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Governador defende garantia de empregos: “Não posso concordar que 10 mil sejam beneficiados em detrimento de milhares”

Pagamento por Preservação

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Mauro Mendes afirmou que pagamento a produtores é louvável, mas precisa estar unido a alternativas para não gerar desemprego nas regiões amazônicas

Lucas Rodrigues
Com informações Secom-MT

Governador Mauro Mendes participa do lançamento da iniciativa Conserv – Foto por: Secom-MT

O governador Mauro Mendes defendeu que a política de compensação financeira aos produtores rurais da Amazônia que conservarem áreas que poderiam desmatar, deve estar aliada a mecanismos que garantam a geração de emprego e renda às comunidades dessa região.

Mendes participou do lançamento da iniciativa Conserv, pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), em parceria com o EDF (Environmental Defense Fund) e com o Woodwell Climate Research Center.

A iniciativa é um mecanismo privado de compensação para os produtores da Amazônia que decidirem preservar as áreas que excedem o percentual exigido pelo Código Florestal, ou seja, as áreas que legalmente poderiam desmatar.

De acordo com o governador, a iniciativa é louvável e interessante para os produtores rurais que queiram fazer essa opção. Porém, é preciso que essa preservação também beneficie quem mais precisa, que são as comunidades que vivem na Região Amazônica.

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“O IPAM afirmou que Mato Grosso tem 7 milhões de hectares de áreas que podem ser desmatadas legalmente. Esses 7 milhões de hectares devem estar, provavelmente, na mão de no máximo 10 mil proprietários. Se fizerem a opção de receber para não desmatar a área que tem o direito de desmatar, 10 mil pessoas ganhariam. E o restante? E as pessoas que dependeriam desses empregos, que precisam ter oportunidades, que não são proprietários de terras e dependem de trabalho para sobreviver?”, questionou.

Mendes afirmou que paralelamente ao pagamento dos produtores, também devem ser criadas alternativas para não gerar prejuízos “a milhares de pessoas que dependem dos empregos gerados pela atividade econômica produzida na terra”.

“Para cada R$ 1 pago por essa preservação, temos que ter outros ‘x’ reais investidos em programas alternativos para gerar emprego e renda na Região Amazônica. Não posso concordar que 10 mil pessoas sejam beneficiadas em detrimento de milhares. Se não, isso vai fracassar. Teremos centenas de pessoas desempregadas, precisando sobreviver, e ninguém pode negar ao ser humano o direito da sobrevivência e de construir uma vida melhor”, concluiu.

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Mauro Mendes desafia Macron em questões cruciais para o agronegócio brasileiro “Se é ruim para ele, é bom para os Brasil”

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JB News

Da Redação

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, criticou a intervenção do presidente da França, Emmanuel Macron, em questões cruciais para o agronegócio brasileiro, particularmente em relação à construção da Ferrogrão entre Mato Grosso e o Pará. Em uma conversa com jornalistas nesta quarta-feira,03, de abril, ele desafiou Macron a apresentar argumentos técnicos que comprovem a inviabilidade e falta de sustentabilidade da ferrovia.

Mauro Mendes destacou que o governo francês age com interesses econômicos, buscando impedir o avanço do agronegócio brasileiro para proteger o mercado dos agricultores franceses. Ele ressaltou a disparidade entre a extensão das malhas ferroviárias da França e da Alemanha em comparação com a do estado de Mato Grosso.

“Vamos falar honestamente aqui, a França e a Alemanha, juntas, têm o mesmo tamanho que o estado de Mato Grosso, 900 mil quilômetros quadrados. A França e a Alemanha, juntas, têm 70 mil quilômetros de ferrovia. Nós em Mato Grosso, com o mesmo tamanho da Alemanha e da França juntas, nós temos pouco mais de 200 quilômetros de ferrovia e queremos construir aí mais mil quilômetros até os portos de Miritituba”, argumentou o governador.

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Mauro Mendes desafiou Macron a debater tecnicamente o projeto da Ferrogrão, afirmando que não existem argumentos sólidos que contradigam a sustentabilidade da ferrovia, que promete retirar milhares de caminhões das estradas e transportar mais carga com menor emissão de carbono.

“Vamos ver se eles têm argumento para demonstrar que essa ferrovia não é sustentavelmente, ecologicamente viável”, desafiou.

O governador avaliou que a França tem interesse em conter a expansão do agronegócio brasileiro devido à sua extrema dependência tanto do mercado europeu quanto dos subsídios pagos pela União Europeia aos agricultores franceses. Dados da CNN indicam que os agricultores franceses receberam cerca de R$ 262 bilhões em pagamentos da União Europeia entre 2015 e 2021, representando aproximadamente 18% do total gasto por todo o bloco em subsídios agrícolas.

“É uma agricultura ineficiente, que vive a base de subsídios. Nós, brasileiros, temos uma das agriculturas mais competitivas e eficientes do planeta. Como é que alguém que não tem eficiência compete com alguém tão produtivo como nós? Eles têm que barrar nosso crescimento […] Eles não querem deixar que nós fiquemos mais eficientes, porque se não eles vão ter que aumentar mais subsídios lá na Europa”, concluiu o governador Mauro.

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