AGRONEGÓCIOS
Encontro preparatório do Ministério da Pesca e Aquicultura para a COP30 ocorre nos dias 13 e 14 de outubro

O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) realiza, nos dias 13 e 14 de outubro, o seu encontro preparatório para a COP30, no auditório Manoel Jacaré, na sede do MPA, em Brasília. A programação terá painéis temáticos sobre pesca, aquicultura, povos tradicionais e sistemas alimentares aquáticos como soluções climáticas. O evento também contará com transmissão online e uma feira de exposição de produtos da pesca e aquicultura.
Confira a programação do evento:
Inscrições e transmissão online
A participação é gratuita. Interessados em acompanhar o encontro de forma presencial devem se inscrever pelo formulário de inscrição. Já quem preferir assistir de forma virtual pode acessar os links:
Exposição das Águas
Paralelamente ao encontro, será realizada a Exposição das Águas, espaço voltado a produtores e empreendedores da pesca e aquicultura. Interessados em participar como expositores podem se inscrever pelo formulário da feira.
MPA na COP30
A participação do MPA na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) terá como eixos centrais os sistemas alimentares aquáticos como soluções climáticas e a valorização dos Povos das Águas. A agenda do Ministério reflete dois anos de coordenação interministerial, mobilização social e articulação internacional, reforçando o papel da pesca e da aquicultura na segurança alimentar, na geração de renda e no enfrentamento da crise climática.
Serviço
Encontro Preparatório do Ministério da Pesca e Aquicultura para a COP30
📍 Auditório Manoel Jacaré – Sede do MPA
SIG, Quadra 02, Lotes 530 a 560, Ed. Soheste – Bairro SIG – Brasília/DF
📅 13 e 14 de outubro de 2025

AGRONEGÓCIOS
Início da Piracema restringe a pesca em todo o país

Nesta época do ano tem início o período de defeso, quando a pesca comercial fica temporariamente proibida em todo o país. A medida busca garantir o ciclo natural de reprodução dos peixes e a conservação dos recursos pesqueiros.
A Piracema já começou e vai impactar o setor pesqueiro pelos próximos meses. Durante esse período, a pesca comercial, seja artesanal ou industrial, fica suspensa. É permitida apenas a pesca de subsistência, voltada à alimentação da família, conforme as regras de captura definidas por cada estado.
O que é a Piracema?
A palavra “piracema” vem do tupi e significa “subida dos peixes”. É o fenômeno natural em que os peixes nadam contra a correnteza em busca de locais adequados para a reprodução. Esse processo é fundamental para a manutenção das espécies e o equilíbrio ecológico dos rios e lagos. O ciclo varia de acordo com cada espécie e região, mas, no Brasil, costuma ocorrer entre setembro e março.
A coordenadora-geral de Gestão Participativa Continental da Secretaria Nacional de Pesca Artesanal, Bianca Larissa de Mesquita Sousa, esclarece que a Piracema é um período essencial para a manutenção dos recursos pesqueiros e para o equilíbrio ecológico dos ambientes aquáticos. “É um momento crucial para que ocorra a desova e o nascimento de novos indivíduos, garantindo a reposição natural dos estoques e a continuidade da pesca no futuro”, explicou.
Período de Defeso
Durante a Piracema é estabelecido o período de defeso, no qual a pesca fica proibida para fins comerciais. Assim, os pescadores e pescadoras artesanais e industriais têm suas atividades temporariamente suspensas. Quem desrespeitar a proibição comete crime ambiental, conforme a Lei nº 9.605/1998.
De acordo com o Decreto Federal nº 6.514/2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais, o infrator pode sofrer pena de detenção de até três anos e multa de R$ 700 a R$ 100 mil, acrescida de R$ 20 por quilo de pescado apreendido. Também são confiscados barcos, motores, redes e demais equipamentos utilizados.
Bianca Souza ressalta que os períodos de defeso são definidos com base em dados científicos e estudos técnicos de órgãos de pesquisa, instituições ambientais e equipes de gestão pesqueira. “Essas informações permitem identificar os momentos críticos do ciclo reprodutivo das espécies e, assim, estabelecer as datas adequadas para a suspensão da pesca”.
A partir daí, o período de defeso é determinado, segundo o ciclo natural das espécies e onde e quando elas ocorrem. Recentemente, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) divulgou uma lista com os períodos de defeso em todos os municípios.
Seguro-Defeso
Enquanto ficam proibidos de pescar, os pescadores artesanais têm direito a receber o Seguro Desemprego do Pescador Artesanal, conhecido como Seguro-Defeso. O benefício foi criado pela Lei nº 10.779/2003 e garante uma ajuda mensal de um salário-mínimo para cada profissional.
Para receber o Seguro-Defeso, o pescador deve viver unicamente da pesca, estar registrado no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) e possuir a Licença de Pescador Profissional, estando em dia com as obrigações legais. Além disso, após dezembro de 2025, também será necessário ter a Carteira de Identidade Nacional (CIN).
Bianca reforça que o respeito ao defeso é uma responsabilidade coletiva, compartilhada entre pescadores, gestores públicos e toda a sociedade. “Cumprir as regras da Piracema é um ato de compromisso com a sustentabilidade. Cada pescador que suspende suas atividades nesse período contribui diretamente para a conservação das espécies e para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos”, afirmou.
Ela acrescenta que o Seguro-Defeso tem papel estratégico nesse processo, pois cria as condições necessárias para que o pescador artesanal possa respeitar a paralisação da pesca. “Esse instrumento assegura que o pescador possa cumprir as restrições temporárias sem comprometer seu sustento, fortalecendo a adesão ao defeso e garantindo a efetividade das medidas de proteção aos peixes”.
Mais rigor na fiscalização – Em junho de 2025, entrou em vigor a Medida Provisória nº 1.303, criando novas regras para a concessão do Seguro-Defeso. O objetivo é combater fraudes e outras irregularidades.
O Governo Federal também tem ampliado a fiscalização. Para o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, essas ações são fundamentais para garantir a conformidade e a transparência na concessão do benefício. “O governo sempre atuará para combater as fraudes, de modo a assegurar o pagamento a quem de fato tem direito”, afirmou.
-
Polícia Federal6 dias atrás
PF volta a mirar lobista de MT em nova fase da Operação Sisamnes
-
Nacional6 dias atrás
“Vergonhoso esperar que os EUA façam por nós’: Mauro Mendes pede leis severas e tipificação das facções como terrorismo
-
Polícia Federal6 dias atrás
Saiba quem é o sargento aposentado preso em operação da PF que apura esquema de venda de sentenças
-
Destaque3 dias atrás
“Servidor não vai pagar nada até fevereiro”: Sérgio Ricardo anuncia trégua histórica contra juros abusivos dos consignados em Mato Grosso
-
Cidades5 dias atrás
Obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande levantam impasses sobre estacionamentos nas Avenidas do CPA e FEB e temporização semafórico, “É problema das prefeituras”, admite secretário Marcelo de Oliveira
-
Destaque6 dias atrás
Cervejaria clandestina em Nova Mutum: investigados negam adulteração da bebida e polícia aguarda laudo da Politec
-
Destaque7 dias atrás
“Facções estão infiltradas em todas as camadas sociais” presidente do TJMT faz alerta e pede união dos poderes no combate à escalada do crime organizado
-
Cidades6 dias atrás
Sérgio Ricardo aponta obras do BRT como divisor de águas para mobilidade urbana