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No Paraná, ministra Márcia Lopes inaugura complexo agroindustrial e celebra protagonismo das mulheres rurais

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A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, participou nesta quinta-feira (16) da inauguração do Complexo Agroindustrial de Grãos da Cooperativa COPACON, no Assentamento Eli Vive I e II, em Lerroville, distrito rural de Londrina (PR). O evento coincidiu com o Dia Mundial da Alimentação, instituído pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para reafirmar o direito humano à alimentação adequada e o papel estratégico da agricultura familiar na erradicação da fome.

Criada em 2015, a Cooperativa COPACON reúne 500 cooperadas e cooperados e organiza a produção de milho, feijão, hortaliças e cereais cultivados com base na cooperação, diversificação e agroecologia. O novo complexo agroindustrial tem capacidade para beneficiar 40 toneladas de feijão por dia, com tecnologia automatizada de separação e classificação dos grãos, gerando 30 novos empregos diretos e agregando valor à produção local. A estrutura consolida o cooperativismo da reforma agrária popular como vetor de desenvolvimento sustentável e solidário no Paraná. 

“Socializar a riqueza e cuidar da natureza”

Durante a cerimônia, a ministra Márcia Lopes destacou que o novo complexo representa um modelo de desenvolvimento comprometido com a solidariedade, a sustentabilidade e o protagonismo das mulheres. “Aqui realizada pelos parceiros, pela Itaipu, pelas empresas, por todas aquelas que estão sempre presentes, porque acreditam que esse é um processo onde a gente socializa a riqueza, socializa a produção e cuida da natureza”, afirmou.

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Em outro momento, Márcia ressaltou a emoção de ver a força da organização coletiva e o impacto transformador das mulheres no campo. “Eu vou dizer para o presidente Lula o que eu vi aqui, e com certeza ele vai abrir aquele sorriso”, destacou.

A ministra também reafirmou o compromisso do Ministério das Mulheres com o enfrentamento à violência de gênero e com a ampliação da participação política das mulheres.

“No ano que vem nós teremos eleições — não vamos eleger nenhum homem que agrida e que seja bruto, que faça violência contra a mulher. Nós queremos 50% de mulheres nos nossos mandatos e nas nossas representações. Vamos participar desse processo com alegria e empenho, para termos um país cada vez mais democrático, popular e com essa grande liderança do presidente Lula”, destacou.

Agroindústria que gera renda e soberania alimentar

Com 7.300 hectares e mais de 500 famílias assentadas, o Assentamento Eli Vive é um dos maiores do Brasil. O modelo produtivo, baseado na agroecologia e na diversificação, já alcança 1.630 toneladas anuais de alimentos, muitos destinados à alimentação escolar de 81 mil estudantes por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

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O novo Complexo Agroindustrial de Grãos consolida o assentamento como referência nacional em inovação tecnológica, sustentabilidade e soberania alimentar, com impacto direto na geração de renda, inclusão produtiva e valorização das mulheres do campo.

Fomento Mulher fortalece a autonomia feminina no campo

Em maio deste ano, o Assentamento Eli Vive também recebeu um importante incentivo: o Crédito Instalação Fomento Mulher, que concede R$ 8 mil por mulher assentada para investimento em projetos produtivos. O programa, executado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), visa promover a autonomia produtiva feminina, permitindo que agricultoras invistam em iniciativas como criação de animais, cultivo de plantas e produção artesanal — fortalecendo o papel das mulheres como protagonistas do desenvolvimento rural.

Fonte: Ministério das Mulheres

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Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios é debatido em audiência pública no Senado

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A Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal realizou, na terça-feira (21), audiência pública para avaliar o Plano de Ação do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios. O evento contou com a participação da secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Ministério das Mulheres, Estela Bezerra, que também coordena o Comitê Gestor do Pacto.

Segundo a secretária, o pacto é um mecanismo para prevenir a discriminação, a misoginia e a violência de gênero contra mulheres e meninas, além de promover intersetorialidade, transversalidade e interseccionalidade nas políticas públicas. “O pacto se propõe a espalhar por todo o país uma tecnologia social e política capaz de enfrentar a violência de gênero”, afirmou Estela Bezerra. Atualmente, 17 estados aderiram ao instrumento, que conta com o envolvimento de 11 ministérios.

Ela também destacou o processo de reconstrução das políticas do Ministério das Mulheres, citando como exemplo a reformulação completa do serviço da Central 180. “O Ligue 180 é um serviço fundamental para diagnosticar quantitativamente e qualitativamente as mulheres que rompem o silêncio e buscam a primeira ajuda”, completou.

Ações integradas entre ministérios

A secretária ressaltou parcerias estratégicas que fortalecem o pacto, como a da Casa Civil, responsável por articular e integrar as ações interministeriais. Entre outras iniciativas, Estela citou a regulamentação da lei que garante pensão para os órfãos do feminicídio; a parceria com o Ministério da Saúde, responsável pela implementação da Lei nº 15.116/2025, que assegura reparação dentária para mulheres vítimas de violência; e a articulação com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), que garante a transferência de servidoras federais vítimas de violência e a reserva de 8% das vagas para mulheres em situação de violência doméstica nas contratações de empresas terceirizadas do Executivo federal.

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Fonar: instrumento para salvar vidas

O Formulário Nacional de Avaliação de Risco (Fonar), desenvolvido em parceria entre o Ministério das Mulheres, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Conselho Nacional de Justiça, também foi apresentado durante a audiência. O Fonar identifica fatores que indiquem o risco de uma mulher sofrer qualquer forma de violência nas relações domésticas e familiares. O correto preenchimento das informações contribui para avaliar a gravidade do caso e orientar a atuação integrada do Poder Público — como o Judiciário, o Ministério Público, as Defensorias Públicas, os órgãos de segurança e a rede de atendimento às mulheres. Esses dados padronizados servirão de base para a adoção de medidas protetivas de urgência e outros encaminhamentos voltados à gestão integrada dos riscos identificados.

Participações e boas práticas

A audiência foi mediada pela senadora Mara Gabrilli, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa. Também participou a coordenadora do Observatório da Mulher contra a Violência no Senado, Maria Teresa Firmino Prado Mauro, que apresentou ações de boas práticas de acolhimento às mulheres em situação de violência, como o Protocolo de Investigação do Distrito Federal e o Projeto Justiça de Gênero, desenvolvido pelo Ministério Público do Estado do Acre.

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A vice-presidente do Instituto Maria da Penha, Regina Célia, reforçou a importância de atendimento humanizado nas delegacias especializadas e demais serviços, com funcionamento 24 horas. Já Rosana de Sant’Ana Pierucetti, presidente da ONG Recomeçar, apresentou o trabalho da entidade sediada em Mogi das Cruzes (SP), que presta assistência a mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência.

Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios

Instituído em 16 de agosto de 2023, pelo Decreto nº 11.640/2023, o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios tem como objetivo prevenir todas as formas de discriminação, misoginia e violência de gênero contra mulheres e meninas, por meio da implementação de ações governamentais intersetoriais com perspectiva de gênero e interseccionalidade.

Coordenado pelo Ministério das Mulheres, o pacto envolve diferentes áreas do Governo Federal, promove a adesão de estados e municípios e incentiva a participação da sociedade civil na construção de soluções para erradicar o feminicídio no Brasil.

Fonte: Ministério das Mulheres

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