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PF apreende maços de dinheiro e carros de luxo em operação contra venda de sentenças

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Por Alisson Gonçalves

Na manhã desta terça-feira 13, a Polícia Federal deflagrou a quinta fase da Operação Sisamnes, apreendendo grandes quantidades de dinheiro em espécie e ao menos três veículos de luxo em Mato Grosso.

A ação faz parte das investigações sobre um suposto esquema de venda de sentenças judiciais envolvendo o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

As imagens divulgadas pela corporação mostram maços de notas de R$ 100 e automóveis de alto valor, incluindo dois modelos da Porsche Cayenne e Macan e um Volkswagen T-Cross.

Um Porsche Cayenne 2025, mesmo em sua versão mais simples, está avaliado em cerca de R$ 770 mil.

Apesar da divulgação das apreensões, a PF não especificou os locais exatos onde o dinheiro e os carros foram encontrados.

Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal. Em Mato Grosso, a operação atingiu quatro alvos em Cuiabá e dois em Primavera do Leste, a 240 km da capital.

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Entre os investigados estão o ex-presidente da OAB-MT, Ussiel Tavares, e uma ex-funcionária do advogado Roberto Zampieri, assassinado em 2023.

As investigações apontam para a existência de uma rede de lavagem de dinheiro criada para dissimular a origem ilícita de valores pagos como propina em troca de decisões judiciais.

O objetivo seria ocultar a ligação direta entre os pagadores e os magistrados envolvidos.

A Justiça determinou ainda o bloqueio de aproximadamente R$ 20 milhões em bens e valores, além da proibição de saída do país dos investigados, mediante apreensão dos passaportes.

A Operação Sisamnes teve origem a partir do assassinato de Zampieri, quando a PF encontrou, em seu celular, milhares de mensagens trocadas com o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como um dos principais articuladores do esquema criminoso.

Andreson foi preso em fases anteriores da operação.

Outras medidas judiciais incluíram o uso de tornozeleiras eletrónicas nos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, afastados do cargo por suspeita de envolvimento no esquema.

A operação apura os crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional.

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Investigação revela que vereador Chico 2000 comprou votos de eleitores ligados à atual presidente da Câmara de Cuiabá 

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Por Alisson Gonçalves

Investigação conduzida pela Polícia Federal revelou que o vereador afastado Chico 2000 (PL) está no centro de um novo escândalo político por supostamente comprar votos de eleitores ligados à presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Paula Calil (PL), durante a campanha eleitoral de 2024.

A Operação Rescaldo, deflagrada na manhã da última quinta-feira,05, incluiu ações em Cuiabá e Várzea Grande, com o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão um deles na residência de Chico 2000.

As investigações começaram após uma denúncia anónima que apontava abordagens feitas por ele a eleitores declaradamente apoiadores de Paula Calil. Em troca do voto, Chico teria oferecido benefícios ilegais.

Embora ambos pertençam ao mesmo partido, as informações iniciais indicam que o parlamentar teria agido para enfraquecer a base eleitoral da presidente da Câmara, aliciando seus eleitores com promessas de vantagens ainda não detalhadas.

A Polícia Federal optou por não divulgar mais dados para preservar o andamento das apurações.

Paula Calil, que se encontra em Brasília participando do Encontro Nacional das Mandatárias do PL, afirmou por meio de nota que só comentará o caso após a conclusão das investigações.

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Este é o segundo episódio envolvendo Chico 2000 em poucos meses.

Em abril, ele foi afastado do cargo por conta da Operação Perfídia, conduzida pela Polícia Civil, em que é acusado de receber R$ 250 mil em propina para viabilizar a aprovação de um projeto que liberava verbas públicas para a empresa HB20 Construção, responsável pelas obras do Contorno Leste.

Com a nova investigação, Chico 2000 volta a ser o foco das atenções, agora por suposta tentativa de manipulação direta do eleitorado de uma colega de partido, num episódio que reacende o debate sobre ética e disputas internas no cenário político municipal.

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