Tecnologia

Aprender é sempre possível: Jovens e Adultos se encantam com a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Publicados

em

Os olhos curiosos, os sorrisos tímidos e a alegria de quem está descobrindo um novo mundo marcaram a noite de quarta-feira (22), na 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em Brasília (DF). Mais de 600 estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), entre trabalhadores, pessoas com deficiência e do ensino médio noturno, participaram de uma visita guiada à feira para explorar estandes e conhecer experimentos científicos. 

Durante a visita, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer projetos de pesquisa, participar de oficinas e interagir com cientistas, vivendo uma experiência rara fora da sala de aula. “Foi uma experiência incrível. Nossa escola ficou encantada com a feira, com cada projeto e atividade. As brincadeiras, os jogos educativos, tudo foi muito enriquecedor para o nosso aprendizado. Pena que o tempo passou rápido, queria poder ficar mais e conhecer todos os estandes. Agradeço muito a oportunidade de viver este momento”, contou Viviane Santiago, aluna da EJA do CED 02 do Cruzeiro Novo. 

O estudante Antônio Medeiros do CED 02, também do Cruzeiro, participou pela primeira vez da 22ª Semana Nacional de Ciências e Tecnologia e se emocionou com toda a experiência. “Depois de 55 anos fora da escola, resolvi voltar a estudar. Estou morando perto da escola e senti vontade de aprender de novo. Estou gostando muito. Aqui é tudo muito bom, os professores, a diretora e agora esta visita. É uma alegria para mim”, enfatizou.  

O estudante José Adilson, do CED 02 do Cruzeiro, parabenizou a ministra Luciana Santos e toda a equipe do MCTI pelo evento tão importante para a ciência. “A nossa turma está deslumbrada com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Só temos a agradecer à ministra Luciana Santos, a toda equipe do MCTI e aos nossos professores por essa oportunidade. Não deixem de vir, é uma experiência para o Brasil e para o mundo”, destacou. 

Leia Também:  Fornecedora do SUS investe R$ 6,4 bilhões na produção de remédios no Brasil

A inclusão pela ciência 

A visita dos alunos da EJA à SNCT representa mais do que um passeio: é uma oportunidade de inclusão científica e social. Muitos estudantes conheceram pela primeira vez um evento de divulgação científica, tendo contato direto com experimentos, tecnologias e temas que despertam curiosidade e inspiração. 

Para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a presença dos alunos da EJA reforça o compromisso do Governo do Brasil com o direito de todos à educação científica, reconhecendo o valor de cada trajetória de aprendizado. 

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou que a participação dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos na 22ª SNCT representa um passo importante para a inclusão científica e a valorização do direito à educação. “A educação de jovens e adultos é uma política essencial para garantir que ninguém fique para trás. A presença desses alunos na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia reforça que o conhecimento científico é um direito de todos e que ele é uma importante ferramenta para transformar vidas, abrir horizontes e gerar oportunidades”, afirmou a ministra, durante a abertura do evento, na segunda-feira (20). 

A gerente de Programas e Ações Transversais da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, Raquel Vila Nova Lins, enfatizou que a participação da EJA simboliza o poder da educação transformar vidas e incluir, pela ciência, aqueles que retomam os estudos em busca de novos caminhos 

Leia Também:  Inquérito apura prejuízos causados a pessoas LGBTQIA+ pelas mudanças anunciadas pela Meta

“A Semana Nacional é uma oportunidade que os alunos da Educação de Jovens e Adultos não têm no dia a dia, que é conhecer de perto o que está sendo produzido em ciência e tecnologia no Brasil. Por isso, lutamos tanto para garantir sempre um dia noturno de atividades, permitindo que eles participem no horário que estudam. É uma experiência marcante, desperta o interesse, amplia horizonte”, finalizou. 

O Pavilhão da SNCT reúne experiências imersivas e espaços interativos — como o Laboratório das Marés, o Parque Pop Espacial, o Geopark, o Espaço Conexões e o Oceanário do Sesc-DF, com projeções em 360° sobre biologia marinha. O evento vai até domingo (26), com exposições, oficinas, palestras e experiências abertas ao público. 

A SNCT é promovida pelo MCTI, sob a coordenação da Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (Sedes), e conta com o patrocínio de Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Huawei do Brasil Telecomunicações Ltda; Caixa Econômica Federal; Positivo Tecnologia S.A.; Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT); Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB); Conselho Federal de Química (CFQ); Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur); Comitê Gestor da Internet no Brasil / Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (CGI.br e NIC.br) e Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (Aiab). 

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

COMENTE ABAIXO:

Tecnologia

Ciência, turismo e dinossauros: geoparques despertam curiosidade de crianças e adultos na SNCT

Publicados

em

Por

Entre fósseis, réplicas de dinossauros e atividades interativas, o estande dos geoparques do Brasil é um dos destaques da 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). O espaço convida o público a mergulhar em milhões de anos de história da terra e a entender como o estudo do passado ajuda a planejar um futuro mais sustentável. 

