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“Vergonhoso esperar que os EUA façam por nós’: Mauro Mendes pede leis severas e tipificação das facções como terrorismo

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JB News

por Nayara Cristina

Escalada do crime organizado preocupa autoridades e leva Mauro Mendes a cobrar leis mais duras contra facções

O avanço das facções criminosas em todo o país, com reflexos diretos em Mato Grosso, vem preocupando autoridades e se consolidando como uma das maiores ameaças à segurança pública e à economia brasileira. O tráfico de drogas, que movimenta bilhões de reais anualmente em todo o planeta, encontra no estado um campo fértil para atuação, seja no controle de rotas estratégicas, seja na sofisticação dos mecanismos de lavagem de dinheiro. Esse cenário foi tema central do evento Recupera MT, promovido nesta quinta-feira (2), pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, sob a liderança do desembargador-presidente José Zuquim, e contou com fortes declarações do governador Mauro Mendes.

Durante o encontro, que tem como objetivo traçar estratégias para descapitalizar as facções criminosas e combater o avanço de seus tentáculos sobre a sociedade, Mauro Mendes fez duras críticas ao sistema legal brasileiro, apontado por ele como “frouxo” e permissivo, o que acaba facilitando a escalada do crime organizado. “É falta de vergonha na cara o Brasil esperar que os americanos venham acabar com as facções criminosas no país. Já passou da hora das facções serem tipificadas como terroristas por conta dos crimes horríveis que vêm cometendo em todo o país, inclusive aqui em Mato Grosso”, declarou o governador.

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Mendes lembrou que, apesar do trabalho contínuo das forças de segurança estaduais, que realizam prisões diariamente, muitos criminosos acabam sendo soltos “dias, horas, semanas depois ou meses depois”, devido à legislação branda. “A polícia civil, a polícia militar fazem um trabalho brilhante. Todos os dias nós prendemos criminosos, fazemos diversas operações. Muitos deles são soltos logo depois porque nós temos uma lei que não classifica essas facções como terrorismo. Isso precisa mudar”, afirmou.

O governador ainda destacou a distorção no conceito jurídico de terrorismo no Brasil. “Terrorismo, no Brasil, é praticar algo ligado à questão religiosa ou racial. Acredito que seja mesmo. Mas e o terror que essas facções praticam? Isso não é classificado como terrorismo? Tem que mudar o nome então”, provocou Mendes, ao reforçar a necessidade urgente de mudanças legislativas no Congresso Nacional.

Ele também criticou a ideia de que países estrangeiros possam interferir diretamente na soberania brasileira, como seria o caso de uma eventual ação dos Estados Unidos, que possuem legislação autorizando intervenção contra organizações consideradas terroristas. “Olha, isso é um absurdo. Eu não concordo com isso como brasileiro. Nós não fazemos leis lá nos Estados Unidos, nós temos que fazer as nossas leis aqui. Então, ao invés de ficar criticando os americanos, nós temos que tomar atitudes aqui dentro e acabarmos com o terrorismo. É vergonhoso ficarmos ouvindo essa conversinha de que os Estados Unidos ou a OAB querem fazer algum tipo de intervenção. Toma vergonha na cara nós brasileiros, principalmente o Congresso Nacional, e façam uma lei dura para acabar com essas facções criminosas, com esses terroristas do nosso país”, disparou.

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Mendes concluiu seu discurso em tom de alerta, apontando que a impunidade e a escalada do crime organizado corroem o senso de justiça da sociedade. “É triste e lamentável que hoje a gente viva essa sensibilidade. Isso faz com que cidadãos comuns, que nunca cometeram crime algum, às vezes acreditem que podem matar alguém sem sofrer punição severa. Essa é a realidade triste e lamentável que nós precisamos enfrentar”, afirmou.

O evento Recupera MT segue com debates técnicos e políticos sobre mecanismos de identificação, apreensão e destinação de ativos ligados às infrações penais, reforçando a necessidade de sufocar financeiramente as facções criminosas como estratégia central de combate ao crime organizado.

