Política Estadual
CST Genética dos Zebuínos discute importância dos sistemas de seleção e melhoramento genético

A importância do desempenho reprodutivo de bovinos na pecuária mato-grossense e a utilização de biotecnologias reprodutivas com o intuito de melhorar o desempenho reprodutivo foi tema da segunda reunião de trabalho da Câmara Setorial Temática (CST) da Genética dos Zebuínos, realizada na manhã desta segunda-feira (14).
O presidente da CST, José Esteves de Lacerda Filho, explicou que a principal preocupação é buscar soluções para atender principalmente os pequenos e médios produtores do estado, que concentram cerca de 80% do rebanho do estado.
“Nós temos em Mato Grosso mais ou menos 168 mil pequenos agricultores de agricultura familiar. O que significa que 80% dos produtores do estado desenvolvem a pecuária com áreas de 300 animais para baixo”, avaliou o presidente. O que isso significa é que a agricultura familiar não está se beneficiando ainda desse desenvolvimento genético que já existe estudado e disponível no Brasil, mas não chegou no campo para o cidadão”, afirmou.
Lacerda explicou que o levantamento dos dados vai permitir o desenvolvimento de ações e políticas públicas que visam elevar o potencial produtivo da pecuária de pequeno e médio porte. “A ideia desta Câmara Temática, quando nós discutimos com o deputado Dr. João (MDB), era exatamente que a gente pudesse dar uma conciliação e montar um projeto piloto em Mato Grosso para ser aplicado no resto do Brasil, uma vez que o estado é referência na pecuária nacional e internacional”, defendeu.
O principal desafio é ampliar a monta com touros registrados para melhorar a produtividade e a qualidade do rebanho, conforme explicou o analista de pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Marcos Carvalho. Ele apresentou um estudo realizado pela entidade que apresentou a realidade da pecuária no estado e os desafios para que o aprimoramento genético alcance principalmente os pequenos e médios produtores.
“A monta natural é a principal opção dos produtores no estado, inclusive pelo custo, comparado com outras biotecnologias como a inseminação artificial”, explicou. O problema, segundo ele, é que o investimento ainda assim é alto. “Um animal registrado custa a partir de 15, 20, 30, 40 mil reais para esse produtor. Então esse produtor precisa ter a linha de acesso, porque a gente está falando de um reprodutor para cada 30, 40 vacas. Se ele já tem 100 matrizes, vai precisar de um mínimo de 3 reprodutores. Ai isso é um custo que fica alto”, avaliou.
Entre as vantagens do melhoramento genético estão a melhora da fertilidade do rebanho, melhora dos índices de ganho de peso em menor tempo, diminuição do intervalo entre gerações, aprimoramento agregando valor. “Um touro que cobre 30 fêmeas por ano, ele coloca a sua genética – 50% do seu DNA – em todos esses bezerros que ele estaria produzindo. Então veja a importância do touro dentro do melhoramento genético numa propriedade agregando”, afirmou.
Uma das alternativas, segundo ele, é garantir acesso a financiamento para aquisição de touro melhorado. “É o apelo que a gente faz, e a importância dessa comissão, discutir esse tema e buscar então linhas de crédito para esses produtores para estar adquirindo realmente um touro melhorador e fazendo toda a diferença na produção do estado de mato grosso”, defendeu.
A próxima reunião acontece no dia 5 de maio, às 10h, na sala das comissões.
CST – A Câmara Setorial Temática (CST) da Genética dos Zebuínos foi requerida pelo primeiro secretário da ALMT, deputado estadual Dr. João (MDB), e tem como objetivo discutir e propor soluções para o aprimoramento genético da raça zebuína no estado. Ela foi instalada no dia 17 de março e tem 180 dias para entregar um relatório, apontando os caminhos para elaborar um relatório com propostas para impulsionar o desenvolvimento genético do rebanho mato-grossense.
Fonte: ALMT – MT

Política Estadual
GT de Proteção Animal debate impactos dos atropelamentos

O Grupo de Trabalho (GT) para proteção dos animais realizou na tarde desta sexta-feira (16), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) uma reunião voltada à discussão dos impactos dos acidentes de trânsito na fauna silvestre e doméstica. A iniciativa faz parte da Campanha Maio Amarelo, movimento nacional de conscientização sobre segurança no trânsito que destaca que a responsabilidade é de todos.
O presidente do GT, Nilson Portela Ferreira, apresentou um dado alarmante: cerca de 450 milhões de animais são atropelados anualmente nas rodovias brasileiras, segundo o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE-UFLA). Isso representa um atropelamento a cada segundo.
“Os atropelamentos antecipam até mesmo a extinção dos animais”, alertou, destacando a drástica redução populacional de diversas espécies afetadas por acidentes rodoviários.
A médica veterinária Tatiana Soares, representante do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), pontuou três pilares essenciais para enfrentar o problema: conscientização, educação e responsabilização. Ela destacou o avanço na sensibilidade social em relação à causa animal e o papel fundamental do Legislativo na criação de leis de proteção.
Tatiana também explicou que o Maio Laranja – campanha nacional realizada paralelamente ao Maio Amarelo – tem foco na proteção da fauna silvestre e doméstica, com ações para combater atropelamentos. “A iniciativa alerta para os impactos no ecossistema, reforça a responsabilidade dos tutores, a conscientização dos motoristas, a criação de passagens seguras e a importância das denúncias para embasar políticas públicas”, afirmou.
A veterinária orientou ainda sobre como agir ao presenciar o atropelamento de um animal: acionar a Delegacia de Meio Ambiente (DEMA); ligar para o 190, solicitando atendimento da Polícia Ambiental; em áreas sem batalhão ambiental, a Polícia Militar deve ser contatada para instruções; em rodovias ou zonas rurais, procurar o posto rodoviário mais próximo.
O Tenente Medeiros, do Batalhão Ambiental, reforçou que essas ações, além de poderem salvar vidas, ajudam a construir uma base de dados fundamental para a formulação de políticas públicas eficazes de proteção à fauna e prevenção de acidentes.
A presidente da Associação Tampatinha, Kelly Rondon, que atua em projetos voltados à causa animal e ambiental, elogiou o trabalho do GT e ressaltou sua importância na promoção de políticas públicas e mobilização social.
“É muito significativo ver pessoas se organizando em torno de um tema tão relevante. Hoje, os animais são considerados membros da família. Ver cidadãos reunidos na Assembleia Legislativa, discutindo práticas e buscando soluções, é algo inspirador”, afirmou.
Fonte: ALMT – MT
-
Destaque7 dias atrás
ALMT repudia ato de procurador preso com adolescente após ameaça-lá em apartamento
-
POLITICA6 dias atrás
Vereadores de VG propõe veto a armas e gravações no plenário; projeto será votado, Veja os documentos
-
Destaque6 dias atrás
Atleta de Fisiculturismo de MT morre após passar mal durante competição no Pantanal Contest em MS
-
Economia6 dias atrás
Empresas de Mato Grosso são qualificadas em programa de capacitação para exportação
-
Destaque6 dias atrás
Homem sai da pista com caminhão tanque carregado, bate em rede elétrica, capota e morre carbonizado
-
Policial4 dias atrás
PC investiga se homem encontrado morto com sacola na cabeça em quarto de hotel em Cuiabá foi assassinado por garoto de programa
-
POLITICA6 dias atrás
Para Flávia Moretti, adesão de VG à Central de Conciliação dá respaldo jurídico entre poder público e a iniciativa privada “Consolida a eficiência na saúde pública”
-
Polícia Federal3 dias atrás
PF apreende maços de dinheiro e carros de luxo em operação contra venda de sentenças