EDUCAÇÃO

Evento do MEC abre Semana da Convivência Escolar

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O Ministério da Educação (MEC) está trabalhando para fortalecer vínculos na comunidade escolar e prevenir situações de violência. A Semana Nacional da Convivência Escolar foi lançada nesta quinta-feira, 3 de abril, com um webinário que discutiu formas de melhorar o clima e a convivência em instituições de ensino brasileiras. A campanha faz parte do Programa Escola que Protege e segue com programação ao longo do mês de abril, com o tema “Eu respeito, você respeita, nós construímos”. 

No evento de abertura, a coordenadora-geral de Acompanhamento e Combate à Violência nas Escolas do MEC, Thais Luz, conversou com os especialistas Carolina Campos, diretora-executiva do Vozes da Educação, e Josafá da Cunha, professor do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A mediação do debate foi realizada pela presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) Região Nordeste, Josevanda Franco. A mesa abordou temas como cultura de paz; importância da escuta e da participação estudantil como caminhos para prevenção às violências; e convivência como parte do direito à educação. 

“O trabalho que o MEC vem realizando consiste em uma estratégia pedagógica de incentivo à convivência escolar como medida de prevenção à violência no contexto escolar. É no âmbito do Programa Escola que Protege, que operacionaliza o Sistema Nacional de Acompanhamento e Combate à Violência nas Escolas, que surge a mobilização para a Semana”, explicou Luz. 

A coordenadora-geral pontuou que a mobilização visa alcançar dois objetivos do Escola que Protege: fomentar espaços de convivência democrática e combater o bullying e todas as formas de discriminação. “A nossa aposta é de que há uma centralidade do respeito à diversidade nesse debate. Na escola, não só ensinamos disciplinas, mas formamos cidadãos críticos e empáticos. Queremos repactuar com todos os profissionais da educação que o sentido de aprender a conviver em comunidade é respeitar as diferenças e promover a colaboração”, definiu. 

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Na visão de Campos, a construção de um clima escolar acolhedor atende não só ao direito à educação, garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mas também ao direito à proteção. “Quando a escola consegue fazer uma barreira às violências e às adversidades da vida adulta, temos, então, uma escola segura e que protege. Em algum lugar, ao menos, os estudantes precisam viver isso, disse. 

Apresentando a Semana da Convivência de Curitiba, Cunha contou que o projeto surgiu quando ele e colegas do departamento de educação da UFPR perceberam, após episódios de violência em escolas, que as instituições de ensino só eram lembradas e ganhavam destaque nas notícias quando casos assim vinham à tona, mas pouco reconhecimento e apoio era oferecido por lidarem com os alunos ao longo dos anos. 

Quer aprender sobre articulação intersetorial? Vá até uma escola, porque a escola se vira para articular assistência social, saúde… Isso enquanto cumpre sua missão de educação. O melhor do Brasil é essa escola brasileira, resiliente”, defendeu, pontuando que o sucesso de qualquer política educacional deve passar pelo reconhecimento do protagonismo das escolas nas comunidades e sua experiência na promoção da convivência e socialização de indivíduos. 

SemanaExperiências nacionais e internacionais indicam que escolas que investem em práticas restaurativas, metodologias participativas e programas de mediação de conflitos apresentam redução na incidência de violências e melhoria no rendimento escolar. Por isso, a Semana Nacional da Convivência Escolar, como ação estruturante do Programa Escola que Protege, representa uma estratégia para mobilizar e sensibilizar os professores, os gestores escolares, os estudantes, as famílias e a sociedade civil em todo o país. 

Para isso, as escolas devem incluir ações da campanha em seu planejamento pedagógico, de forma a envolver toda a comunidade escolar. As ações podem ser adaptadas conforme a realidade de cada escola, com foco na convivência democrática; no respeito às diferenças; na prevenção à violência e ao bullying; e no fortalecimento dos vínculos e do bem-estar coletivo. 

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Mais do que uma campanha pontual, a proposta é que essas práticas também se estendam ao longo do ano letivo e sejam incorporadas, de forma estratégica e intencional, aos projetos político-pedagógicos (PPP) das escolas. 

Como ação nacional, a Semana Nacional da Convivência Escolar será realizada ao longo do mês de abril, em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola (7 de abril). A iniciativa é realizada em parceria com a UFPR, com apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da Undime. 

Além do evento de lançamento, estão previstos outros três webinários temáticos nos dias 10, 14 e 28 de abril, com foco em diferentes perspectivas sobre a convivência escolar. As datas e os temas serão divulgados nos canais oficiais do MEC. 

Materiais – Para viabilizar a implementação da campanha nas escolas, foram disponibilizados materiais orientadores, recursos gráficos e kit de mídia, organizados por público-alvo e etapa de ensino, na página oficial da Semana.  

