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STF e a Compensação de Reserva Legal em MT

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JB News

Como engenheiro florestal empenhado em denunciar irregularidades da Administração Pública em relação à atividade agropecuária, é um imenso prazer falar sobre medidas que beneficiem o setor. A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4.901 padroniza a compensação de Reserva Legal em todo o território nacional, forçando Mato Grosso a rever regras mais rígidas que o Código Florestal e que causam insegurança jurídica aos produtores rurais e gestores ambientais.

O novo entendimento elimina exigências, como a chamada identidade ecológica entre as áreas compensadas, e facilita o uso de ferramentas previstas no Código Florestal. Ou seja, ao se adequar à padronização federal, os produtores em Mato Grosso terão menos burocracias para compensar áreas desmatadas no território estadual, o que refletirá no aumento da produção sustentável e na ampliação de áreas verdes.

Além da desburocratização, as novas regras também vão impulsionar o mercado de compensação, incentivando a manutenção de áreas verdes já existentes, assim como sua ampliação e a criação de novas áreas de preservação. A medida movimenta a economia e promove a preservação ambiental.

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Para que esses benefícios se tornem realidade, o Estado deverá promover mudanças na legislação, encaminhando projetos de lei à Assembleia Legislativa para adequar as leis estaduais ao Código Florestal. Os procedimentos administrativos, como processos internos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), também deverão passar por mudanças para viabilizar a compensação ambiental, permitindo a adesão a essa nova realidade.

Os benefícios dessa decisão não param por aí. A partir dela, todos os tribunais do país, incluindo o Poder Judiciário mato-grossense, passam a ter uma resolução clara para conflitos semelhantes que questionam a legalidade da compensação de Reserva Legal nos biomas brasileiros. Ações judiciais que tramitam há anos, sem solução, podem ser finalizadas a partir da decisão do STF sobre o tema.

Além de resolver inúmeras ações judiciais de forma clara e ágil, a decisão também traz estabilidade aos proprietários, que vivem na “corda bamba” da insegurança, com receio de fazer investimentos em compensação ambiental, já que o procedimento é alvo de diversos questionamentos, principalmente dos órgãos de controle e fiscalização.

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Assim como a possibilidade de exploração econômica, esse item também fortalece a produção sustentável em Mato Grosso, que possui em seu território os biomas do Cerrado, Amazônia e Pantanal.

Agora, é fundamental que o Governo de Mato Grosso abrace a decisão do STF e veja nela uma oportunidade de tornar esse estado ainda mais produtivo, com tamanha vocação para o agronegócio.

Há anos, utilizo minha voz para denunciar os diversos problemas envolvendo a Sema e suas burocracias infinitas. Como já mencionei, essa decisão me enche de esperança, mas não me impede de continuar a denunciar os problemas que impactam o setor produtivo e dificultam que o estado coloque sua vocação em prática. Continuarei sempre empenhado em apoiar medidas que garantam segurança jurídica e promovam a sustentabilidade em Mato Grosso.

Somos Agro!

EDSON MENDES DE FREITAS NETO
Engenheiro Florestal, especialista em Gestão Ambiental e consultor, com atuação na defesa de práticas justas e sustentáveis, promovendo o equilíbrio entre produção e preservação para garantir um futuro mais justo e sustentável para todos.

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Mudar é preciso: o que esperar do mercado automotivo em 2025?

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Por Rui Denardin

À medida que nos aproximamos do final do ano é natural começarmos a refletir sobre as projeções para 2025. No mercado automotivo não seria diferente. Grandes expectativas já surgem, especialmente diante dos resultados positivos de 2024, marcados pelo aumento das vendas e pela recuperação total do setor no cenário pós-pandemia.

Analisando os fatores que impactam esse mercado, 2025 promete ser um ano dinâmico, repleto de avanços tecnológicos e alinhado às novas demandas do consumidor. Conforme nos preparamos para esse futuro promissor, algumas tendências-chave já estão moldando o setor, e, como um player estratégico, precisamos estar atentos para liderar e inovar.

E uma dessas principais tendências que seguirá em alta é a busca por veículos sustentáveis. A eletrificação continuará sendo o principal motor de mudança, com uma previsão de aumento significativo na participação dos veículos elétricos, não apenas no Brasil, mas em mercados globais.

Isso ocorre devido à redução nos custos de produção de baterias e ao avanço da infraestrutura de carregamento. No Brasil, o crescimento do segmento tem sido impulsionado por incentivos fiscais e subsídios que tornam as soluções híbridas e elétricas mais acessíveis ao consumidor.

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Além disso, a busca por sustentabilidade permeia todos os aspectos da vida moderna, inclusive a mobilidade urbana. A produção de veículos elétricos tornou-se mais limpa, com o uso de materiais recicláveis, consolidando a responsabilidade ambiental como um diferencial competitivo.

Apesar das transformações tecnológicas, uma coisa não mudará em 2025: o foco na experiência do cliente. As empresas que conseguem oferecer atendimento excepcional, simplificar processos e garantir um suporte eficiente sairão na frente, conquistando a fidelidade de seus consumidores.

No Grupo Mônaco, valorizamos essa conexão desde a nossa fundação, na década de 1970. Meu pai, Armindo Denardin, ao inaugurar nossa primeira concessionária em Altamira, no Pará, chamava seu empreendimento de “Casa de Amigos”. Esse espírito de proximidade e atenção personalizada, seja para fechar um negócio ou apenas para receber bem quem nos procura, é um legado que mantemos até hoje.

O futuro do mercado automotivo não é apenas sobre tecnologia; é sobre como utilizamos essa tecnologia para melhorar vidas e gerar um impacto positivo no planeta. No Grupo Mônaco, estamos comprometidos em liderar essa transformação, com inovação, excelência e uma visão estratégica que priorize nossos clientes, colaboradores e parceiros.

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2025 será um ano para acelerar. Estou confiante de que estamos prontos para essa jornada, que promete grandes conquistas e novas possibilidades para montadoras, concessionárias e, principalmente, para nossos clientes. Que venha o novo!

Rui Denardin é CEO do Grupo Mônaco

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