Economia

No último mês do ano, os preços do etanol e da gasolina estão assustando os consumidores

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Por Karla Neto

O litro de etanol hidratado e da gasolina aumentou nos postos vendidos de Cuiabá e Várzea Grande.

O litro de etanol hidratado e da gasolina aumentou nos postos vendidos de Cuiabá e Várzea Grande no último final de semana. Em geral, o biocombustível está ‘tabelado’ em R$ 3,99 – um dos maiores preços do ano – e o derivado do petróleo passa de R$ 6, mesmo sem qualquer anúncio de majoração recente, por parte da Petrobras.v
O litro do etanol, nas duas cidades, está entre R$ 3,97 e R$ 3,99, ante média de R$ 3,65 e R$ 3,69 até a semana passada. Já a gasolina oscilou em média de R$ 5,87.
Apesar da alta, que segundo o mercado varejista , segue repasses de preços vindos das distribuidoras e usinas, Mato Grosso fechou novembro sustentando a posição de menor preço médio do país , com o litro vendido em cerca de R$ 3,84.
Na semana de 24 a 30 de novembro, os preços médios do etanol hidratado caíram em 11 Estados e no Distrito Federal (DF), subiram em outros 11 e resultaram em quatro (Amapá, Amazonas, Espírito e Minas Gerais).

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AGRONEGÓCIOS

Donald Trump impõe “tarifas recíprocas” que atingem o agronegócio brasileiro

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na última terça-feira (13.02) um memorando determinando a imposição de tarifas recíprocas sobre as importações de diversos países, incluindo o Brasil.

A decisão, que pode gerar uma escalada protecionista global, tem impacto direto no agronegócio brasileiro, especialmente no setor sucroenergético. O Departamento de Comércio americano avaliará caso a caso as tarifas aplicadas por outros países sobre produtos americanos, determinando a nova carga tributária que será imposta a produtos importados pelos EUA. As medidas entrarão em vigor em 2 de abril.

Entre os exemplos citados pela Casa Branca para justificar a nova política, está o etanol brasileiro. Atualmente, os EUA impõem uma tarifa de apenas 2,5% sobre o biocombustível brasileiro, enquanto o Brasil cobra 18% sobre as exportações americanas do mesmo produto.

Em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol brasileiro, mas exportaram apenas US$ 52 milhões para o Brasil, um desequilíbrio que serviu de argumento para a adoção das tarifas recíprocas.

A medida gerou preocupação entre exportadores brasileiros, principalmente os produtores de etanol e açúcar, que veem nos EUA um dos principais mercados consumidores. O Brasil já vinha enfrentando uma queda nas exportações para os EUA, que importaram 309,7 milhões de metros cúbicos de etanol brasileiro em 2024, o equivalente a 16,3% do total embarcado pelo Brasil. Em 2019, esse volume era de 1,1 bilhão de metros cúbicos, ou 63% do total.

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Os impactos no setor sucroenergético são especialmente preocupantes porque a safra 2023/2024 foi uma das mais produtivas da história do Brasil. A moagem de cana-de-açúcar na região Centro-Sul atingiu um recorde de 654,43 milhões de toneladas, um crescimento de 19,29% em relação ao ciclo anterior.

Somente o estado de São Paulo registrou um aumento de 23,24% na moagem. A produção de açúcar também alcançou um patamar inédito, com 42,42 milhões de toneladas fabricadas, 25,7% a mais que no ciclo anterior. A produção de etanol também bateu recordes, com 33,59 bilhões de litros fabricados.

Com a nova tarifa dos EUA, o Brasil pode enfrentar dificuldades para manter sua competitividade no mercado americano. Além do etanol, Trump também mencionou o interesse dos EUA em ampliar suas vendas de carne e laticínios para o Brasil, o que pode pressionar ainda mais os produtores nacionais. A retaliação brasileira é uma possibilidade, uma vez que o governo Lula restabeleceu a tarifa de 18% sobre o etanol americano após ela ter sido zerada em 2022, no governo Bolsonaro.

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O governo brasileiro sinalizou que está disposto a negociar com os EUA, assim como ocorreu em outras disputas comerciais, como a sobretaxa de 25% sobre o aço e alumínio imposta por Trump. A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) alertou que a medida pode levar a um enfraquecimento das exportações brasileiras para os EUA e ao redirecionamento da produção para outros mercados, como a Ásia e a União Europeia.

Os produtores brasileiros, por sua vez, destacam que a medida pode ter consequências inesperadas para os próprios EUA, uma vez que a demanda interna americana por etanol tem crescido em meio às políticas de transição energética. Além disso, uma guerra comercial pode elevar os preços de insumos para o agronegócio americano, prejudicando também os produtores dos EUA.

Nos próximos meses, as negociações entre Brasil e Estados Unidos serão fundamentais para definir o impacto real da medida sobre o setor agropecuário. O risco de uma escalada de tensões comerciais é grande, e o agronegócio brasileiro precisará buscar alternativas para manter sua presença no mercado global e evitar prejuízos significativos com a nova política protecionista .

 

As informações são da Pensar Agro

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