OPINIÃO
Pandemia tem causado diagnósticos tardios de infarto, AVC e câncer
Por Dr. Roberto Cândia*
Em meio à essa pandemia que estamos vivenciando, o medo tomou conta das pessoas, que preferem ficar em casa para se proteger e evitar ser contaminadas. Em consequência disso, muitas delas não têm ido procurar atendimento médico, mas as doenças cardiovasculares continuam acontecendo e sem qualquer acompanhamento ou tratamento.
Sabemos que, tanto no Brasil, quanto no mundo, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte. Levantamentos recentes feitos pela Sociedade Brasileira de Cardiologia mostram que houve um aumento nas mortes por doenças relacionadas ao coração e, principalmente, de pacientes que ficam em casa. Isso acontece porque essas pessoas sentem medo de se contaminar e acabam não procurando atendimento médico.
Para evitar essa situação, o Instituto Médico de Diagnóstico por Imagem (IMEDI) adotou medidas de prevenção à COVID-19, como proteção de acrílico nos balcões de atendimento, fornecimento de álcool em gel em vários pontos da empresa, aferição da temperatura do paciente logo na entrada da clínica, equipamentos de proteção individuais para os colaboradores e processos de segurança mais rigorosos e eficazes. Tudo isso para reduzir o risco de contaminação no ambiente. Em caso de pacientes com suspeita de COVID, a equipe técnica usa um equipamento especial para autoproteção e para as demais pessoas que entrarão em contato com esse profissional.
Ainda que as doenças cardiovasculares sejam a principal causa de morte no país, pouco se fala sobre elas, sendo que a maioria são passíveis de prevenção com bons níveis de redução de incidência. Mas para isso, a pessoa tem que fazer o controle dos seus fatores de risco, ou seja, das condições que, quando presentes, aumentam a chance de se adquirir uma doença, como controlar a glicemia, o diabetes, hipertensão e evitar o uso de cigarros.
Também deve-se fazer um tratamento adequado e, principalmente, procurar o diagnóstico precoce, pois é extremamente importante que o paciente descubra a doença cardiológica em seu estágio inicial.
Dentro da cardiologia existe um rol de exames que ajudam no diagnóstico preventivamente. Entre eles estão a Angiotomografia Coronariana e a Ressonância do Coração, que podem ser realizados na clínica IMEDI.
A Angiotomografia Coronariana é um exame que permite a perfeita visualização de placas de gordura ou cálcio no interior das veias e artérias do corpo, diagnosticando problemas em todo o sistema circulatório, como aneurismas e obstruções dos vasos sanguíneos. Além disso, por meio da angiotomografia, também é possível fazer uma avaliação das válvulas e diagnosticar aneurismas coronarianos.
Já com a Ressonância Cardíaca é possível fazer avaliações/indicações que são um pouco diferentes das tomografias coronarianas. Porém, muitas vezes, o laudo da ressonância acaba sendo complementar ao que se identifica na angiotomografia.
A Angiotomografia e Ressonância Cardíaca são exames muito bem avaliados, com indicação clínica estabelecida em consenso, tanto da Sociedade Brasileira de Cardiologia, como das Sociedades Americanas e Europeias de Cardiologia.
*Dr. Roberto Cândia é médico cardiologista, Diretor da Sociedade Mato-grossense de Cardiologia e responsável pelos exames de tomografia e ressonância cardíaca da Clínica IMEDI.
OPINIÃO
Uma nova Diamantino não tem lugar para coronelismo
*Por Kan Carlos*
Desde que lancei minha pré-candidatura à Prefeitura de Diamantino, venho recebendo muitos apoios, de diferentes pessoas e setores. São diamantinenses que acreditam em um melhor futuro para a cidade, que exigem ver seus impostos bem aplicados, em prol do bem comum. Mas percebo um certo receio em tornar público o que é um direito fundamental.
Em meio a essas conversas, não raro surgem as menções ao período eleitoral, que ainda não começou. E dentro deste tema, percebo o receio em declarar apoio ao projeto que estamos construindo, em utilizar adesivos quando a candidatura for oficialmente lançada e defender as bandeiras que transformarão Diamantino pelos próximos quatro anos.
O período eleitoral, quando as campanhas são oficialmente autorizadas, não começou, mas o antigo coronelismo já está a todo vapor. O poderio de sempre, daqueles que se julgam donos de Diamantino, age silenciosamente, de forma muito sutil, colocando medo em que se opõe ao seu projeto de domínio.
Essa preocupação me causa tristeza, mas também me motiva a avançar ainda mais na construção de nosso projeto, por uma cidade comprometida com seu povo, eficaz na resolução de problemas e transformadora na aplicação dos recursos públicos em prol dos serviços.
Nós não queremos fazer desta campanha eleitoral um campo de batalha, queremos construir. Enquanto um lado age com coronelismo, nós queremos ouvir a opinião e os anseios de todos, para construir uma cidade melhor, que atenda suas principais deficiências.
Também não prometemos contratos com a Prefeitura em troca de apoio. Ao invés disso, oferecemos desenvolvimento para Diamantino. Crescimento esse que irá impulsionar a economia, gerando demanda de trabalho, sem necessidade de contratos fraudados.
Em decorrência deste crescimento, também não faremos da Prefeitura um grande cabide de empregos para lotar de apoiadores. Nossas ações contribuirão para a expansão das vagas de trabalho e oportunidade para o empreendedorismo, impulsionando o que há de melhor no talento do povo diamantinense.
É natural que o medo se espalhe, quando quem o faz detém tanto poder por meio da família e de grupos. Mas não recuemos diante disso. Não se trata apenas de quem irá ocupar a Prefeitura pelos próximos quatro anos, mas dos rumos que nosso município vem tomando nas duas últimas décadas.
De 2001 a 2023, Diamantino arrecadou R$ 1,8 bilhão, fora as emendas parlamentares, mas seu povo não viu a cor desse dinheiro, não viu sua aplicação. Os “donos” de Diamantino não viram necessidade em melhorar a infraestrutura da cidade.
Diamantino poderia ganhar uma nova unidade de saúde, ter a ESF Pé Branco reformada, ver uma nova escola no bairro Pedregal, uma nova creche no bairro da Ponte, ver a Prefeitura revitalizar as vias públicas da cidade. Tudo isso faz parte das urgências de Diamantino, mas não foi priorizado pelas últimas gestões.
Nosso projeto é atender essas necessidades, transformar essa realidade e tudo isso, por meio do diálogo, do debate técnico e do levantamento de sonhos de nosso povo, sem coronelismo e sem espalhar medo.
*KAN CARLOS* _é produtor rural e pré-candidato a prefeito de Diamantino_
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