O MEC criou, ainda, materiais orientadores para professores, gestores escolares e famílias. Para os docentes, foi elaborado um guia de atividades por etapa de ensino (educação infantil, anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio). As escolas poderão realizar pelo menos quatro atividades por etapa de ensino, com foco no tema da campanha, e poderão adaptá-las conforme sua realidade. Já para os gestores escolares, foi criado um documento orientador e uma apresentação em PDF e PPT para mobilização das equipes escolares.  

 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) 

Fonte: Ministério da Educação

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PDDE Equidade: saiba previsão de investimento por estado

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O MinistériodaEducação (MEC)divulgou a previsão de investimentos para o Programa Dinheiro Direto na Escola(PDDE) Equidade, que está em período de adesão para redes de ensino até o dia 6dejunho.A iniciativa busca melhorar a qualidade da oferta do ensino e a infraestrutura física e pedagógica de escolasda educação básica,com atenção àquelas em situação de maior vulnerabilidade. Até 2026, o programa vairepassar R$ 1,3 bilhãoa unidades de ensino de todooBrasil.  

A previsão para este ano é de um repasse de R$ 378,5 milhões para os 26 estados e o Distrito Federal. O maior volume de recursos irá para a região Nordeste (R$ 234,9 milhões), seguida pelo Norte (R$ 85,4 milhões); Sudeste (R$ 43,2 milhões); Centro-Oeste (R$ 12,3 milhões); e Sul (R$ 2,6 milhões). 

Conheça a previsão de investimentos para cada estado: 

Estado 

Orçamento 

AC 

R$ 5.027.310,00 

AL 

R$ 13.274.770,00 

AM 

R$ 23.917.870,00 

AP 

R$ 4.108.510,00 

BA 

R$ 46.626.050,00 

CE 

R$ 40.294.280,00 

DF 

R$ 368.750,00 

ES 

R$ 5.743.070,00 

GO 

R$ 4.970.810,00 

MA 

R$ 53.480.930,00 

MG 

R$ 23.913.210,00 

MS 

R$ 3.415.360,00 

MT 

R$ 3.566.060,00 

PA 

R$ 42.931.570,00 

PB 

R$ 20.022.000,00 

PE 

R$ 18.610.460,00 

PI 

R$ 23.771.080,00 

PR 

R$ 1.306.650,00 

RJ 

R$ 6.603.500,00 

RN 

R$ 6.419.630,00 

RO 

R$ 2.422.750,00 

RR 

R$ 2.763.940,00 

RS 

R$ 776.480,00 

SC 

R$ 585.750,00 

SE 

R$ 12.454.860,00 

SP 

R$ 6.952.140,00 

TO 

R$ 4.252.020,00 

Elegíveis Dos 5.570 municípios brasileiros, 3.039 possuem escolas elegíveis para receber os recursos do PDDE Equidade. Ao todo, 27.543 unidades escolares do país cumprem os requisitos do programa. Em oito estados, 100% das escolas poderão ser contempladas (Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Roraima e Sergipe). 

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Os valores que cada unidade recebevariamconforme o número de estudantes e o programa aderido. Há distinção entre recursos de custeio, que incluem despesas operacionais erecursos de capital, que englobam investimentos em bens duráveis e infraestrutura.  

OPDDEEquidade tem como objetivos estratégicosaprimorar as condições de oferta, ainfraestrutura física e as práticas pedagógicas das escolas;promover a equidade, a inclusãoe a superação das desigualdades educacionais;e reconhecer as diversidades.  

Critérios –Para participar do programa, é preciso que a escola tenha uma Unidade Executora Própria (UEx) e esteja listada como elegível pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC.A lista de escolas aptas está disponível na página doPDDE Equidade. Os critérios técnicos e orçamentários usados para a seleção dessas unidades de ensino podem ser consultados no Anexo I da Resolução nº 17/2025, que regulamenta esse ciclo do programa.  

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A adesão ao programa pode ser realizada pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec), em duas etapas: adesão pelas secretariasestaduaisemunicipaisde educação(Entidades ExecutorasEEx)eadesão dasUExrepresentativas das escolas indicadas pelaSecadi. 

Modalidades –O PDDE Equidade é composto por três grandes frentes: PDDE Sala de Recursos Multifuncionais (SRM), que apoia a educação especial inclusiva; PDDE Água, Esgotamento Sanitário e Infraestrutura nas Escolas do Campo, Indígenas e Quilombolas, que promove melhorias estruturais nessas unidades; e PDDE Diversidades, que visa à implementação das diretrizes curriculares nacionais em dez linhas temáticas.  

Nesse ciclo, os recursos se destinam às modalidades: educação especial; educação do campo; educação escolar indígena; educação escolar quilombola; educação para as relações étnico-raciais; educação bilíngue de surdos; e educação de jovens de adultos. 

 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações daSecadi 

Fonte: Ministério da Educação

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