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MT tem potencial para captar 500 milhões de dólares ao ano com venda de créditos de carbono

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Estado trabalha para ser pioneiro neste mercado que ainda não é explorado no Brasil

Lorena Bruschi | Sema-MT

Reunião da Sema-MT com investidores – Foto por: Assessoria

Mato Grosso tem condições de captar até 500 milhões de dólares ao ano para pagamento de créditos de carbono, por conta da redução do desmatamento. Este foi o tema de uma reunião com investidores, nesta quarta-feira (10.11), como parte da participação do Estado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26), na Escócia.

Mato Grosso trabalha para ser o estado pioneiro no mercado de carbono, que ainda não é explorado no Brasil. A empresa Mercuria Energy & commodity group, que atua no ramo de energia no mundo todo, conheceu a política ambiental do Estado e mostrou interesse em iniciar tratativas para se tornar investidora.

“É importante que essas reuniões com investidores internacionais aconteçam para que a gente possa criar esse mercado que ainda não funciona no Brasil. Mato Grosso está bem adiantado com várias políticas públicas ambientais com resultados de redução do desmatamento, e isso vai nos ajudar a construir todos esses mecanismos para que no futuro bem próximo, possamos captar recursos internacionais com venda de créditos de carbono”, explica o secretário Executivo de Meio Ambiente, Alex Marega.

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Empresas querem investir em Mato Grosso para que o Estado possa estruturar cadeias de comércio de crédito de carbono, para futuramente poderem ter a opção de comprar esses créditos, como um bônus proveniente de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal). “Recursos captados serão utilizados tanto para aprimoramento do combate ao desmatamento, mas principalmente para fomentar negócios verdes, que são empreendimentos sustentáveis”, avalia o secretário.

O mercado de carbono funciona com a venda de créditos excedentes de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE). Assim, empresas, países, estados que ultrapassam a meta de redução das emissões de carbono podem vender esse excedente. No caso de Mato Grosso, o que conta é o desmatamento evitado, com programas de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD).

Conforme o diretor executivo do Earth Innovation Institute (EII), Daniel Nepstad, a estimativa preliminar aponta que se Mato Grosso avançar nas ações de desenvolvimento sustentável promovidas pelo Instituto Produzir, Conservar e Incluir (PCI), pode reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera em 0,8 bilhões de toneladas por ano, entre 2021 e 2030,  segundo padrões internacionais. Com a comercialização de 0,5 bilhões de toneladas de carbono por ano, ao preço de 10 dólares por tonelada, chegamos a $500 milhões por ano de receita para o Estado.

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O projeto Carbono Neutro MT, apresentado pelo governador Mauro Mendes na COP-26, impressionou investidores e representa um passo para colocar Mato Grosso à frente nas discussões mundiais sobre mercado de carbono. A meta voluntária é neutralizar as emissões de gases do efeito estufa até 2035.

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Temas amazônicos ganham destaque na Assembleia dos Bispos

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JB News

Da Redação

A Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida, São Paulo, continua a todo vapor, conforme relatado pelo Arcebispo de Cuiabá, Dom Mário Antonio. Em meio a uma extensa pauta, os participantes trataram de diversos assuntos de relevância, especialmente voltados para a Amazônia e a doutrina social da Igreja Católica.

No decorrer do encontro, Dom Mário destacou a importância da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), que completou uma década de atuação incansável na região amazônica.

A REPAM tem desempenhado um papel fundamental na articulação das igrejas na Amazônia, especialmente nos regionais, promovendo uma verdadeira rede de evangelização.

Outro ponto abordado foi a Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA), uma instância composta por bispos, padres, religiosos, religiosas, leigos e leigas, surgida a partir do Sínodo da Amazônia de 2019. A CEAMA se configura como um espaço de diálogo e ação conjunta para enfrentar os desafios e promover o desenvolvimento integral da Amazônia e de seus habitantes.

Além disso, a Comissão Episcopal para a Amazônia foi tema de discussão, especialmente no que diz respeito às questões indígenas, populações ribeirinhas e comunidades urbanas da Grande Amazônia. A preocupação com a realidade dos bairros e populações urbanas evidencia o compromisso da Igreja em atender às necessidades dos mais vulneráveis.

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A reflexão sobre a doutrina social da Igreja também ocupou espaço na agenda do dia. Dom Mário ressaltou a importância do estudo e conhecimento dessa doutrina, que fundamenta a justiça como vontade divina e os valores do reino de Deus, enriquecendo a dimensão social do Evangelho e orientando a ação das comunidades cristãs.

“A doutrina social da Igreja reconhece que o ser humano é sagrado para o cristianismo, e isso nos convoca a uma atuação efetiva em prol da dignidade humana e da justiça social”, afirmou Dom Mário.

A Assembleia Geral da CNBB prosseguirá até sexta-feira, dia 19, com a conclusão dos estudos, debates e momentos de celebração. A expectativa é de que as discussões e reflexões realizadas durante o evento contribuam para fortalecer o papel da Igreja na promoção do bem comum e na defesa dos direitos humanos, especialmente na região amazônica.

Além de Dom Mário, estão presente os bispos de Mato Grosso que representam as dioceses de Barra do Garças, Diamantino, Juína, Rondonópolis / Guiratinga, São Luis de Cáceres, Sinop e Primavera do Leste / Paranatinga.

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