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Holding: instrumento estratégico para a gestão patrimonial e empresarial

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_Por Bruno Castro_

A estruturação de uma holding é uma das ferramentas mais estratégicas e eficazes para empresas e famílias que buscam maior eficiência na gestão patrimonial e organizacional. Por definição, uma holding é uma empresa criada com o propósito de controlar outras empresas, possuindo participações societárias em negócios do mesmo grupo. Essa estrutura proporciona maior organização, proteção patrimonial e otimização de processos sucessórios e fiscais.

A constituição de uma holding exige uma análise detalhada do patrimônio e das atividades empresariais envolvidas. É fundamental avaliar o tipo de holding mais adequado ao objetivo pretendido: pura ou mista. Enquanto a holding pura tem como finalidade exclusiva a participação de sociedades, a holding mista pode exercer atividades empresariais além do controle acionário. Essa distinção é crucial para determinar a forma de constituição, a composição societária e os impactos fiscais da reestruturação.

No processo de criação de uma holding, a elaboração do contrato social ou do estatuto é um passo essencial. Esse documento deve ser meticulosamente redigido para refletir os objetivos da reestruturação, além de definir as responsabilidades e os direitos dos sócios. Também é necessário considerar as necessidades específicas das empresas envolvidas, de modo que a estrutura da holding seja funcional e adaptada às realidades operacionais e estratégicas do grupo.

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Um dos aspectos mais relevantes da constituição de uma holding é o impacto fiscal. A reestruturação societária pode oferecer vantagens tributárias significativas, mas exige um planejamento cuidadoso para garantir que essas vantagens sejam sustentáveis a longo prazo. A tributação ou não sobre lucros, dividendos e ganhos de capital, bem como a sucessão patrimonial, são áreas onde a holding pode proporcionar benefícios concretos. Contudo, erros nessa etapa podem resultar em passivos fiscais inesperados, comprometendo a viabilidade da estrutura.

Além dos aspectos fiscais, uma holding é uma ferramenta poderosa para facilitar a sucessão patrimonial. A criação de uma holding permite uma transição mais estruturada e menos conflituosa entre gerações. Ao centralizar o controle das participações societárias, a holding reduz o potencial de disputas entre herdeiros, promovendo uma continuidade mais harmônica dos negócios familiares.

Outro benefício importante é a proteção do patrimônio. A segregação entre o patrimônio pessoal e empresarial proporcionada pela holding oferece maior segurança contra riscos decorrentes de demandas judiciais ou dívidas relacionadas às atividades empresariais. Essa blindagem patrimonial é especialmente relevante em um ambiente econômico instável, onde a previsibilidade financeira é um ativo valioso.

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Portanto, a constituição de uma holding é uma decisão estratégica que exige planejamento, análise criteriosa e acompanhamento especializado. A combinação de benefícios fiscais, sucessórios e de proteção patrimonial torna essa estrutura uma escolha cada vez mais relevante para empresas e famílias que desejam construir um legado sustentável. O verdadeiro legado não se limita ao que deixamos materialmente, mas às condições e estruturas que garantem a continuidade do que foi construído com esforço e visão.

_Bruno Oliveira Castro é advogado especializado em Direito Empresarial e sócio da Oliveira Castro Advocacia. Sua expertise abrange constituição de holdings familiares, Direito Empresarial, Societário, Falência e Recuperação de Empresas, Governança Corporativa, Direito Autoral e Direito Tributário. Atua como administrador judicial, professor, palestrante e parecerista, além de ser autor de livros e artigos jurídicos. Em 2024, lançou o livro “Herança ou Legado? O que você deixará para a próxima geração?”_

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Mudar é preciso: o que esperar do mercado automotivo em 2025?

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Por Rui Denardin

À medida que nos aproximamos do final do ano é natural começarmos a refletir sobre as projeções para 2025. No mercado automotivo não seria diferente. Grandes expectativas já surgem, especialmente diante dos resultados positivos de 2024, marcados pelo aumento das vendas e pela recuperação total do setor no cenário pós-pandemia.

Analisando os fatores que impactam esse mercado, 2025 promete ser um ano dinâmico, repleto de avanços tecnológicos e alinhado às novas demandas do consumidor. Conforme nos preparamos para esse futuro promissor, algumas tendências-chave já estão moldando o setor, e, como um player estratégico, precisamos estar atentos para liderar e inovar.

E uma dessas principais tendências que seguirá em alta é a busca por veículos sustentáveis. A eletrificação continuará sendo o principal motor de mudança, com uma previsão de aumento significativo na participação dos veículos elétricos, não apenas no Brasil, mas em mercados globais.

Isso ocorre devido à redução nos custos de produção de baterias e ao avanço da infraestrutura de carregamento. No Brasil, o crescimento do segmento tem sido impulsionado por incentivos fiscais e subsídios que tornam as soluções híbridas e elétricas mais acessíveis ao consumidor.

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Além disso, a busca por sustentabilidade permeia todos os aspectos da vida moderna, inclusive a mobilidade urbana. A produção de veículos elétricos tornou-se mais limpa, com o uso de materiais recicláveis, consolidando a responsabilidade ambiental como um diferencial competitivo.

Apesar das transformações tecnológicas, uma coisa não mudará em 2025: o foco na experiência do cliente. As empresas que conseguem oferecer atendimento excepcional, simplificar processos e garantir um suporte eficiente sairão na frente, conquistando a fidelidade de seus consumidores.

No Grupo Mônaco, valorizamos essa conexão desde a nossa fundação, na década de 1970. Meu pai, Armindo Denardin, ao inaugurar nossa primeira concessionária em Altamira, no Pará, chamava seu empreendimento de “Casa de Amigos”. Esse espírito de proximidade e atenção personalizada, seja para fechar um negócio ou apenas para receber bem quem nos procura, é um legado que mantemos até hoje.

O futuro do mercado automotivo não é apenas sobre tecnologia; é sobre como utilizamos essa tecnologia para melhorar vidas e gerar um impacto positivo no planeta. No Grupo Mônaco, estamos comprometidos em liderar essa transformação, com inovação, excelência e uma visão estratégica que priorize nossos clientes, colaboradores e parceiros.

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2025 será um ano para acelerar. Estou confiante de que estamos prontos para essa jornada, que promete grandes conquistas e novas possibilidades para montadoras, concessionárias e, principalmente, para nossos clientes. Que venha o novo!

Rui Denardin é CEO do Grupo Mônaco

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