show do Guns N’ Roses, marcado para o dia 31 de outubro na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), virou caso de Justiça. O evento, um dos mais esperados do ano no Centro-Oeste, está no centro de uma disputa entre as empresas LPV Business e Entrel Entretenimento, que travam uma batalha judicial sobre quem de fato detém os direitos de produção da apresentação.
A LPV Business, responsável pela captação de investimentos e parte da operação do evento, afirma ter pago R$ 500 mil à Entrel como adiantamento contratual, aguardando os documentos que comprovariam a cessão da data, o contrato com a banda e o acordo com a plataforma Bilheteria Digital.
Esses documentos, no entanto, nunca foram apresentados pela Entrel — que, mesmo assim, teria exigido mais R$ 4,3 milhões, sob ameaça de cancelamento do show.
Diante do impasse, a LPV ingressou na Justiça pedindo tutela de urgência para suspender os pagamentos e obrigar a Entrel a exibir os contratos. O caso tramita na 11ª Vara Cível de Goiânia (GO), sob responsabilidade da juíza Luciana Monteiro Amaral, que já concedeu decisão favorável à LPV.
Em decisão proferida em 25 de agosto, a magistrada reconheceu que há indícios de irregularidade na conduta da Entrel e determinou que a empresa apresente, em até dez dias: o contrato com o Guns N’ Roses; documento que comprove a cessão da data na Arena Pantanal; o contrato com a Bilheteria Digital.
Enquanto os papéis não forem apresentados, a LPV está desobrigada de efetuar novos pagamentos.
A juíza também destacou que o risco de prejuízo é “elevado”, uma vez que os ingressos já estão sendo vendidos e a estrutura logística do evento está em andamento, sem garantias formais sobre a legalidade da operação.
“A exibição dos documentos é medida legítima e proporcional para verificar a legalidade da operação — não há conflito insuperável entre sigilo e o direito à transparência”, diz trecho da decisão judicial.
O caso ganhou novos contornos quando a própria Entrel admitiu ter firmado uma nova parceria com terceiros para a realização do show, mesmo sem rescindir formalmente o contrato anterior. Segundo a LPV, a manobra representa traição contratual e quebra de boa-fé, já que a empresa teria negociado “às escondidas” enquanto exigia pagamentos adicionais.
Fontes próximas ao processo apontam que o novo parceiro seria Élcio Ramos, identificado como representante político e lobista local. A Entrel, por sua vez, alega sigilo comercial e sustenta que a parceria com a LPV teria sido rescindida de pleno direito em maio, versão que ainda não foi reconhecida pela Justiça.
A LPV Business afirma que continua mobilizada para garantir a realização segura e transparente do evento, preservando os direitos de consumidores, fornecedores e patrocinadores. “Nosso compromisso é com a legalidade, a boa-fé e o público que aguarda o show”, informou a empresa em nota.
Com a decisão em vigor, o futuro do show do Guns N’ Roses em Cuiabá segue indefinido. Caso a Entrel não apresente os documentos exigidos pela Justiça, a produção pode ser paralisada ou substituída judicialmente, o que acende o alerta entre fãs e investidores do evento.
veja
5. Integra – Autos n. 5529976-51.2025.8.09.0051 sa
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