No local, visitantes de todas as idades podem aprender de forma lúdica sobre o trabalho dos paleontólogos, tocar em materiais que simulam fezes fossilizadas de dinossauros, os chamados coprólitos, e participar de experiências que mostram como ciência e turismo podem caminhar juntos. 

A paleontóloga Isadora Pizzi, uma das responsáveis pelo estande, explica que o espaço apresenta três dos geoparques brasileiros reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco): Uberaba (MG), Araripe (CE) e Quarta Colônia (RS), todos com fósseis de dinossauros e grande valor científico e educativo. “Cada geoparque tem um enfoque diferente, mas todos mostram a importância de preservar e estudar nosso patrimônio natural”, explica Isadora. “A gente tenta trazer esse conhecimento científico de uma forma palpável, para que as pessoas possam ver, tocar e entender o que é a paleontologia. Temos fósseis, réplicas e experiências sensoriais que despertam curiosidade e encantamento”, explica.  

Ela lembra que o trabalho do paleontólogo vai muito além de descobrir fósseis. “O paleontólogo é um cientista que estuda a vida pretérita, antes dos humanos. Trabalhamos com plantas, animais, pegadas e até com fezes fossilizadas. Eu, por exemplo, estudo crocodilos fósseis e faço biomecânica pra entender como eles se locomoviam. Descrever espécies é só uma parte do que fazemos. Estudando o passado, conseguimos entender o presente e até prever padrões das mudanças climáticas”, ensina a cientista.  

Leia Também:  Uso de drones para aplicação de defensivos agrícolas apresentam resultados promissores no campo

A proposta do estande dos Geoparques na SNCT é justamente transformar o conhecimento científico em uma experiência sensorial e divertida. “Os pais trazem as crianças como desculpa, mas acabam participando também”, brinca Isadora. “É um tema que desperta o interesse de todo mundo. É bonito ver esse encantamento entre gerações”, afirma.  

A estudante Ana Luiza Ribeiro, de 13 anos, da rede pública do Distrito Federal, participou da experiência de tocar os coprólitos, o que simulava as fezes de dinossauros. “Parecia mexer em argila. É estranho e legal ao mesmo tempo, porque a gente imagina que está tocando em algo que só se conhece em filmes”, detalha a estudante.  

Já Pedro Silva, de 8 anos, se divertiu nas atividades de escavação. “Eu sempre gostei muito dos dinossauros. Foi legal participar da busca de um deles. Já assisti filmes com dinossauros e tenho alguns brinquedos em casa. Aqui tem uns bem grandes, tudo muito legal”, descreveu empolgado. 

Geoparques no Brasil

O Brasil tem atualmente seis Geoparques Mundiais da Unesco. O Geoparque Araripe, no Ceará, foi o primeiro das Américas, designado em 2006. Em 2022, foram reconhecidos os geoparques Seridó (RN) e Caminhos dos Cânions do Sul (SC/RS). Já em 2023, os parques de Caçapava e Quarta Colônia, ambos no Rio Grande do Sul, também receberam a chancela internacional. O mais recente é o Geoparque Uberaba, em Minas Gerais, designado em 2024. 

Leia Também:  Inquérito apura prejuízos causados a pessoas LGBTQIA+ pelas mudanças anunciadas pela Meta

Essas áreas são territórios unificados de relevância geológica internacional, administrados com uma visão integrada de proteção, educação e desenvolvimento sustentável. A proposta dos geoparques é conectar ciência e comunidade, envolvendo a população local e promovendo o turismo responsável como ferramenta de valorização cultural e geração de renda. “Quando estudamos fósseis e as transformações do planeta ao longo de milhões de anos, entendemos melhor como lidar com os desafios atuais, a ciência dos geoparques ajuda a pensar o futuro a partir do passado”, detalha Isadora Pizzi.  

Além do valor científico, os geoparques são destinos de turismo. É possível visitar trilhas, formações rochosas e museus naturais que contam a história da Terra em cenários de rara beleza. No Geoparque Araripe, os visitantes conhecem fósseis do período Cretáceo, entre eles o Ubirajara jubatus, um pequeno dinossauro com penas.  

Já o Geoparque Uberaba preserva vestígios dos últimos dinossauros que viveram no Brasil, como o gigante Uberabatitan ribeiroi. No Geoparque Quarta Colônia, no Rio Grande do Sul, estão fósseis de animais do período Triássico, como os dicinodontes, cujas presas e fezes fossilizadas ajudam a compreender os ecossistemas de 240 milhões de anos atrás. 

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

POLÍTICA

POLICIAL

MAIS LIDAS DA SEMANA