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Inca lança Centro de Treinamento Robótico e apresenta avanços em pesquisa e diagnóstico precoce do câncer de próstata

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O Centro de Treinamento e Pesquisa em Robótica, do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o primeiro do Sistema Único de Saúde (SUS) voltado à formação e certificação em cirurgia robótica, integrando ensino, pesquisa e assistência, foi inaugurado nesta segunda-feira (17), durante o evento de celebração do Novembro Azul, mês de conscientização sobre a saúde do homem e prevenção do câncer de próstata.

O Centro de Treinamento e Pesquisa em Robótica é o único do SUS com certificação reconhecida pela fabricante Intuitive, o que garante a formação oficial de cirurgiões especializados. A expectativa é formar 15 novos profissionais por ano, com dupla titulação em sua área médica e em cirurgia robótica. O provimento de especialistas e o fomento da inovação são pilares do programa Agora Tem Especialistas para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias por meio da ampliação do atendimento.

Desde 2012, o INCA é pioneiro na realização de cirurgias robóticas no SUS, com mais de 2.050 procedimentos realizados em especialidades como Urologia, Ginecologia, Cabeça e Pescoço, Abdome e Tórax.

Agora, com o novo robô Da Vinci Xi, equipamento com três consoles cirúrgicos, e um simulador de realidade virtual SIM Now ─ que permite o treinamento de cirurgiões em ambiente seguro e realista ─, o Instituto amplia sua capacidade de formação médica e pesquisa aplicada.

 “A robótica trouxe precisão, segurança e menor tempo de recuperação para o paciente oncológico. E, ao mesmo tempo, tornou-se uma ferramenta de aprendizado e pesquisa. Essa é a essência do nosso novo centro: unir tecnologia e conhecimento para transformar o cuidado em câncer no SUS”, explicou o médico urologista Franz Campos, coordenador do Programa de Cirurgia Robótica do INCA.

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Dessa forma, a cirurgia robótica permite ao cirurgião realizar movimentos com maior precisão e ampliar o campo visual em até dez vezes. Por ser um método minimamente invasivo, reduz o risco de complicações, a dor e o tempo de internação, além de diminuir os custos hospitalares, favorecendo a recuperação e os resultados clínicos dos pacientes.

Além disso, o Centro de Treinamento Robótico do INCA garante que novos cirurgiões sejam capacitados de forma completa, com prática supervisionada e simuladores de realidade virtual que reproduzem procedimentos complexos com segurança.

Junto com o Centro de Diagnóstico do Câncer de Próstata, que realiza 3.000 biópsias transretais da próstata sob sedação anestesiológica, o Instituto acumulou 13 anos de experiência em prostatectomia robótica, técnica recentemente aprovada para incorporação no SUS. Com isso, e com o Centro de Treinamento e Pesquisa em Robótica, o INCA se qualifica para auxiliar o Ministério da Saúde na implementação da cirurgia robótica no SUS, visando o tratamento curativo do câncer de próstata em suas fases iniciais e localmente avançadas.

Pesquisa e inovação

O evento destacou o papel do Inca como referência nacional no diagnóstico precoce e no tratamento do câncer de próstata, uma das principais causas de neoplasias entre os homens.

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De acordo com estimativas do Instituto, o Brasil registrou 71.730 novos casos de câncer de próstata em 2023. No estado do Rio de Janeiro, é o tipo tumoral mais incidente entre os homens, representando nove em cada dez tumores diagnosticados.

Além da inauguração do novo centro, o Inca apresentou projetos de pesquisa voltados à detecção precoce e ao comportamento biológico do câncer de próstata, desenvolvidos com o apoio do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon).

Entre as iniciativas está o projeto de caracterização genética de pacientes brasileiros com câncer de próstata, que utiliza sequenciamento genômico completo para identificar mutações somáticas relacionadas à doença. A pesquisa abrange três grupos de pacientes: homens com hiperplasia prostática (sem câncer), com câncer de baixo grau e de alto grau, estudo inédito em abrangência e metodologia no País.

“Estamos avançando em várias frentes: na prevenção, no diagnóstico e na qualificação do tratamento. O Centro de Treinamento Robótico é parte de um esforço maior para garantir que o SUS esteja na vanguarda tecnológica, sem deixar de lado a nossa principal missão, que é salvar vidas por meio da detecção precoce e do cuidado integral”, afirmou o diretor-geral do INCA, Roberto Gil.

Sandra Proença
Instituto Nacional de Câncer
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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Gestores do Ministério da Saúde de todo país recebem formação para combater assédio e discriminação no ambiente de trabalho

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Durante dois dias, dirigentes de hospitais, representantes de institutos federais e superintendentes estaduais do Ministério da Saúde de todo o Brasil estiveram reunidos, em Brasília (DF), para participar da oficina Dialogando sobre Assédios e Discriminações no Ambiente de Trabalho: Cultivando Respeito e Inclusão. A formação, encerrada nesta quarta-feira (19), na sede da Fiocruz Brasília, integra as ações do Plano Setorial de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e às Discriminações no Trabalho na Saúde (PEADTS) do Ministério da Saúde.

