Paula Figueiredo

O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), afirmou que o sistema de ônibus rápidos (BRT) será concluído conforme o planejamento e poderá futuramente coexistir com o Bonde Urbano Digital (BUD), projeto proposto recentemente. A declaração foi dada na última sexta-feira (17), durante entrevista à imprensa.

Apesar da indefinição sobre a possível substituição ou integração entre os dois modais, Pivetta garantiu que não há qualquer chance de o BRT ser cancelado, uma vez que o BUD utiliza a mesma faixa de tráfego e infraestrutura já construída para o BRT.

“O que está definido é o BRT. Se for demonstrada a viabilidade do BUD, ele usa a mesma faixa, o mesmo trajeto. Tudo o que está sendo feito hoje já contempla essa possibilidade futura”, afirmou Pivetta.

Visita técnica ao Paraná

Pivetta também esteve recentemente em Curitiba (PR) para conhecer de perto o funcionamento do BUD, que está em implantação naquele estado. Diferente dos trens ou ônibus elétricos convencionais, o Bonde Urbano Digital trafega sobre pneus de borracha e asfalto, guiado por um sistema de “trilhos virtuais”, o que o torna um modal híbrido e mais flexível.

A proposta do BUD foi apresentada pelo prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), como uma alternativa moderna e menos custosa em comparação ao antigo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que foi abandonado.

Ainda segundo o vice-governador, o cronograma de entrega do BRT está mantido, com previsão de conclusão até abril de 2026. O Governo do Estado já iniciou os estudos para aquisição dos ônibus que irão operar no sistema.

“Não existe a possibilidade de a obra não ser concluída. Já temos data. O povo de Cuiabá e Várzea Grande já sofreu demais desde 2010. Essas obras serão entregues até março ou abril do ano que vem”, reforçou.

O governador Mauro Mendes (União Brasil) segue avaliando o projeto do BUD como alternativa futura ou complementar ao BRT. Por ora, a orientação do governo estadual é concluir as obras em andamento e definir posteriormente qual modal terá maior viabilidade técnica e financeira para a região metropolitana.

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