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Em depoimento, Rosely Barbosa nega uso pessoal de propina, e diz que dinheiro recebido de empresários eram para manutenção da Setas

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Da redação

Cerca de 33 pessoas acusadas de criar uma organização criminosa encabeçada pelo empresário Paulo Cezar Lemes, além de terceiros considerados “testas de ferro”, e servidores públicos para constituir crimes contra administração pública, ao firmar convênios fraudulentos com institutos sem fins lucrativos, com o objetivo de desviar dinheiro público começaram a serem  ouvidas em audiência de instrução nesta quarta-feira 31.01 no Fórum de Cuiabá.

Ambos foram acionados após a Operação Arqueiro, realizada pelo Gaeco,  que investiga o desvio de milhões de reais dos cofres públicos do estado.

A  audiência iniciou por volta das 8h da manhã  na 7ª Vara Criminal de Cuiabá. O primeiro a ser ouvido foi Sivaldo Antônio da Silva, diretor do Instituto Concluir.

A ex-primeira-dama Rosely Barbosa  foi a segunda pessoa a ser ouvida na audiência, edisse que assumiu todos os fatos realizados por ela em sua deleção premiada. E respondeu diversos questionamentos a respeito dos desvios de dinheiro público na Secretaria de Assistência Social (SETAS). Afirmou ainda  que todas as denúncias contra ela foram feitas depois do seu depoimento na delação. E negou os recebimentos de propinas para fins pessoais com os empresários donos dos institutos de fachadas. Afirmou que autorizou Rodrigo Marchi ordenador de despesas, a receber o recurso advinda da propina para pagamentos de despesas que não estavam previstas no orçamento.

Segundo Rosely, em 2010 quando assumiu a pasta,  começou a trabalhar o orçamento de 2011, e que a sua secretaria recebeu muitas demandas e que a pasta não tinha orçamento para atender o que chegava de demanda. Foi aí que ela autorizou Rodrigo de Marchi  a pedir ajuda dos empresários para poder custear o seu gabinete. E que desconhece que secretário ou servidor público tivesse recebido propina para enriquecimento ilícito.

Segundo ela, por conta do seu marido ser vice-governador o orçamento já havia sido programado antes dele assumir o governo. E que o dinheiro estava todo comprometido com as ações já organizadas antes de assumir a pasta.

Rosely relatou como eram feitos os cadastramentos das empresas e institutos sem fins lucrativos para receber recursos da Setas. E que ela não participava da comissão que faziam os cadastros. E não lembra se Rodrigo, o seu braço direito fazia parte da comissão. Mas que existia uma equipe que faziam o levantamento das documentações e faziam a peneira do que era apresentado.

Disse que conheceu o empresário Paulo Cezar em 2010 em um evento da antiga Secopa, e após isso não teve mais contato com o empresário. E que seu encontro com ele deu após o seu marido assumir o governo. E que Paulo Cezar foi apresentado a ela por Rodrigo Marchi, e ele mesmo marcou um encontro entre Rosely e o empresário para discutir possíveis parcerias.

Segundo Rosely, Rodrigo disse a ela que ele gostaria de trabalhar com  as instituições que ele havia levado ao seu conhecimento, onde Paulo era um dos donos.

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E que na época eles queriam fazer alguns cursos de qualificação para pessoas atuarem na copa do mundo de 2014 em Cuiabá. E que isso depois se expandiu para outros trabalhos em conjunto.

Rosely afirmou que nunca tratou sobre valores com os empresários. E que todas as tratativas de destinação de recursos,  sejam elas para cursos ou de recebimento de qualquer vantagem eram tratadas por Rodrigo.

Segundo Rodrigo de Marchi em sua deleção e depoimento disse que a secretaria receberia de volta o valor de 4% a 5% dos pagamentos realizados às instituições.

Durante o depoimento Rosely disse que existia um corpo de profissionais que acompanhavam os cadastramentos das empresas  e a seleções de matérias que seriam apresentadas nos cursos.  E que ela simplesmente assinava as liberações. E nada era tratado com ela.

Rosely disse que o dinheiro do retorno era combinado por Rodrigo. e que na maioria das vezes os acusados entregavam dinheiro em espécie para ele, e ele pagava as contas da secretaria. E muitas das vezes o dinheiro ficava no gabinete dela na Setas, mas na responsabilidade de Rodrigo. “Esses recursos eram usado para pagar despesas da secretaria”. Além de comprar remédios, cestas básicas, compra para idosos, passagens, entre outros itens,  e atender as demandas que chegavam no dia a dia do labor na pasta. “A demanda era grande, e essas coisas pequenas ele pagava Tudo.  Esses recursos eram usados para pagar as despesas porque na secretaria tinha muitas demandas”. Respondeu.

Rosely afirmou que não lembra que se em algum momento Rodrigo pagou algumas despesas pessoal sua com o dinheiro recebido da propina. “Eu não lembro e não tenho certeza, mas pode ter sido feito”. Disse

Segundo Rosely o dinheiro do retorno da propina era repassado sempre uma vez por mês a Rodrigo. “Eu imagino que era uma vez por mês”, por volta de 2012 a 2014.

Rosely também falou sobre o valor  destinado a Silvio Cezar Correa, na época assessor do governador. Segundo ela nunca soube disso.

Rosely respondeu sem ter certeza, mas disse que foram realizados uns quatro convênios junto aos institutos Concluir e IDH, que tinha Paulo Cezar como o cabeça pensador do esquema. Que sabia que os convênios assinados existiam os retornos, mas ela não soube explicar como funcionava e nem quanto recebeu.