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Ministro Márcio Macêdo celebra 20ª conferência nacional realizada desde 2023

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Alunos de escolas de todo o Brasil participam até sexta-feira, 10, da VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (VI CNIJMA). Jovens com idade entre 11 e 14 anos discutem soluções para os problemas causados pelos seres humanos ao meio ambiente, como definiu a carta-compromisso entregue pelos estudantes ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura do evento.

O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, lembrou que a VI CNIJMA é a vigésima conferência realizada pelo governo federal desde 2023 e recomendou aos estudantes que aproveitassem a oportunidade de participar do encontro. “Aproveitem essa conferência para poder conversar, dialogar, aprender mais e voltar para suas escolas, para suas casas, para os seus estados, com a consciência de que é importante preservar a natureza e poder ter uma intervenção nesse novo fenômeno chamado mudança climática”, afirmou.

Em seu discurso, Macêdo recordou ainda do impacto gerado pela Conferência Eco92, no Rio de Janeiro, em sua trajetória. “Eu fui para a Eco92, como estudante, como líder estudantil, e fui lá, acampei no Aterro do Flamengo e aquilo me encantou. Quando eu voltei para a universidade, nós fundamos um Núcleo Universitário de Discussão Ambiental e foi um sucesso. E de lá para cá, isso foi fundamental para que eu me tornasse um cidadão, e um cidadão que tivesse consciência ambiental e que pudesse dar minha contribuição para que nós tivéssemos uma sociedade justa, socialmente justa e ambientalmente equilibrada”, relembrou Macêdo.

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Os alunos participantes da Conferência entregaram ao presidente uma carta-compromisso elaborada por eles. O documento expressa as ações que deverão ser adotadas por crianças e jovens para apoiar a implementação de um país mais justo, solidário e sustentável.

“Vou chegar na ONU com essa carta de vocês”, declarou o presidente. Ele afirmou que entregará uma cópia do documento para cada chefe de estado participante da Cúpula de Líderes da COP30, que ocorrerá, em Belém (PA), nos dias 6 e 7 de novembro.

Para Lula, é um “gesto para envergonhar gente grande” e demonstra a maturidade política e climática dos jovens brasileiros. “O que vocês fizeram é um gesto para que todos os presidentes do mundo vejam que a solução do planeta está nas oportunidades que a gente garantir de participação dos nossos filhos, dos nossos netos e da nossa juventude”, afirmou.

A realização da conferência ocorre depois de sete anos de interrupção. A jornada deste ano mobilizou mais de 2,2 milhões de pessoas de todo o país durante as etapas escolares, municipais e estaduais. 

A ministra Marina Silva destacou o comprometimento de todos com a formação de pessoas “sustentabilistas”. “O futuro nada mais é do que um pretexto para a gente fazer as coisas no presente. Se em 2003 não tivéssemos feito a conferência, não teríamos esse futuro”, frisou. “Queremos que este presente possa nos trazer um país democrático, justo, que respeita a diversidade social, cultural, religiosa, de orientação sexual”, completou.

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O alinhamento da educação com a agenda ambiental foi reforçado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, que defendeu uma articulação ampla com alunos, professores, pais e comunidade para que o debate sobre mudança do clima ocorra de forma “permanente e em todos os níveis escolares”.

Ao reforçar a importância de ouvir as ações apresentadas pelos participantes, o ministro reafirmou o evento como um espaço indispensável para a construção de um futuro sustentável. “Vocês fazem parte desse processo transformador de cuidar da nossa terra, do planeta e do meio ambiente”, frisou.

A cerimônia teve ainda a presença do representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Joaquim Gonzalez-Aleman.

CNIJMA – Idealizada por Marina Silva no primeiro governo do presidente Lula, a CNIJMA foi iniciada em 2003, com edições até 2018. O processo já mobilizou mais de 20 milhões de pessoas desde o começo. A edição deste ano se soma aos esforços da COP30 para mobilizar um mutirão global pela ação climática, uma das estratégias centrais da conferência de Belém. 

Fonte: Secretaria-Geral

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