Cidades

Juiz diz que governo violou a lei de execução penal, impõe multa de 150 mil reais e determina que mercadinho seja reaberto em presídio de Sinop

Publicados

em

JB News

Por Nayara Cristina

 

O Juiz Mirko Vicenzo Giannorte da Vara Especializada de fazenda Pública de Sinop, atendeu um pedido de Tutela Antecipada feito pela Defensoria Pública contra o governo de do Estado objetivando a manutenção do funcionamento dos mercados administrados pelo Conselho de Comunidade Penitenciária da cidade, que foi interditado em razão da lei estadual 2.792/2025.

A lei foi sancionada pelo governador Mauro Mendes com o intuito de reduzir a criminalidade através do programa Tolerância Zero no combate contra as organizações criminosas. Que para o estado os criminosos utilizam das estruturas dos presídios para comandar crimes fora das celas. As discussões em torno de medidas severas para controlar o avanço dos crimes, e o fortalecimento das organizações criminosas, o governo do estado determinou a proibição de entrada de celulares nos presídios e uma revista mais rigorosa para impedir a entrada de objetos como parelho celulares fones de ouvido entre outros encontrados detentos das celas nos presídios do estado. Além do fechamento dos mercadinhos que tem gerado grande polemica entre o executivo e boa parte do judiciário que é contra a medida.

Segundo consta a decisão de Mirko Vicenzo, o governo de MT violou a lei de execução penal, ao determinar o fechamento do mercado administrado pelo Conselho de Comunidade.

O artigo 13 da LEP, estabelece expressamente que “o estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração”.

Na decisão o juiz alega que causa estranheza e indignação constatar que o estado ao invés de aprimorar o sistema penitenciário em garantir condições dignas ao reeducando optam por medidas que agravam ainda mais e precária a situação dos presos.

Leia Também:  Mario Nadaf elogia Cuiabá pelos  303 anos e pede que o maior patrimônio ambiental da capital seja preservado

Para o magistrado o fechamento do mercado dentro da penitenciária priva os reeducando de ter acesso aos produtos excenciais para a subsistência e dignidade. Que a ação prejudica a reintegração social dos reclusos que dependem do trabalho no mercado interno. Além de causar demissão imediata dos funcionários já contratados que atuam no mercado. Acarretando na perdas dos produtos perecíveis em estoque.

Conforme a decisão do magistrado, a situação fica ainda mais alarmante por conta do jantar que é servido as 16h, e do café da manhã que é servido somente as 6h da manhã. Deixando os detentos sema alimentação por quase 12 horas. E que a proibição do mercado seria um retrocesso social.

Destacou ainda que o estado se que apresentou alternativa para o suprimento das necessidades básicas dos detentos. E que a conduta do governo viola o Principio da Proporcionalidade em seus três mutiprincipios. O de adequação. Para o magistrado a medida não é adequada para atingir a eventual finalidade de segurança, uma vez que o mercado é gerido pelo Conselho da Comunidade. E que existem medidas menos gravosa para a garantia da segurança publica como a dos controles já existentes. E que o prejuízo causado pela violação dos direitos é superior ao beneficio que o estado pretende atingir.

Na decisão o juiz argumenta que o estado não fornece os itens básicos, e que muitas das vezes depende exclusivamente do mercado para suprir as necessidades da unidade prisional.

Argumenta ainda que que a situação é tão grave que até remédios para serem usados em detentos foram levados para dentro do presidio por uma médica. “Evidenciando descaso total do estado”. Apresentou que a unidade prisional já sofre com graves problemas estruturais como a falta de fornecimento de água, falta de policiais penais. E que o fechamento repentino do mercado pode agravar ainda mais, e que não apenas viola o direito dos presos, como coloca em risco todo o funcionamento da Unidade Prisional.  Que possui hoje 1.171 reeducando e mais de 1.500 pessoas circulando diariamente, equivalendo a uma pequena cidade.

Leia Também:  Virginia Mendes intercede por projeto de habitação para atender primeiras-damas dos municípios

Para o magistrado a conduta do governador Mauro Mendes beira improbidade administrativa ao violar os direitos fundamentais dos reeducando, e desrespeitar a lei penal. E que a gravidade dos fatos cabe inclusive o afastamento do governador.

“O Chefe do Executivo deveria, na minha modesta opinião, enxergar internamente além dos muros do Presidio a verdadeira realidade social, a qual não está representada em exposição midiática de festividade beneficentes, isso não serve à sociedade, mas sim atitudes concretas de respeito ao próximo. Aí está a verdadeira humildade”! Diz o trecho da decisão.

Defiro o pedido de liminar , no sentido de determinar ao Estado  de Mato Grosso  que: a) Se abstenha de interditar  o mercado administrado pelo Conselho da Comunidade de Sinop; b) promova  o imediato reestabelecimento do funcionamento do mercado , garantindo seu pleno funcionamento; c) Em caso de descumprimento , fixo multa diária  no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) aos cofres públicos estaduais e R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) na pessoa do Governador do Estado de Mato Grosso, sem prejuízo de posterior majoração. Decidiu.

 

 

 

 

COMENTE ABAIXO:

Cidades

Vereador Samir promete solução e não descarta mudança de comando

Publicados

em

Por

*Veja vídeo*

JB News

Por AlissonGonçalves

*Crise no DAE/VG: Vereador Samir promete solução e não descarta mudança de comando

Em meio a uma onda de críticas e insatisfação popular, a administração de Várzea Grande enfrenta mais um capítulo conturbado com a crise no Departamento de Água e Esgoto (DAEVG).

Nesta terça-feira,22, o vereador Samir Japonês (PL), líder do governo na Câmara Municipal, garantiu que uma solução está em construção e será apresentada “nos próximos dias”.

Samir afirmou que vem mantendo diálogo constante com a prefeita Flávia Moretti e o vice-prefeito Tião da Zaeli — ambos do PL —, destacando que a dupla, que ele chamou de “os donos da caneta”, está empenhada em resolver os problemas da autarquia.

“Tião está à frente dessa questão e já tem trabalhado para apresentar uma resposta concreta. Estamos cobrando e confiamos que a solução está próxima”, disse Samir à imprensa local.

A permanência do coronel Sandro Azambuja na presidência do DAE também foi colocada em xeque.

Embora não tenha confirmado a exoneração, Samir não descartou a possibilidade, desde que uma substituição venha acompanhada de um nome técnico e qualificado.

Leia Também:  Vereadores de oposição usam narizes de palhaço em protesto contra suspensão de comissão processante contra Pinheiro

“Se houver troca, precisa ser alguém preparado para assumir o desafio. A população quer água nas torneiras, e isso não pode mais esperar”, reforçou.

Durante a sessão desta manhã, vereadores fizeram duras críticas ao atual gestor, incluindo pedidos explícitos por sua saída imediata e até sugestões para instalação de uma CPI.

Samir revelou que já acionou o vice-prefeito para que seja marcada uma reunião com Azambuja, a fim de esclarecer os problemas enfrentados pela autarquia.

“Ele tem o direito de se explicar. Só assim poderemos compreender a real situação do DAEVG”, concluiu o parlamentar.

A crise no fornecimento de água e as críticas à gestão do DAE têm alimentado um clima de tensão política e social na cidade.

Moradores e vereadores cobram respostas urgentes, enquanto os bastidores da administração se movimentam à procura de soluções.

Veja :

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

POLÍTICA

POLICIAL

MAIS LIDAS DA SEMANA