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Saiba quem é o sargento aposentado preso em operação da PF que apura esquema de venda de sentenças

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por Alisson Gonçalves

 

O sargento aposentado da Polícia Militar de Mato Grosso, Djair (ou Dejair) Silvestre dos Santos, foi preso pela Polícia Federal nesta sexta-feira (3), em Primavera do Leste, a 240 km de Cuiabá, durante o cumprimento de mandados da Operação Sisamnes, que investiga um suposto esquema de comercialização de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e em tribunais estaduais. A prisão ocorreu em flagrante por obstrução de Justiça, quando ele tentou atrapalhar a atuação dos agentes federais que cumpriam ordem judicial na residência do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como principal articulador do esquema.

Djair, que atuava como segurança particular de Andreson, é acusado de integrar o núcleo que oferecia proteção e apoio logístico ao operador, garantindo a movimentação e a manutenção de suas atividades enquanto intermediava vantagens ilícitas a servidores e pessoas ligadas a gabinetes em cortes superiores.

A Operação Sisamnes foi deflagrada pela Polícia Federal com autorização do Supremo Tribunal Federal e desde novembro de 2024 já cumpriu diversas fases, investigando crimes como corrupção, organização criminosa, exploração de prestígio e lavagem de dinheiro. Segundo as apurações, o grupo de Andreson Gonçalves oferecia vantagens financeiras a assessores e intermediários com o objetivo de influenciar julgamentos em instâncias superiores, beneficiando investigados e empresários com decisões favoráveis.

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O papel de Djair nesse contexto não era o de articulador direto das tratativas, mas de segurança de confiança do lobista, responsável por acompanhar de perto sua rotina e tentar garantir que ele não fosse alvo de novas diligências, como ocorreu nesta sexta-feira.

Após ser detido, o sargento aposentado foi levado para a sede da Polícia Federal em Cuiabá e passou por audiência de custódia ainda sob supervisão do Supremo Tribunal Federal, que coordena as medidas judiciais da operação. A defesa do militar informou que pretende colaborar com as investigações, mas afirmou não ter tido acesso integral aos autos.

A prisão de Djair Silvestre dos Santos revela a complexidade da rede de apoio que orbitava em torno de Andreson Gonçalves e reforça a dimensão da Operação Sisamnes, que busca descapitalizar e responsabilizar todos os envolvidos em um dos esquemas de corrupção mais sensíveis já investigados no país, por envolver diretamente a venda de sentenças em cortes superiores

Veja a chegada na sede da PF :

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Mesmo em prisão domiciliar, lobista seguia negociando sentenças, aponta investigação

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por Alisson Gonçalves

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (3) uma nova fase da Operação Sisamnes contra o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, em Primavera do Leste (240 km de Cuiabá).

Mesmo após conseguir prisão domiciliar em julho deste ano, sob a alegação de fragilidade de saúde, ele continuava atuando em negociações de sentenças judiciais, segundo revelou a revista Piauí.

O mandado de busca e apreensão foi autorizado pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), após indícios de que o lobista seguia influente no esquema investigado.

Durante a operação, agentes apreenderam celulares e prenderam o policial militar Djair Silvestre Santos, segurança de Andreson, acusado de tentar esconder um aparelho para obstruir as apurações.

Preso pela primeira vez em novembro de 2024, Andreson foi apontado pela PF como peça-chave em um esquema de venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e em outros estados.

Ele deixou a prisão no meio deste ano após apresentar laudo médico que apontava risco de morte. À época, imagens mostravam o lobista com aparência debilitada, quase “esquelética”.

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Apesar disso, a nova investigação sugere que, mesmo restrito à prisão domiciliar, Andreson manteve sua rede de contatos e negociações.

A suspeita levantou dúvidas sobre sua real condição clínica, levando Zanin a designar um perito para avaliar sua saúde e definir se há possibilidade de retorno ao sistema prisional.

A Operação Sisamnes teve início em dezembro de 2023, após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá.

No celular da vítima, o Ministério Público de Mato Grosso encontrou diálogos que revelavam compra de sentenças judiciais e conversas com desembargadores.

O material foi enviado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), resultando no afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho.

As mensagens também mostravam a relação de proximidade entre Zampieri e Andreson, que afirmava ter acesso a gabinetes de ministros do STJ, antecipava minutas de decisões e relatava pagamentos a assessores em troca de sentenças favoráveis.

Com a nova ofensiva, a PF busca comprovar que o lobista continuava articulando o esquema de dentro de casa, desrespeitando as restrições impostas pela Justiça e colocando em xeque o benefício da prisão domiciliar.

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