Mulher
Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios é debatido em audiência pública no Senado
A Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal realizou, na terça-feira (21), audiência pública para avaliar o Plano de Ação do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios. O evento contou com a participação da secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Ministério das Mulheres, Estela Bezerra, que também coordena o Comitê Gestor do Pacto.
Segundo a secretária, o pacto é um mecanismo para prevenir a discriminação, a misoginia e a violência de gênero contra mulheres e meninas, além de promover intersetorialidade, transversalidade e interseccionalidade nas políticas públicas. “O pacto se propõe a espalhar por todo o país uma tecnologia social e política capaz de enfrentar a violência de gênero”, afirmou Estela Bezerra. Atualmente, 17 estados aderiram ao instrumento, que conta com o envolvimento de 11 ministérios.
Ela também destacou o processo de reconstrução das políticas do Ministério das Mulheres, citando como exemplo a reformulação completa do serviço da Central 180. “O Ligue 180 é um serviço fundamental para diagnosticar quantitativamente e qualitativamente as mulheres que rompem o silêncio e buscam a primeira ajuda”, completou.
Ações integradas entre ministérios
A secretária ressaltou parcerias estratégicas que fortalecem o pacto, como a da Casa Civil, responsável por articular e integrar as ações interministeriais. Entre outras iniciativas, Estela citou a regulamentação da lei que garante pensão para os órfãos do feminicídio; a parceria com o Ministério da Saúde, responsável pela implementação da Lei nº 15.116/2025, que assegura reparação dentária para mulheres vítimas de violência; e a articulação com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), que garante a transferência de servidoras federais vítimas de violência e a reserva de 8% das vagas para mulheres em situação de violência doméstica nas contratações de empresas terceirizadas do Executivo federal.
Fonar: instrumento para salvar vidas
O Formulário Nacional de Avaliação de Risco (Fonar), desenvolvido em parceria entre o Ministério das Mulheres, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Conselho Nacional de Justiça, também foi apresentado durante a audiência. O Fonar identifica fatores que indiquem o risco de uma mulher sofrer qualquer forma de violência nas relações domésticas e familiares. O correto preenchimento das informações contribui para avaliar a gravidade do caso e orientar a atuação integrada do Poder Público — como o Judiciário, o Ministério Público, as Defensorias Públicas, os órgãos de segurança e a rede de atendimento às mulheres. Esses dados padronizados servirão de base para a adoção de medidas protetivas de urgência e outros encaminhamentos voltados à gestão integrada dos riscos identificados.
Participações e boas práticas
A audiência foi mediada pela senadora Mara Gabrilli, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa. Também participou a coordenadora do Observatório da Mulher contra a Violência no Senado, Maria Teresa Firmino Prado Mauro, que apresentou ações de boas práticas de acolhimento às mulheres em situação de violência, como o Protocolo de Investigação do Distrito Federal e o Projeto Justiça de Gênero, desenvolvido pelo Ministério Público do Estado do Acre.
A vice-presidente do Instituto Maria da Penha, Regina Célia, reforçou a importância de atendimento humanizado nas delegacias especializadas e demais serviços, com funcionamento 24 horas. Já Rosana de Sant’Ana Pierucetti, presidente da ONG Recomeçar, apresentou o trabalho da entidade sediada em Mogi das Cruzes (SP), que presta assistência a mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência.
Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios
Instituído em 16 de agosto de 2023, pelo Decreto nº 11.640/2023, o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios tem como objetivo prevenir todas as formas de discriminação, misoginia e violência de gênero contra mulheres e meninas, por meio da implementação de ações governamentais intersetoriais com perspectiva de gênero e interseccionalidade.
Coordenado pelo Ministério das Mulheres, o pacto envolve diferentes áreas do Governo Federal, promove a adesão de estados e municípios e incentiva a participação da sociedade civil na construção de soluções para erradicar o feminicídio no Brasil.
Fonte: Ministério das Mulheres
Mulher
Canal exclusivo do Ministério das Mulheres atende dúvidas sobre edital de doação de veículos a municípios
Para garantir a transparência e a isonomia entre todas as representações de municípios participantes, eventuais dúvidas sobre o Edital para o Fortalecimento da Gestão de Políticas para Mulheres (Edital nº 7/2025) devem ser encaminhadas exclusivamente para o e-mail [email protected], canal oficial de comunicação do edital, conforme previsto no texto do chamamento público.
Publicado na quarta-feira (15) pelo Ministério das Mulheres, o Edital nº 7/2025 destina R$ 10 milhões ao fortalecimento das estruturas municipais dedicadas à promoção da igualdade de gênero, ao enfrentamento das violências e à ampliação da participação das mulheres nos espaços de poder e decisão.
O lançamento do edital faz parte do Programa de Fortalecimento da Gestão de Políticas para Mulheres, instituído pela Portaria GM/MMulheres Nº 441, de 14 de outubro de 2025, e coordenado pela Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política (SENATP/MMulheres).
O programa estabelece a doação de bens e equipamentos, além de oferecer apoio técnico e capacitações para gestões estaduais, distritais e municipais, com o objetivo de fortalecer as estruturas responsáveis pela execução das políticas públicas voltadas às mulheres nos territórios.
Podem se inscrever municípios que tenham até 100 mil habitantes, conforme dados oficiais do IBGE; possuam Secretaria ou outro Organismo de Políticas para as Mulheres formalmente instituído; mantenham Conselho Municipal dos Direitos da Mulher ativo e não tenham sido beneficiados em chamamentos nacionais semelhantes nos últimos três anos.
>> Confira aqui mais informações sobre o edital.
Fonte: Ministério das Mulheres
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