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Brasil e Chile avançam na cooperação bilateral no setor turístico

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O avanço da cooperação bilateral no setor turístico foi o assunto de reunião nesta quarta-feira (23.04), em Brasília (DF), entre representantes dos órgãos oficiais de turismo do Brasil e do Chile. Na ocasião, a secretária nacional de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo brasileiro, Cristiane Sampaio, e a subsecretária de Turismo chilena, Verónica Pardo, debateram ações sustentáveis conjuntas, especialmente com a proximidade da COP 30 de 2025, em Belém (PA).

A secretária Cristiane Sampaio citou como exemplo o estímulo ao turismo de base comunitária e ao etnoturismo no Brasil, a partir do mapeamento de atividades turísticas promovidas por indígenas e quilombolas. O objetivo, explicou, é apoiar o desenvolvimento de roteiros e experiências de povos originários e tradicionais, além de valorizar e disseminar boas práticas adotadas, com vistas à geração de emprego, renda e inclusão social.

Cristiane Sampaio celebrou a integração de esforços no setor. “É uma alegria compartilhar com o Chile experiências sobre a questão da sustentabilidade. Estamos empolgados com a nossa integração e já alinhamos futuros passos, onde a gente vai poder aprofundar essa troca de experiências, tanto com o nosso planejamento quanto com o que tem sido feito no Chile”, disse a secretária, que representou a ministra do Turismo em exercício, Ana Carla Lopes, no encontro.

A secretária apresentou o Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027, com ações para consolidar o setor como vetor de desenvolvimento sustentável. Já Verónica Pardo expôs estratégias do Chile na área e enalteceu a aproximação bilateral. “Chile e Brasil fazem a união entre Pacífico e Atlântico e devem trabalhar juntos. E, com essa força, pensar em como mostrar ao mundo que o turismo é uma forma maravilhosa de aumentar a consciência do cuidado ambiental”, afirmou.

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O encontro desta quarta-feira também marcou a oficialização do convite ao Chile para a 18ª Reunião Anual do Grupo de Ação Regional das Américas (GARA), que será promovida no mês de junho, em Foz do Iguaçu (PR), com a realização do Encontro de Turismo Responsável e de um seminário internacional de prevenção à exploração sexual de crianças e adolescentes no Turismo. A cidade vai abrigar uma grande mobilização liderada pelo Brasil no sentido de debater ações de proteção, envolvendo gestores nacionais e internacionais.

Estiveram ainda na reunião a chefe em exercício da Assessoria Especial de Relações Internacionais do Ministério do Turismo brasileiro, Kamila Zardini; o chefe da Assessoria Especial de Assuntos Técnicos do órgão, Wilken Souto; o diretor do Departamento de Qualificação, Sustentabilidade e Ações Climáticas no Turismo da Pasta, Aldo Valentim, e a coordenadora-geral de Mobilidade e Conectividade Turística do MTur, Isabella Guimarães, entre outras autoridades.

COOPERAÇÃO – A parceria Brasil-Chile no setor teve destaque esta semana durante encontro, em Brasília, dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gabriel Boric. O chileno citou a alta do fluxo bilateral de visitantes como um resultado surpreendente da relação entre os países. Em 2024, 653,8 mil turistas do Chile visitaram o Brasil, contra os 458,5 mil de 2023. Já o Brasil enviou 787.096 viajantes ao Chile no ano passado, maior que os 485.933 computados em 2023.

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Os dois países desenvolvem um Plano de Ação para fortalecer a circulação de turistas e a cooperação no segmento. A estratégia inclui a divulgação conjunta de atrativos, a organização de intercâmbio técnico e a promoção de investimentos e eventos. As nações também atuam na Rede Latino-Americana de Governos para Atração de Investimentos, firmada em setembro de 2023, no Chile, e que congrega, ainda, Colômbia, Equador, México e Peru.

Em 2024, durante a Feira Internacional de Turismo (FIT), na Argentina, foi assinada a “Declaração de Buenos Aires sobre Turismo Gastronômico Regional”, unindo Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai na divulgação do ramo como fator de atração turística e de desenvolvimento econômico e social.

CORREDOR BIOCEÂNICO – Outro avanço das relações entre Brasil e Chile é o projeto Rotas de Integração Sul-Americana, que engloba a estruturação da Rota Bioceânica de Capricórnio. O percurso terrestre ligará portos brasileiros nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina aos portos de Iquique, Mejillones e Antofagasta, no Chile. A previsão é que a infraestrutura da rota seja concluída até 2026, ainda durante o atual mandato do presidente Lula.

Por André Martins

Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

Fonte: Ministério do Turismo

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Tradições juninas e festejos espalhadas pelo Brasil devem movimentar 24 milhões de pessoas e aquecer a economia

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Quando as fogueiras se acendem e as bandeirinhas coloridas enfeitam as ruas, é sinal de que chegou a época das festas juninas! Muito além da alegria e das tradições populares, esses festejos se firmam como importantes atrativos de visitantes, movimentando a economia de cidades, estados e de todo o país. Em 2025, a expectativa é de que as comemorações do mês de junho recebam mais de 24 milhões de pessoas, previsão acima do esperando no ano anterior, quando a projeção alcançou 21,6 milhões. A previsão foi feita pelo Ministério do Turismo com base nas informações divulgadas pelas secretarias de Turismo locais.

