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Proibição do abate de cavalos põe em xeque mercado de carne equina no Brasil

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Está debate no Congresso um projeto de lei (PL 5.949/2013, de autoria dos deputados Ricardo Izar e Célio Studart) polêmico, que propõe proibir o abate de cavalos, mulas, jumentos e outros equídeos em todo o país. A proposta, em discussão na Comissão de Meio Ambiente da Câmara, discute o bem-estar animal e impactos econômicos, especialmente na cadeia de exportação de carne equina.

Em 2024, o Brasil abateu cerca de 175 mil equídeos, resultando em 22 mil toneladas de carne. No comércio exterior, os embarques somaram 2,6 mil toneladas, gerando US$ 10,6 milhões (R$ 57,4 milhões). O volume colocou o país entre os principais fornecedores mundiais, respondendo por quase um quinto do total exportado no planeta. A maior parte teve como destino a China, que absorveu mais da metade do produto, seguida por Japão, Bélgica e Rússia.

Pelo projeto, os frigoríficos legalmente habilitados seriam fechados, impactando toda a cadeia, que não só atende à exportação como produz couro, crina e farinha de sangue com outros usos econômicos. Os defensores da proposta enfatizam o caráter cruel de métodos inadequados de abate, alegando que o protocolo atual — que usa equipamentos projetados para bovinos — não assegura a insensibilização adequada dos equídeos.

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Do outro lado, parlamentares alertam que a atividade segue normas sanitárias rígidas e que a proibição representaria um corte abrupto em um segmento que gera renda e empregos. Apontam também o risco de criar precedente para a eventual proibição de outros setores pecuários, como bovinos ou suínos, que são fundamentais para a alimentação e economia do país.

Hoje, o consumo de carne equina é legal no Brasil sob fiscalização do Ministério da Agricultura. O projeto, portanto, pode mudar o cenário: ou o país adota uma posição de vedação total , como já ocorre em alguns países europeus, ou mantém a atividade como parte pauta de exportações do agronegócio.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIOS

Vietnã recebe as primeiras 27 toneladas de carne bovina brasileira

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O Vietnã recebeu, nesta semana, o primeiro embarque de carne bovina brasileira, uma carga de 27 toneladas do corte patinho. A remessa marca o início efetivo das exportações para o país asiático, após a abertura de mercado concluída em março deste ano.

O anúncio da abertura foi feito em 28 de março pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após encontros oficiais com a liderança vietnamita, incluindo o primeiro-ministro Phạm Minh Chính. “Depois de muitos anos de tentativas, o primeiro-ministro anunciou que finalmente vai comprar a carne brasileira. É uma notícia extraordinária e acho que é muito importante para o Vietnã e para o Brasil”, declarou o presidente Lula na ocasião.

O presidente também destacou que a aproximação abre espaço para investimentos em frigoríficos brasileiros no Vietnã, o que pode transformar o país em uma plataforma de exportação para todo o Sudeste Asiático.

Em 2024, o Vietnã importou US$ 3,9 bilhões em produtos agropecuários do Brasil, com destaque para cereais, farinhas, fibras têxteis e o complexo soja. Com uma população de 101 milhões de habitantes, o 14º país mais populoso do mundo representa um mercado em expansão para o agronegócio brasileiro.

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, avaliou o embarque como uma conquista para a agropecuária brasileira. “Cada novo destino alcançado representa mais renda para o produtor rural, mais empregos no Brasil e a certeza de que a nossa produção encontra espaço nas mesas de milhões de pessoas ao redor do mundo”, disse.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, acrescentou que o resultado é fruto de um trabalho conjunto. “O primeiro embarque materializa um esforço que envolveu governo e setor privado. O acesso ao mercado vietnamita se soma às mais de 430 aberturas já alcançadas nesta gestão, amplia a presença do Brasil no mercado asiático, fortalece nossa balança comercial e diversifica destinos”.

A cerimônia que marcou a chegada da carga ao país contou com a presença do adido agrícola do Brasil no Vietnã, Juliano Vieira, que vem participando ativamente das negociações e apoiando a aproximação entre os setores privados dos dois países. A atuação dos adidos agrícolas tem sido decisiva na expansão internacional do agro brasileiro: mais de dois terços das aberturas de mercado ocorreram em postos que contam com adidância agrícola.

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Produção recorde

Em 2024, a pecuária brasileira registrou produção recorde. A carne bovina alcançou 10,9 milhões de toneladas, enquanto o total das carnes bovina, suína e de aves somou mais de 31 milhões de toneladas, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais de proteínas.

Com o início das exportações ao Vietnã, os dois países aprofundam uma relação comercial que já movimenta bilhões de dólares em produtos agropecuários. A expectativa é que o fluxo de embarques se intensifique nos próximos meses, ampliando a presença do Brasil no Sudeste Asiático e consolidando a cooperação técnica e sanitária entre os dois países.

Informação à imprensa
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Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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