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Empresários e servidora da saúde de Cuiabá são alvos na quarta fase da Operação Curare

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Da Redação

A Policia federal (PF) cumpriu quatro mandados de busca e apreensão contra uma quadrilha que já desviou mais de R$ 3 milhões de reais de recursos destinados a saúde de Cuiabá.

A polícia Federal Vasculhou a casa do ex-secretário adjunto da secretaria de saúde de Cuiabá na quarta fase da operação Curare nesta manhã de quinta-feira 20.04.

Milton Correa da Costa é suspeito da participação em um esquema que desviou cerca de R$ 3 milhões de reais da saúde da capital.

Milton é dono da empresa Family Medicina e Saúde, que detinha o contrato de R$ 5 milhões de reais com a prefeitura da capital. No ano passado o empresário teve seu ´pedido de prisão pelo interventor Hugo Lima, por abandonar um contrato de fornecimento de maço de obra médica.

Durante o cumprimento dos mandados nesta manhã de quinta-feira, a PF também teve como um dos seus alvos o empresário Douglas Castro dono da Vip Serviços Médicos, além de uma servidora por nome Thamara Ferreira Torres.

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Polícia Federal

PF aponta empresa de Cuiabá como centro de esquema de venda de sentenças e cita filha de ministro do STJ

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por Alisson Gonçalves

A Polícia Federal identificou a empresa Fource, sediada em Cuiabá, como o núcleo central de um esquema de compra e venda de decisões judiciais em tribunais superiores.

O relatório parcial da Operação Sisamnes, obtido pelo Estadão, indica que os sócios Haroldo Augusto Filho e Valdoir Slapak comandavam a estrutura criminosa, que teria alcançado gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com o documento, Haroldo exercia “influência direta” em gabinetes do tribunal, mantendo relação pessoal com a advogada Catarina Buzzi, filha do ministro Marco Buzzi, do STJ.

A Polícia Federal pediu ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para aprofundar as investigações, que agora incluem a apuração sobre a eventual participação da filha do magistrado.

A PF relata que o empresário Haroldo utilizava a Fource para patrocinar eventos jurídicos e se aproximar de autoridades, explorando o trânsito social e profissional para viabilizar decisões favoráveis a interesses privados.

Segundo o inquérito, Catarina chegou a manter contato com Roberto Zampieri, advogado assassinado em dezembro de 2023, que seria um dos intermediários do esquema.

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Questionados pelo Estadão, Marco Buzzi, Catarina Buzzi e a Fource não responderam aos pedidos de esclarecimento.

A advogada afirmou anteriormente que nunca atuou em processos de interesse de Haroldo no gabinete de seu pai.

Já o ministro informou que não tem conhecimento sobre relações entre a filha e o empresário e que não proferiu decisões que o beneficiassem.

A investigação também cita o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como responsável por articular o acesso a servidores e magistrados, e o advogado Zampieri, que organizava as demandas e intermediações.

Segundo a PF, ambos mantinham contatos em Brasília com o objetivo de manipular prazos, minutas e pautas processuais no STJ.

O relatório revelou ainda que Andreson estruturou uma “rede de intermediários, operadores e servidores estratégicos” para comercializar decisões judiciais.

Em dados obtidos da nuvem de seu celular, foram encontrados diálogos e comprovantes de pagamentos a Márcio Toledo Pinto, servidor do STJ demitido recentemente após suspeitas de envolvimento no esquema.

Os investigadores constataram que uma empresa em nome da esposa do servidor recebeu R$ 4 milhões em transferências de Andreson, no mesmo período em que ele repassava minutas de decisões do gabinete da ministra Isabel Gallotti.

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A PF conclui que o grupo estruturado pela Fource servia como pilar de um mercado paralelo de influência, no qual contratos milionários de advocacia e consultoria eram usados para garantir decisões previamente combinadas.

O relatório destaca que as apurações ainda estão em andamento e que novas diligências devem ser realizadas para identificar todos os envolvidos e suas responsabilidades penais.

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