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Platão: nova ferramenta de IA do TCE-MT agiliza processos e fortalece fiscalização

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16/09/2025 16:22

Ferramenta moderniza processos internos, aumenta a produtividade e garante maior segurança no uso de dados públicos

Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
O presidente Sérgio Ricardo afirmou que a inteligência artificial pode ser uma aliada estratégica da boa governança, da eficiência e da transparência. Clique aqui para ampliar.

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) lançou, nesta terça-feira (16), a plataforma de inteligência artificial Platão, desenvolvida para agilizar processos internos, dar mais eficiência à fiscalização e garantir maior segurança no uso de dados públicos. A ferramenta realiza desde tarefas simples do dia a dia até análises complexas que envolvem decisões estratégicas, com impacto direto na gestão pública e na sociedade.

“Vivemos um tempo de transformação. A inteligência artificial, quando bem compreendida e bem aplicada, pode ser uma aliada estratégica da boa governança, da eficiência e da transparência. Então, nosso papel como órgão de controle é orientar, capacitar e fomentar inovações como esta, que permitem melhores entregas de serviços à sociedade”, disse o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo.

Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
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A plataforma de inteligência artificial foi desenvolvida pela Secretaria Executiva de Tecnologia e Informação (SETI), coordenada por Reginaldo Hugo dos Santos. Clique aqui para ampliar.

Desenvolvida pela Secretaria Executiva de Tecnologia e Informação (SETI), a ferramenta conta com módulos baseados em IA generativa e é destinada exclusivamente para uso do público interno. Foi o que explicou o titular da SETI, Reginaldo Hugo dos Santos, ao destacar as funcionalidades da proposta.

“É uma plataforma modular, dividida por áreas de gestão, que pode apoiar tanto em tarefas corriqueiras quanto em processos mais sofisticados. O objetivo é acelerar o fluxo de trabalho, permitindo que os servidores se dediquem à análise crítica e à tomada de decisão. É importante lembrar que a IA não veio para tomar o lugar de ninguém. Ela apenas auxilia, mas a palavra final é sempre do servidor”, explicou.

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Entre os módulos apresentados está o chat Platão, que permite aos servidores utilizar inteligência artificial em um ambiente seguro, garantindo a proteção de informações sigilosas. Além de fortalecer a fiscalização, a plataforma também moderniza a gestão interna, centralizando serviços de gestão de pessoas antes restritos à intranet, tornando-os acessíveis de forma rápida e prática para todos os servidores.

Para o secretário executivo de Gestão de Pessoas, Enéias Viegas, além de fortalecer a fiscalização, a plataforma também traz avanços para a gestão interna. “Nosso objetivo é facilitar o dia a dia de quem atua no TCE-MT, fortalecendo a cultura de inovação e garantindo que a tecnologia esteja a serviço de uma gestão pública mais eficiente e humanizada”, disse.

Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
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Consultor jurídico-geral do TCE-MT e coordenador pedagógico da Escola Superior de Contas, Grhegory Maia, também ressaltou os ganhos institucionais da plataforma.

O consultor jurídico-geral do TCE-MT e coordenador pedagógico da Escola Superior de Contas, Grhegory Maia, também ressaltou os ganhos institucionais da novidade.“A inteligência artificial vai trazer mais celeridade e mais conhecimento sobre dados e políticas aos julgadores finais, que são os conselheiros. Com isso, eles terão ainda mais segurança sobre cada processo de cada jurisdicionado”, afirmou.

Já o auditor público externo Victor Augusto Godoy salientou, em sua apresentação, a importância da engenharia de prompt, ou seja, a formulação de comandos precisos para que a inteligência artificial responda de forma assertiva.

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“O prompt é como a programação em linguagem natural. É saber pedir para a máquina exatamente aquilo que se deseja”, disse. Além disso, chamou a atenção para a agilidade nos processos. “Em um teste prático, conseguimos gerar 100 ofícios em menos de um minuto, algo que manualmente levaria pelo menos um dia”, exemplificou.

Crédito: Tony Ribeiro/TCE-MT
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Servidores do TCE-MT participaram do lançamento da plataforma Platão e da Cartilha de Uso Ético de Inteligência Artificial no Serviço Público.

Na ocasião, também foi apresentado o módulo de análise de licitações, que representa um salto na fiscalização preventiva. Para o auditor público de externo Bruno Zys, o sistema permitirá reduzir drasticamente o tempo gasto na análise de editais e outros documentos relacionados.

“Uma análise manual de um edital de licitação, que pode levar em média dois dias, pode cair para uma ou duas horas. Com essa atuação tempestiva e preventiva, o Tribunal tem capacidade de identificar potenciais irregularidades de forma antecipada e determinar as correções necessárias. Assim, a licitação ganha competitividade, aumenta a concorrência e, consequentemente, reduz os preços finais de aquisição”, pontuou.

Durante o evento, também foi lançada a Cartilha de Uso Ético de Inteligência Artificial no Serviço Público, com orientações sobre boas práticas e segurança de dados. O material traz conceitos básicos, princípios éticos, boas práticas e exemplos de aplicação da IA garantindo suporte às equipes técnicas na adoção de soluções tecnológicas que respeitem a privacidade dos dados, a transparência e o interesse público.

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Desembargadora diz que confia no “bom senso” de Mauro Mendes e acredita que governador não vetará reajuste de 6,8% ao Judiciário, Veja o vídeo

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Por Nayara Cristina

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (19 de novembro), o projeto de lei que concede reajuste salarial de 6,8% aos servidores do Tribunal de Justiça. A votação ocorreu após semanas de debates, pedidos de vista e pressão direta dos servidores, que lotaram o plenário da Casa para acompanhar a sessão decisiva.

Logo após a aprovação, a vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Nilza Maria Poças de Carvalho, comemorou o resultado e destacou que a tramitação prolongada é natural diante da quantidade de projetos e demandas enfrentadas pelo Parlamento estadual. Segundo ela, apesar da demora, “o ânimo é positivo” e o reconhecimento ao trabalho dos servidores foi, enfim, consolidado pelo Legislativo.

“O que eu posso dizer é agradecer aos deputados pela aprovação deste projeto e dizer que estou muito confiante na aprovação final. É normal essa demora, porque são muitos assuntos para a Assembleia deliberar”, afirmou a desembargadora.

Agora, o texto segue para a mesa do governador Mauro Mendes, que pode sancionar ou vetar o reajuste. Questionada sobre a possibilidade de veto, a desembargadora Nilza foi enfática: confia plenamente no bom senso do chefe do Executivo estadual.

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“Eu confio nele, no bom senso e na sensibilidade do governador em conceder esse aumento, aprovar este projeto. Ele sabe muito bem que está previsto no duodécimo e que não haverá impacto nenhum no Poder Judiciário”, disse.

Ela ainda ressaltou que a harmonia entre os poderes deve ser respeitada, conforme prevê a Constituição Federal, e avaliou que essa relação sempre foi preservada em Mato Grosso. Por isso, acredita que o Executivo manterá a decisão dos deputados estaduais, evitando qualquer tensão institucional.

Com o aval unânime do Parlamento e com o argumento de que o reajuste está amparado no duodécimo, sem gerar impacto econômico ao Estado, a expectativa no Tribunal de Justiça é de que o governador sancione a recomposição salarial sem alterações nos próximos dias.

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