Economia

JBS quer comprar banco Bradesco; herdeiras são favoráveis

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Da Redação

A JBS (JBSS3), a maior processadora de carne do mundo, está a preparar um movimento ousado no mercado financeiro brasileiro. Segundo informações divulgadas pelo blog “Nem Amigo, Nem Inimigo”, a empresa estaria interessada em adquirir o controle acionário do Bradesco (BBDC4), um dos maiores bancos do país.

A notícia circulou pela Faria Lima e gerou grande especulação, especialmente porque as herdeiras de Amador Aguiar, fundador do Bradesco, teriam sinalizado apoio ao negócio.

O apoio das herdeiras, se confirmado, poderia ser o ponto crucial para que a JBS se torne a nova controladora do Bradesco, fortalecendo a posição da gigante do setor alimentício em outros ramos além do seu core business.

A JBS já demonstrou apetite por aquisições em diversos setores, como aconteceu com a recente tentativa de compra da Mantiqueira, a maior produtora de ovos da América do Sul.

Estratégia de Expansão:

A JBS tem seguido uma estratégia agressiva de expansão, com foco em diversificação e sinergia entre os negócios adquiridos.

No entanto, a movimentação atual de interesse pelo controle do Bradesco surpreendeu o mercado, principalmente pelo porte e importância da instituição financeira. Fontes próximas à empresa afirmam que a JBS continua a analisar oportunidades para expandir seu portfólio, com olhos em setores estratégicos.

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Recentemente, a JBS também anunciou um programa de recompra de ações, com o objetivo de adquirir até 10% das ações em circulação, o que corresponde a cerca de 113,4 milhões de papéis, em um período de 18 meses. Esta iniciativa visa, segundo a empresa, maximizar o valor para os acionistas e otimizar sua estrutura de capital.

Bradesco nega venda:

Apesar da movimentação da JBS, o Bradesco negou oficialmente qualquer negociação para a venda do seu controle acionário. A declaração da instituição financeira foi breve, mas clara, refutando qualquer rumor de que a empresa estaria à venda.

Projeções financeiras da JBS para 2024:

Além das especulações sobre o Bradesco, a JBS anunciou suas previsões financeiras para o próximo ano. A empresa projeta uma receita líquida de R$ 409,4 bilhões em 2024 e um Ebitda ajustado entre R$ 33,4 bilhões e R$ 36,2 bilhões. Estes números reforçam a posição da JBS como uma das maiores empresas brasileiras, com uma forte presença global no setor de alimentos.

O mercado agora espera por mais desenvolvimentos em torno desta possível aquisição e as implicações que ela poderá ter tanto para a JBS quanto para o Bradesco.

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Economia

Mercosul e UE firmam acordo comercial

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Por Karla Neto

 

Os chefes de Estado do Mercosul e a representante da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, anunciaram, que foi firmado o acordo de livre comércio para redução das tarifas de exportação entre os países que compõe esses mercados. As negociações se arrastavam há 25 anos.
Ao todo, o acordo envolve nações que somam mais de 750 milhões de pessoas. A presidente da Comissão Europeia destacou que a medida marca o início de uma nova história. “Agora estou ansiosa para discutir isso com os países da UE. Este acordo funcionará para pessoas e empresas. Mais empregos. Mais escolhas. Prosperidade compartilhada”.
O acordo entre os dois blocos econômicos promete facilitar o comércio, conectando dois mercados com um PIB combinado de US$ 22 trilhões. No caso do Brasil, o acordo tem potencial para elevar o PIB nacional em 0,5% ao ano, conforme projeções do Ipea.
De acordo com Marcelo Godke, especialista em Direito Internacional Empresarial, tratados costumam gerar duas grandes consequências. “Primeiramente, a redução de impostos de importação e outras barreiras não tarifárias permite que produtos de países mais competitivos entrem no mercado, o que pode ocasionar perda de empregos em setores menos competitivos”. Contudo – ele acrescenta – em áreas onde um país apresenta maior competitividade, esses acordos possibilitam acesso a mercados antes inviáveis, favorecendo a exportação e reduzindo custos, o que aumenta a competitividade.

Os chefes de Estado do Mercosul e a representante da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, anunciaram, nesta sexta-feira (6), que foi firmado o acordo de livre comércio para redução das tarifas de exportação entre os países que compõe esses mercados. As negociações se arrastavam há 25 anos.
O acordo foi anunciado em coletiva de imprensa em Montevidéu, no Uruguai, onde ocorre a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.
Ao todo, o acordo envolve nações que somam mais de 750 milhões de pessoas. A presidente da Comissão Europeia destacou que a medida marca o início de uma nova história. “Agora estou ansiosa para discutir isso com os países da UE. Este acordo funcionará para pessoas e empresas. Mais empregos. Mais escolhas. Prosperidade compartilhada”.
O acordo entre os dois blocos econômicos promete facilitar o comércio, conectando dois mercados com um PIB combinado de US$ 22 trilhões. No caso do Brasil, o acordo tem potencial para elevar o PIB nacional em 0,5% ao ano, conforme projeções do Ipea.
Os tratados de livre comércio podem ser acordos bilaterais, como entre Brasil e Estados Unidos ou França e Angola, ou negociações no âmbito de blocos econômicos, como o Mercosul e a União Europeia. Mas quais as consequências da negociação, tendo em vista países que apresentaram ser contra o acordo, como a França e a Polônia?
De acordo com Marcelo Godke, especialista em Direito Internacional Empresarial, tratados costumam gerar duas grandes consequências. “Primeiramente, a redução de impostos de importação e outras barreiras não tarifárias permite que produtos de países mais competitivos entrem no mercado, o que pode ocasionar perda de empregos em setores menos competitivos”. Contudo – ele acrescenta – em áreas onde um país apresenta maior competitividade, esses acordos possibilitam acesso a mercados antes inviáveis, favorecendo a exportação e reduzindo custos, o que aumenta a competitividade.
“Embora possam existir impactos negativos pontuais, como perdas de emprego em determinados setores, a liberalização comercial frequentemente resulta em crescimento econômico global. No entanto, setores com forte influência política, como o agrícola na França, podem gerar resistência a esses acordos, dificultando negociações em bloco. É por isso que os Estados Unidos, por exemplo, preferem negociações bilaterais, que geralmente oferecem maior êxito”, explica Godke.
A negociação entre blocos é mais complexa e frequentemente resulta em acordos abaixo do esperado.
“Acordos de livre comércio negociados bilateralmente são geralmente mais eficazes e rápidos de implementar do que os realizados entre blocos, que podem levar décadas para serem assinados e colocados em prática. Penso que esse acordo é importantíssimo. Ele levou muito tempo, deu muito trabalho para ser concretizado, era preciso ver esses acordos efetivamente assinados e implementados”, conclui.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) celebrou a conclusão do acordo, avaliando que ele levará ao fortalecimento das relações comerciais e gerar novas “oportunidades econômicas e a consolidação de laços históricos e culturais entre os blocos”.

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