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Por Alisson Gonçalves

A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), decretou calamidade pública nesta quarta-feira,12, devido ao colapso no abastecimento de água potável no município.

A decisão foi tomada diante do sucateamento da infraestrutura do Departamento de Água e Esgoto (DAE) e das recorrentes sabotagens e atos de vandalismo, que agravaram a crise hídrica enfrentada pela população.

Com a medida, a prefeitura busca adotar providências urgentes para restabelecer o fornecimento de água no menor tempo possível.

O decreto possibilita acelerar diagnósticos e desburocratizar aquisições emergenciais de equipamentos e serviços para recuperar a operação do sistema de abastecimento.

Segundo a prefeita, a atual estrutura do DAE é obsoleta, com bombas antigas, redes desgastadas e falta de manutenção ao longo dos anos.

Apesar disso, em pouco mais de 40 dias de gestão, a administração municipal afirma já ter realizado intervenções emergenciais e traçado um plano para solucionar a crise.

Na última sexta-feira, Moretti determinou a criação de um Comitê de Crise, envolvendo todas as 21 secretarias municipais, com prioridade absoluta na retomada do fornecimento de água.

Entre as ações emergenciais, a prefeitura reforçou a segurança das unidades do DAE com apoio da Guarda Municipal, prevenindo furtos e sabotagens, além de intensificar a limpeza e manutenção das estações de tratamento.

Bombas reservas que estavam inoperantes foram enviadas para manutenção, incluindo as das Estações de Tratamento de Água (ETA) Imigrantes e Júlio Campos, que tiveram a produção reduzida pela metade.

Com os reparos, ambas devem voltar a operar com capacidade total.

A Secretaria de Viação e Obras também atua no reforço da segurança, instalando iluminação e câmeras de vigilância nos locais estratégicos.

O decreto tem validade de 180 dias, podendo ser prorrogado, e permite a dispensa de licitação para a compra de materiais e contratação de serviços essenciais à normalização do abastecimento.

Durante esse período, o uso de água para encher piscinas, lavar calçadas, fachadas, muros e veículos com mangueiras está proibido.

A crise no abastecimento de Várzea Grande se arrasta há anos, mas a atual administração promete que medidas emergenciais e estruturais serão adotadas para impedir novos colapsos.