Para valorizar a importância dessa manifestação cultural, o Ministério do Turismo lançou o projeto “Conheça o Brasil: Junino”. A iniciativa celebra a riqueza e a diversidade das festas de São João e marca oficialmente o início da temporada de forró, danças típicas e sabores regionais em todo o país.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirma que as festas juninas são um verdadeiro reflexo da identidade brasileira. “Essas manifestações são o retrato da nossa cultura. São milhares de comemorações espalhadas por todo o Brasil que mostram a força das nossas tradições, movimentam o turismo doméstico e impulsionam o setor como motor de geração de renda e emprego”, destaca.

Essa relevância foi reconhecida oficialmente em 2023, com a promulgação da Lei nº 14.555, que declara as festas juninas como “Manifestação da Cultura Nacional”. A combinação de elementos culturais nacionais com expressões regionais deu origem a celebrações únicas, que se espalham por todos os cantos do país, fortalecendo o sentimento de pertencimento e preservando um dos pilares da identidade brasileira.

Confira como os principais festejos juninos devem movimentar as diferentes regiões do país:

NORDESTE – Berço das maiores celebrações juninas do Brasil, a Região Nordeste abriga dois dos mais emblemáticos eventos do período: o São João de Caruaru (PE) e o São João de Campina Grande (PB), que juntos devem atrair cerca de 7 milhões de visitantes. Com apoio do Ministério do Turismo, a expectativa é que esses dois eventos movimentem mais de R$ 1,4 bilhão em 2025.

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Outro destaque é a festa em Mossoró (RN), que deve gerar R$ 377,2 milhões em gastos de moradores e turistas, segundo projeção da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

NORTE – Na Região Norte, as celebrações juninas também ganham cada vez mais espaço. No Pará, o Parárraiá, com apoio do Ministério do Turismo, deve reunir mais de 400 mil pessoas em sua segunda edição. Já em Roraima, o Boa Vista Junina 2025 deve atrair 323 mil participantes ao longo de seis dias de festa, de acordo com a prefeitura local.

No mesmo período, o Festival Folclórico de Parintins (AM), embora não seja uma festa junina, representa uma das mais importantes expressões culturais do país. Com investimento de R$ 10 milhões do MTur para sua 58ª edição, o evento deve atrair mais de 167 mil visitantes à cidade amazonense.

CENTRO-OESTE – Nessa região, o destaque é o tradicional Arraial do Banho de São João, realizado nas cidades de Corumbá e Ladário (MS), reconhecido em 2021 como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan. Já em Brasília (DF), o “Maior São João do Cerrado”, com apoio do Ministério do Turismo, espera receber mais de 170 mil pessoas e gerar mais de 6 mil empregos diretos e indiretos.

Outra festividade que movimenta a região é a Romaria do Divino Pai Eterno, em Trindade, no Goiás. A maior festa religiosa do Centro-Oeste começa no dia 27 de junho e espera receber mais de 3 milhões de fiéis.

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SUDESTE – Nos grandes centros do Brasil, os festejos juninos também têm forte presença. No estado de São Paulo, entre junho e agosto, são esperados 520 mil turistas, valor superior ao ano anterior. A movimentação econômica gerada deve chegar a R$ 389 milhões, segundo o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), considerando apenas as viagens com pernoite.

Os mineirinhos também vão entrar no ritmo do arraiá. Em Minas Gerais, o projeto Minas Junina 2025 prevê uma mobilização de 3,3 milhões de pessoas em celebrações espalhadas por todas as regiões do estado, valorizando a cultura popular mineira.

SUL – A tradição nordestina também se espalhou pelo Sul do país, ganhando novos contornos com a cultura local. Um exemplo é a cidade de Camaquã (RS), onde os trajes típicos juninos ganham versões gaúchas: bombacha, botas, lenço no pescoço e vestido de prenda substituem a camisa xadrez e o chapéu de palha. A festa, que cresce a cada ano, reúne música, comidas típicas, quadrilhas e muita animação.

Além dos festejos juninos com a “cara” da cultura do sul do país, outros festejos também movimentam a região, como a Festa Nacional das Flores & Orquídeas de Blumenau, em Santa Catarina, e a Festa do Pinhão, em Lages. Juntos, os eventos esperam receber cerca de 145 mil visitantes.

INDO MAIS LONGE – Para ampliar ainda mais a visibilidade das festas juninas, o Ministério do Turismo firmou parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Por meio do projeto “Arraiá Brasil”, as principais celebrações serão transmitidas ao vivo, levando a cultura nordestina a todas as regiões do país e promovendo tanto o turismo regional quanto o acesso democrático à cultura brasileira.

Por Victor Mayrink
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

Fonte: Ministério do Turismo

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