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Auxílio, salário e IR: o que Lula quer para o Brasil

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Lula terá desafio de reconstruir o orçamento brasileiro para cumprir promessas de campanha
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Lula terá desafio de reconstruir o orçamento brasileiro para cumprir promessas de campanha

Presidente eleito para comandar o Palácio do Planalto entre 2023 e 2026, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá um grande desafio nos próximos dois meses até assumir, em definitivo, a cadeira presidencial: ajustar as contas públicas. Nas próximas semanas, o petista deverá se reunir com sua equipe econômica e articular o  cumprimento das promessas de campanhas.

Para o próximo ano, Lula herdará um orçamento inchado e sem espaço para gastos exorbitantes. O país aumentou quase dobrou sua dívida, após o despejo de dinheiro do governo de Jair Bolsonaro (PL) para tentar se reeleger.

Ou seja, para manter as promessas, Lula terá que encontrar alternativas para não ultrapassar o teto de gastos e evitar maiores gastos que o patamar atual em 2023. Será difícil.

Entre suas principais propostas, Lula pretende alterar a regra do teto de gastos, para dar maior liberdade ao Planalto investir em infraestrutura. A medida, porém, tem forte rejeição do mercado financeiro, analistas e parte do Congresso Nacional, que poderá travar as ideias do novo presidente.

A ideia é retomar a meta de superávit primário – diferença positiva entre receita e gastos da União – medida usada nos dois primeiros governos. Ao contrário da última gestão Lula, a equipe econômica, com nome a ser definido, deve sugerir uma margem de volatilidade para a meta.

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O petista ainda cogita alterar o teto de gastos e aumentar a possibilidade de gastos pela inflação acrescido de um indicador econômico ainda indefinido. Essa é uma das preferidas da equipe de Lula, já que pode ser um atrativo para a chegada de Henrique Meirelles ao Ministério da Economia, que deverá ser desmembrado entre Fazenda (possível pasta de Meirelles), Planejamento e Indústria. Se confirmada, a regra dará aumento real para despesas com saúde, educação e infraestrutura, considerados prioritários pelo comitê lulista.

As mudanças no teto de gastos devem favorecer a principal promessa de Lula na campanha eleitoral: manter os R$ 600 do Auxílio Brasil e oferecer R$ 150 a mais para famílias com crianças matriculadas nas escolas. Para isso, Lula deverá negociar com o Congresso Nacional antes mesmo de assumira presidência da República.

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O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, enviou ao Congresso a projeção de R$ 400 para o programa social no próximo ano. A medida deve passar com folga pelo Legislativo no começo de dezembro, quando está previsto a discussão orçamentária de 2023.

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Nesse momento, Lula deverá apresentar alternativas para aumentar os gastos e segurar a pressão de um Congresso conservador eleito no último dia 2 de outubro.

Lula ainda prometeu aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Essa também era uma das ideias de Jair Bolsonaro, mas há diversos empecilhos na proposta.

Com dívidas altas e orçamento limitado, a União não pode se dar o luxo de renunciar verbas. A opção seria tributar lucros e dividendos, mas essa é uma ideia velada nos bastidores. O PT, até o momento, não deu brecha para divulgação do seu plano econômico e essas opções só devem sair na segunda quinzena de novembro.

Por fim, outra promessa que causa preocupação para a nova equipe econômica é a viabilidade de aumento real no salário-mínimo. Essa dúvida, porém, é a menor dos pesares dentro do PT.

Isso porque conceder o aumento real é mais fácil, não precisaria ser um reajuste exorbitante e pode ser calculado dentro da regra do teto de gastos. A questão que fica é se, com orçamento inchado, Lula cumprirá a promessa logo no primeiro ano de governo.

Fonte: IG ECONOMIA

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Começa adesão a renegociação de débitos de ajuda financeira ao ICMS

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A partir desta quinta-feira (16) até 28 de junho, às 19h, as empresas que deduziram indevidamente incentivos estaduais do pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) poderão aderir à renegociação especial. A Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) publicaram o edital de transação especial, que oferece até 80% de desconto sobre a dívida.

O pagamento dos débitos de incentivos do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) poderá ser feito nas seguintes condições. quem pagar em espécie o valor da dívida consolidada em até 12 parcelas mensais terá desconto de 80%. Quem pagar em espécie no mínimo 5% da dívida consolidada sem reduções, em até cinco meses, poderá parcelar o saldo remanescente em até 60 meses, com redução de 50%, ou em 84 meses, com redução de 35%.

Procedimento

Os débitos com a Receita Federal devem ser renegociados por meio de abertura de processo digital no Centro Virtual de Atendimento da Receita (e-CAC). Basta o devedor entrar na aba “Legislação e Processo”, por meio do serviço “Requerimentos Web”.

Em relação aos débitos já inscritos em dívida ativa, que passaram a ser cobrados na Justiça, o contribuinte terá de fazer a adesão pelo Portal Regularize, mantido pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Basta entrar na página, escolher “Outros Serviços”, opção “Transação no Contencioso Tributário de Relevante e Disseminada Controvérsia” e preencher o formulário eletrônico.

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No caso das dívidas com a PGFN, a empresa deverá apresentar os seguintes documentos:

•     requerimento de adesão preenchido conforme modelo constante do anexo 1 do edital;

•     qualificação completa do requerente, dos sócios, controladores, administradores, gestores e representantes legais da empresa;

•     número dos processos administrativos do crédito tributário a transacionar e o número das inscrições na dívida ativa da União;

•     e certidão de objeto e pé do processo judicial que informe o atual estágio da ação e, se houver, a data da decisão que determinou a suspensão da exigibilidade das inscrições, além de eventual reforma ou confirmação da decisão pelas instâncias superiores.

Em abril, a Receita Federal tinha aberto o prazo para as empresas fazerem a autorregularização, que também oferecia até 80% de desconto sobre a dívida. Agora, a Receita e a PGFN abriram edital, com regras definidas, para que os devedores façam a adesão e renegociem os débitos.

Transação tributária

Aprovada pelo Congresso em dezembro, a Lei 14.789 limita a utilização de incentivos fiscais do ICMS, imposto arrecadado pelos estados. Por meio das subvenções, as empresas deduzem incentivos fiscais do ICMS concedidos pelos governos estaduais da base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

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Em abril do ano passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as empresas só podem usar a ajuda financeira do ICMS para deduzir gastos de investimentos, como obras e compra de equipamentos. Conforme a corte, a dedução de gastos de custeio (despesas correntes) devia ser extinta.

Em troca de restringir a ajuda financeira do ICMS, o Congresso aceitou incluir um mecanismo de transação tributária, semelhante ao existente desde 2020, para que as empresas renegociem o passivo. As empresas devem cerca de R$ 90 bilhões acumulados desde 2017, quando o mecanismo entrou em vigor.

O Orçamento original de 2024 estimava em R$ 35 bilhões o potencial de arrecadação neste ano com a renegociação e com a limitação do incentivo. No entanto, no fim de março, o governo revisou a estimativa para R$ 25,862 bilhões por causa das desidratações que a lei sofreu no Congresso Nacional.

Fonte: EBC Economia

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