AGRONEGÓCIOS
Brasil e OCDE dialogam sobre os caminhos para um comércio agrícola sustentável
Nesta quinta-feira (20), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, realizou uma reunião bilateral com a diretora de Comércio e Agricultura da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Marion Jansen, na AgriZone, a casa da agricultura sustentável na COP30, em Belém (PA). O encontro reforçou o compromisso do Brasil em ampliar sua participação na organização e avançar em temas estratégicos da agenda agrícola internacional.
Durante a reunião, foram discutidos indicadores agroambientais e os trabalhos conduzidos pelos grupos da OCDE dedicados à agricultura, comércio, meio ambiente e políticas agrícolas. Um dos pontos de destaque foi o realinhamento da participação brasileira no Programa de Cooperação e Pesquisa (CRP), considerado fundamental para fomentar estudos, inovação e intercâmbio técnico entre países. Fávaro ressaltou a importância de que métricas globais reflitam de maneira mais precisa as realidades produtivas tropicais.
“Estamos trabalhando para que a voz do Brasil esteja cada vez mais presente nos fóruns internacionais. Nossa produção sustentável, aliada à inovação, nos coloca em posição de apoiar agendas globais e garantir que decisões sobre agricultura e comércio levem em conta a realidade de quem produz alimentos com responsabilidade”, destacou o ministro.
A bilateral marcou também a apresentação da nova adida brasileira junto à OCDE, Bárbara Cordeiro, que assumirá o posto em janeiro de 2026. O diálogo abriu novas perspectivas de cooperação e consolidou o interesse mútuo em fortalecer a atuação técnica do Brasil na organização.
Após a reunião, a OCDE promoveu o painel “O desafio do comércio agrícola sustentável: um diálogo de alto nível”, na AgriZone. Participaram do debate Marion Jansen, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua.
O painel reuniu especialistas, representantes internacionais e formuladores de políticas para discutir caminhos para um comércio agrícola sustentável em um cenário global de desafios ambientais e crescente demanda por alimentos. Os participantes abordaram a harmonização de indicadores, estratégias de mitigação e adaptação climática e políticas que considerem a diversidade das realidades produtivas ao redor do mundo.
Durante o debate, o secretário Luís Rua destacou o papel estratégico do Brasil. “O Brasil tem excelência na agenda da sustentabilidade e na preservação ambiental, mas também se destaca pela produção de alimentos. O país pode liderar pelo exemplo, com atividades produtivas sustentáveis e responsabilidade ambiental, aliadas à inovação e à tecnologia. Esses elementos permitem que o Brasil se consolide cada vez mais como um player estratégico na produção de alimentos, garantindo a segurança alimentar global e conciliando preservação ambiental e desenvolvimento do setor produtivo”, afirmou.
O painel reforçou, ainda, o protagonismo brasileiro no desenvolvimento de tecnologias e políticas públicas voltadas à sustentabilidade, contribuindo para que o comércio internacional avance com equilíbrio, competitividade e compromisso ambiental.
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AGRONEGÓCIOS
Brasil reforça liderança na parceria FAST e apresenta prioridades agrícolas na Blue Zone
Para debater sistemas agroalimentares, financiamento climático e acelerar soluções práticas de adaptação, mitigação e restauração de terras, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) integrou os painéis promovidos pela parceria FAST Partnership (Alimentação e Agricultura para a Transformação Sustentável) e pela Coalizão pelo Clima e Ar Limpo (CCAC).
Na quarta-feira (19), a Pasta foi representada pelo diretor do Departamento de Produção Sustentável da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Bruno Brasil, no painel ministerial “Ampliando Soluções Práticas para Sistemas Agroalimentares Resilientes”. Ele destacou que a participação do Brasil reforça o compromisso do país com uma agenda agrícola climática robusta e contínua. “O Brasil é copresidente da iniciativa e, junto com a FAO, estamos trabalhando para avançar os legados das COPs anteriores. Definimos como prioridades a recuperação de áreas degradadas, o uso sustentável de fertilizantes, a captura de carbono no solo agrícola e o aumento de produtividade para mitigar o metano na pecuária”, afirmou.
De acordo com o diretor, essas frentes serão consolidadas com apoio técnico da FAO e dos países parceiros. “Todos esses temas serão conduzidos com os membros da FAST, sempre com suporte da FAO, garantindo a implementação de projetos e ações concretas nos próximos anos”, completou Bruno Brasil.
Já nesta quinta-feira (20), o auditor fiscal agropecuário do Mapa, Luís Rangel, esteve presente no painel “Parceria FAST: Desbloqueando soluções financeiras inovadoras para a transformação inclusiva dos sistemas agroalimentares”.
Ao abrir a sessão, Rangel reforçou o espírito colaborativo da iniciativa. “Mais do que uma parceria, a FAST funciona como uma rede. Trabalhamos juntos para destravar financiamentos e apoiar todos os modelos de agricultura – pequena, média e grande”, pontuou.
O auditor observou que o Brasil tanto compartilha conhecimento quanto aprende com as contribuições internacionais, fortalecendo sua capacidade de execução de políticas públicas. “É uma via de mão dupla. Não sabemos se levamos boas ideias ou se voltamos inspirados com novas soluções, mas o fato é que conseguimos implementar com excelência. Isso se reflete no Plano ABC+, no Programa Caminho Verde Brasil e em tantos projetos que mostram a confiança e a capacidade do Brasil em avançar nessa agenda”, destacou Rangel.
A FAST Partnership foi lançada pela presidência da COP27, no Egito, em 2022, sob operacionalização da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O objetivo principal é catalisar e acelerar a transformação dos sistemas agroalimentares rumo a 2030, atuando para que a agricultura e os sistemas alimentares sejam parte integrante das soluções para as mudanças climáticas, para a segurança alimentar e para a conservação da natureza.
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