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Secretário de Obras de Cuiabá determina auditoria no contrato com a Bem-estar

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Por AlissonGonçalves

*Secretário de Obras de Cuiabá determina auditoria no contrato com a Bem-estar para melhorar fiscalização de serviços*

O secretário municipal de Obras Públicas de Cuiabá, Reginaldo Teixeira, iniciou um processo de auditoria no contrato com a empresa Bem-estar Prestadora de Serviços, responsável por operações de logística e engenharia no município. Durante uma reunião realizada na última quarta-feira 22.01, o secretário se reuniu com o presidente da empresa, Vitor Guimarães, para discutir a transparência e a eficácia dos serviços prestados.

O principal foco da auditoria será verificar o quantitativo de profissionais contratados e alocados pela empresa, uma vez que, segundo Teixeira, não havia controle efetivo sobre o número de trabalhadores ou a medição das atividades realizadas.

“Nunca houve um controle de ponto adequado para garantir que os profissionais cumprem as jornadas de trabalho estabelecidas”, destacou o secretário.

Além da auditoria no contrato, foi determinado que fiscais da Secretaria de Obras acompanhem as frentes de trabalho, garantindo o cumprimento das metas e a qualidade dos serviços prestados. Será implementado também um controle diário de presença dos funcionários nos postos de trabalho.

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Teixeira reforçou a importância de uma fiscalização rigorosa e a transparência nas ações da administração pública.

Atualmente, 67 profissionais da empresa Bem-estar estão alocados na Secretaria de Obras, executando atividades como desobstrução de vias, limpeza de córregos e recuperação de pavimentos.

O contrato com a empresa é válido até 5 de fevereiro de 2025, com possibilidade de prorrogação por mais seis meses, em regime emergencial.

Vitor Guimarães, presidente da Bem-estar, agradeceu a iniciativa do secretário e ressaltou que, até o momento, não havia tido um diálogo efetivo sobre a real situação do quadro de funcionários, o que dificulta a gestão do contrato

. Teixeira finalizou a reunião enfatizando que uma nova licitação será preparada para contratar uma empresa que cumpra rigorosamente todas as exigências contratuais.

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“O dono da quebrada” : Quem é Joseph Ibrahim Júnior, o herdeiro de WT no tráfico de drogas que tocava o terror em Cuiabá

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por Nayara Cristina

A prisão de Joseph Ibrahim Khargy Júnior, nesta quarta-feira (10), durante a Operação Tempo Extra, expôs o novo rosto do tráfico de drogas em Cuiabá. Apontado como sucessor de Paulo Witer Farias, o WT — considerado um dos tesoureiros do Comando Vermelho em Mato Grosso — Joseph não apenas herdou o comando de parte do esquema criminoso, mas passou a ser reconhecido como a liderança responsável por reorganizar a distribuição de drogas e a lavagem de dinheiro na capital.

Após a queda de WT, em abril de 2024, na Operação Apito Final, Joseph ganhou espaço dentro da facção e assumiu a chefia do tráfico no bairro Jardim Florianópolis, região que se tornou o epicentro das atividades do grupo. Autoproclamado “Dono da Quebrada”, ele controlava rigidamente a circulação de entorpecentes e determinava que nada relacionado ao tráfico — da venda de pequenas quantidades até a movimentação de grandes carregamentos — poderia ocorrer sem sua autorização. Essa postura impôs respeito e temor entre comparsas e moradores, consolidando sua figura como herdeiro natural da estrutura deixada por WT.

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De acordo com a Polícia Civil, Joseph exercia papel estratégico: era o responsável por manter ativa a rede de distribuição de drogas em Cuiabá, articulando a compra, venda e o repasse a pontos menores de comercialização. Além disso, ele cuidava da gestão financeira, utilizando empresas de fachada para lavar o dinheiro do tráfico. Essas firmas eram criadas apenas no papel, sem sede física ou funcionários, mas serviam para dar aparência de legalidade a recursos que, na prática, vinham do crime organizado.

A rotina criminosa de Joseph incluía coordenar comparsas, organizar escalas de venda e monitorar o fluxo de dinheiro e drogas no bairro. Para manter o domínio, ele também usava do prestígio herdado de WT, garantindo que a facção permanecesse no controle do Jardim Florianópolis e mantendo o Comando Vermelho enraizado na capital mato-grossense. O delegado Rodrigo Azem, que esteve à frente da operação, explicou que Joseph era visto como o sucessor natural de WT: “Ele assumiu o papel de liderança local, se autodenominando chefe da região e mantendo todo o tráfico sob sua responsabilidade. Nada acontecia sem sua permissão”.

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Além de controlar o território, Joseph foi responsável por tentar reestruturar a organização criminosa após o desmantelamento provocado pela Apito Final. O objetivo era manter a facção funcionando, mesmo com a prisão de suas principais lideranças. Ele passou a ser o elo entre o comando financeiro, já enfraquecido pela prisão de WT, e os executores que atuavam na ponta da distribuição. Essa posição o colocou no centro das atenções das autoridades, que o investigaram por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, organização criminosa e até roubos associados ao financiamento do grupo.

Com a sua prisão, a Polícia Civil acredita ter atingido o núcleo que mantinha vivo o tráfico no Jardim Florianópolis, considerado território estratégico para o Comando Vermelho em Cuiabá. Joseph não era apenas mais um integrante: ele era o herdeiro direto de um dos homens mais influentes do crime organizado em Mato Grosso e, na prática, o responsável por manter a engrenagem do tráfico girando após a queda de WT.

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