A oficina faz parte do conjunto de ações estratégicas previstas pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e contribui diretamente para o cumprimento das metas do Sistema de Planejamento e Monitoramento do Ministério da Saúde (SIPLAM), relacionadas à valorização e ao cuidado com os trabalhadores da saúde. Ao investir na formação das lideranças, a pasta busca fomentar uma cultura organizacional baseada no respeito à diversidade, na equidade e na integridade, ampliando a capacidade institucional de prevenir conflitos e promover ambientes de trabalho saudáveis.

De acordo com o secretário da SGTES, Felipe Proenço, a oficina tem o intuito de sensibilizar gestoras e gestores, estimulando a reflexão crítica sobre suas responsabilidades na prevenção e no enfrentamento ao assédio e à descriminação. “O foco dessa formação é promover as relações de trabalho éticas e respeitosas. Isso se traduz no desenvolvimento de habilidades para identificar e intervir em situações de risco, criando um ambiente seguro e saudável para todos os colaboradores da pasta”, observou.

Para a diretora do Programa Federal de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Descriminação do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), Ariana Frances, o Ministério da Saúde tem se consolidado como uma importante referência na abordagem e desenvolvimento de políticas relacionadas à saúde do trabalhador no país. “É com grande satisfação que observamos essa construção permanente que a pasta vem coordenando, notadamente com o fortalecimento das redes de atenção aos trabalhadores. O diálogo que vem sendo estabelecido deve ser ainda mais fortalecido para o bem-estar dos trabalhadores”, disse.

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Participação de gestores na oficina

A importância da escuta qualificada foi um dos pontos que mais chamaram atenção dos participantes da oficina, como da assessora técnica da Ouvidoria-Geral do SUS, Viviane de Oliveira, que ressaltou a importância do diálogo, da responsabilização institucional e do compromisso contínuo com a cultura de respeito. “Aprendi muito com as trocas entre os participantes, com as vivências compartilhadas e com os debates sobre mecanismos de prevenção, fluxos de atendimento e protocolos de acolhimento. Saio da formação ainda mais consciente de que o enfrentamento ao assédio e às discriminações exige atualização constante, diálogo permanente e ações integradas”, disse.

O representante da Comissão de Ética do Ministério da Saúde, Elielso de Sousa, afirmou que participar da oficina foi uma oportunidade de refletir sobre os comportamentos dentro do ambiente de trabalho e fora dele. “Oprimir parece estar incrustado em nossa cultura. Somos oprimidos e opressores e por muitas vezes não enxergamos isso. Muitas pessoas não percebem que são vítimas de violência e muitos que promovem a violência aprenderam este modelo de gestão como o certo”. Para Elielso, é possível repensar, refletir e enxergar que há outras maneiras de promover um processo de produção com relações e ambientes saudáveis.

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“O Ministério da Saúde vem construindo de forma coletiva e articulada um conjunto de ações para enfrentar o assédio e à discriminação, reforçando a importância da temática e o compromisso com o cuidado e a saúde de todos os trabalhadores da pasta. É importante que os demais órgãos que compõem o Governo Federal e que ainda não iniciaram suas ações nessa temática façam essa integração entre os seus gestores e ampliem os seus conhecimentos acerca do tema”, concluiu a coordenadora-geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Saúde, Etel Matielo.

Plano setorial

O Plano Setorial de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e às Discriminações no Trabalho na Saúde (PEADTS) tem a finalidade de estabelecer medidas concretas voltadas à prevenção, acolhimento, apuração, responsabilização e resolução de conflitos, com vistas à construção de ambientes laborais seguros, inclusivos e livres de violência. O plano se aplica aos órgãos do Ministério da Saúde, bem como às suas unidades descentralizadas e abarca temas como assédio moral, assédio sexual, discriminação, assédio moral organizacional, rede de acolhimento, organização do trabalho, saúde no trabalho e racismo.

As ações do PEADTS serão revisadas bianualmente, em conformidade com as seguintes diretrizes: compromisso institucional; universalidade; acolhimento; comunicação não violenta; integralidade; resolutividade; confidencialidade; transversalidade; e isonomia em relação a gênero, raça, faixa etária, etnia e pessoas com deficiência. O intuito do plano é implementar estratégias e ações de prevenção e enfrentamento ao assédio, discriminação e violência relacionados ao trabalho, garantindo-o em perspectiva decente, digna, segura e humanizada.

Victor Almeida
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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