Nacional
Dino suspende pagamento de R$ 4 BI em emendas e aciona PF
JB News
Por Alisson Gonçalves
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino ordenou, nesta segunda-feira,23, a suspensão do pagamento de aproximadamente R$ 4 bilhões em emendas parlamentares.
A decisão marca mais um capítulo da crescente crise institucional entre o STF e o Congresso, agravada por disputas sobre a transparência e legalidade na gestão dessas verbas.
Dino também determinou que a Polícia Federal investigue a liberação dos recursos, com a oitiva de parlamentares citados, em resposta a uma representação do PSOL que apresentou novas evidências sobre o processo irregular de aprovação das emendas de comissão.
Segundo o ministro, “tamanha degradação institucional constitui um inaceitável quadro de inconstitucionalidades em série”.
A representação do PSOL destacou um ofício assinado por 17 líderes partidários da Câmara, contendo a indicação de 5.449 emendas, totalizando R$ 4,2 bilhões.
Estas seriam ratificadas sem aprovação formal ou registro em comissões, apontando para possíveis desvios de conduta.
Em resposta, Dino exigiu que as atas das reuniões de comissões permanentes, onde foram aprovadas as indicações dessas emendas, sejam publicadas no site da Câmara em até cinco dias úteis.
O ministro classificou a continuidade de denúncias envolvendo obras malfeitas, desvios de verbas e episódios de corrupção como incompatíveis com a ordem constitucional.
Ele também determinou que o Poder Executivo só execute emendas parlamentares para 2025 após a implementação de todas as medidas corretivas determinadas pelo STF.
A decisão reforça o papel do Supremo na fiscalização de práticas legislativas e expõe as tensões entre os Poderes, que vêm se intensificando nos últimos meses.
Nacional
Secretária Nacional de Direitos Digitais debate prevenção a fraudes e verificação de idade em evento global
São Paulo, 29/12/2025 – A secretária nacional de Direitos Digitais do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), Lílian Cintra de Melo, participou da Data Privacy Global Conference, em São Paulo (SP). O encontro ocorre anualmente para debater temas relacionados à tecnologia, aos direitos e à justiça social.
A titular da Sedigi integrou o painel “Identidades e prevenção a fraudes e a ilícitos de dados”. Na ocasião, a secretária afirmou que a verificação de idade em serviços digitais é prioridade da pasta. Para tratar o tema, o Ministério criou um Comitê Consultivo, por meio da Portaria nº 325/2025, que compõe o eixo digital da Estratégia Crescer em Paz, instituída em 2024.
“Com o ECA Digital, o Brasil possui uma das legislações mais avançadas do mundo para a proteção de crianças e adolescentes. Mesmo assim, acompanhamos iniciativas internacionais para identificar exemplos que podemos ou não seguir. A Austrália, por exemplo, implementou em 10 de dezembro a proibição de criação e uso de perfis em redes sociais por menores de 16 anos, com base em soluções de aferição de idade. Já o Reino Unido exige verificação para impedir o acesso de menores de 18 anos à pornografia”, explicou a secretária.
Ela destacou ainda que o ECA Digital protege a privacidade ao estabelecer, no § 1º do art. 12, que a aferição de idade deve ocorrer por meio de “sinais de idade”, fornecidos “por meio de APIs”, em respeito ao “princípio da minimização de dados”. Já o art. 15 estabelece a responsabilidade compartilhada de toda a cadeia de provedores, o que permite soluções integradas ao ecossistema.
Uma das recomendações do Comitê Consultivo sobre aferição de idade é a adoção de abordagens de privacy by design e privacy by default. Esses conceitos determinam que a proteção da privacidade seja incorporada desde a concepção das aplicações e mantida como configuração padrão durante a operação.
Para 2026, Lílian prevê discutir a escalabilidade das soluções de aferição de idade de acordo com o risco, a adoção de medidas que minimizem a coleta de dados de crianças e adolescentes e o estímulo a soluções públicas e privadas voltadas à preservação da privacidade.
Ações práticas e fiscalização do ECA Digital
“A partir de janeiro, por meio de um acordo com a Universidade Federal do Ceará (UFC), será realizado um levantamento de escuta ativa de crianças e adolescentes em lares brasileiros para entendermos, na prática, como podem funcionar as soluções de aferição de idade”, adiantou a secretária.
A Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que fiscalizará o ECA Digital a partir de março de 2026, também acompanha o debate sobre aferição de idade. O Radar Tecnológico da ANPD, lançado em outubro, contemplou pontos sobre a necessidade de proteção da privacidade que têm norteado a atuação da Sedigi. A Agência também propõe debates sobre a certificação e a auditabilidade dos provedores de soluções de verificação.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) trabalha no desenvolvimento de soluções públicas de credenciais verificáveis, no modelo de “prova de conhecimento zero duplo-cego”, para atender às demandas da internet brasileira.
O painel foi moderado pela assessora sênior para Cibersegurança na Dataprev, Yasodara Cordova, e contou com a participação do diretor de Estruturação de Dados para Políticas Públicas na Secretaria de Governo Digital do MGI, Renan Gaya; do Digital Affairs e DPO Adjunto do Nubank, Daniel Stivelberg; e da diretora de Pesquisa no InternetLab, Clarice Tavares.
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