No seu relato sobre falsidade ideológica na falsificação de documentos para cadastro, Rosely disse que assumiu todas as questões que foram imputados a ela através de sua delação. E não tinha conhecimento de que Paulo se utilizavam de “testas de ferro” para administrar suas instituições. E quem cuidava dessas questões era a assessoria jurídica.  E que ela “só assinava os documentos autorizando os convênios,  após tudo ser acertando antes com o jurídico”. E que em nenhum momento sabia da falsificação de documentos. E que não sabia dos dados falsos inseridos no cadastro.

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Sobre os desvios de mais de R$ 52 mil reais feitos através do contador, provenientes de contratos firmados com a Setas . Ela disse não ter conhecimento desse recurso. “Se esse dinheiro foi dentro do que foi combinado por Rodrigo ele recebeu sim”. Destacou.

No final Rosely ratificou que  tudo que sabe estar em sua colaboração premiada. E que somente Rodrigo de Marchi poderia explicar melhor como eram tratados os recebimentos de propinas e os contratos de convênios firmados. Porque ela o autorizava a resolver todas essas questões por também ser ordenador de despesas da pasta. “Eu não perguntava nada porque ela já pegava o dinheiro e rapidamente realizava os pagamentos”. Finalizou.

A audiência ainda está acontecendo e deve terminar somente nesta quinta-feira.

Entre os envolvidos estão a ex-primeira-dama e ex-secretária da Secretaria de Assistência Social Roseli Barbosa, esposa do ex-governador Silval Barbosa. Além dela, o empresário Paulo Cézar Lemes, a sua esposa Joeldes Lazzari Lemes, o empresário Nilson da Costa fariam, a contadora Valentina Fátima Dragoni, os “testas de ferro” Edvaldo de Paiva do instituto Concluir, Aroldo Portela da Silva, diretor do instituto Concluir, Silvaldo Antônio da Silva Diretor do Instituto Concluir, Wagner Ferreira de Vasconcelos ex-presidente do Instituto. Paulo Vitor Borges Portella Presidente laranja do instituto, Ricardo Mario Ceccarelli presidente laranja do instituto, Jean Estevan Campos de Oliveira na época  secretário de Trabalho e Assistência Social (SETAS), Vanessa Rosin Figueiredo secretaria adjunta da Setas, Rodrigo de Marchi ordenador de despesa da Setas, Rosemary Ferreira de Carvalho Assessora de Assistência Social, Jesus Onofre da Silva contador, Karen Rubin Advogada, Francisco Carlos de Pinho dono da HF Comercio de Produto descartável de Limpeza, Murilo Cézar Leite Gattas Orro proprietário da M Cezar Leite Gattas Orro -EPP, Eldo Leite Gattas Orro Economista e assessor do deputado Nilson Leitão na época. Luiz Antônio Medrado Queiroz dono da GSW- Serviços de Internet, Fabiano de Freitas Almeida empresário dono da TD World LTDA, Josenilton Magalhaes Bezerra Jornalista Ilustrador dono da JBM Comunicação, Idelvan Pietro Gomes Luzardo Pizza empresário dono da ABIX Comércio e serviços LTDA, Ricardo José dos Reis dono da Papelaria Pantanal, Adilson Vilarindo de Almeida dono da Capitólio Produtos Secos e Molhados e Prestação de Serviços LTDA (Mercado Pinguim), Valdizar Paula de Andrade dono da GVA Treinamentos e Liderança LTDA- Vanguarda. Silva Rosemary Rocha da Costa Ramos Consultora em RH da ALT Brasil Transportes, William Luiz da Silva Administrador da Contábil Paulista, na época sócio da  Capitólio Produtos Secos e Molhados e prestação de Serviços LTDA. Rosana Goulart dos Santos Publicitária, Evandro Gustavo Pontes da Silva empresário dono da EGP da Silva- ME, Isabela Karla Campos Santana administradora da EGP, E Pedro Pereira de Oliveira Gerente Comercial da EGP.

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Família é indiciada por homicídio e associação criminosa em Peixoto de Azevedo

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JB News

Da Redação

Na última quinta-feira,02, a delegada Anna Paula Marien, de Peixoto de Azevedo, concluiu as investigações sobre um caso chocante que resultou na morte de Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 57.

O inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, revelando o indiciamento da pecuarista Inês Gemilaki e mais três familiares por homicídios qualificados, tentativas de homicídio e associação criminosa.

Além de Inês, estão envolvidos seu filho, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, o marido, Márcio Ferreira Gonçalves, e o cunhado dela, Eder Gonçalves Rodrigues, irmão de Márcio.

As acusações também incluem a tentativa de assassinato de Enerci Afonso Lavall e do padre José Roberto Domingos.

A delegada ressaltou que a associação criminosa foi caracterizada pela preparação da família para executar o ataque. Os homicídios foram qualificados com base em motivo fútil e utilização de recursos que dificultaram a defesa das vítimas.

O trágico episódio ocorreu em 21 de abril, quando a família dirigiu-se à residência do alvo, localizada no Bairro Alvorada.

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Contudo, duas pessoas inocentes acabaram sendo brutalmente assassinadas, conforme detalhado pela Polícia Civil.

As imagens das câmeras de segurança mostram Inês portando um revólver e seu filho, Bruno, com uma espingarda, durante os atos de violência.

As filmagens capturaram Inês atirando contra uma das vítimas, que estava deitada no chão, a uma curta distância.

Em seguida, ela se aproximou de outros dois homens, que se esconderam atrás do sofá, e apontou a arma na direção de um deles.

O desfecho desse segundo disparo não pôde ser registrado pelas câmeras.

Após os assassinatos, a família fugiu a bordo de uma Ford Ranger, deixando para trás uma comunidade chocada e indignada com a violência dos acontecimentos.

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