CULTURA

1ª Ballroom de Mato Grosso será realizada no Festival Vambora

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O evento irá contar com a participação da performer e artivista Eduarda Kona Zion

Entre os dias 15 a 18 de fevereiro a capital cuiabana irá se encher de plumas, glitter, rostos maquiados e figurinos elaborados para celebrar a existência e resistência da população LGBTQIAPN+ por meio da cultura ballroom.

A Ballroom MT promove em parceria com o Festival Vambora e patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), a primeira ballroom no Estado de Mato Grosso, abrindo o calendário de ballrooms no Brasil.

Nos dia 15, 16 e 17 deste mês acontecerão workshops e rodas de conversas, realizados no Espaço Roda, localizado no bairro Popular, onde alguns dos maiores nomes do Vogue nacional, estarão transmitindo o conhecimento sobre técnicas e vivências.

No dia 18, sábado, a capital pega fogo com o grande baile de celebração CarnaBall: Cuyabrasa in Chamas, que será realizado no antigo Clube Feminino, onde haverá destaque para as performances e categorias a serem disputadas em busca do Grand Prize.

De acordo com a coordenadora do evento Aghata Ferreira, a Ballroom MT é um movimento cultural, iniciado em 2022. “Ele surgiu como meio de manifesto de vivências LGBTQIAPN+ por meio das estéticas do Vogue dentro da cena cultural mato-grossense, bem como promoção da cultura Ballroom nesse contexto de estética, com intervenções artísticas, performances, palestras e oficinas entre outros diversos instrumentos culturais”, detalha.

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Para a Coordenadora Geral do Festival, Silvana Cordova, o evento é uma oportunidade para a população conhecer essa cultura. “Além de oferecer a esse público a chance de celebrar o movimento e adquirir ainda mais conhecimento”, explica.

Entre as atrações nacionais está a performer e ativista Eduarda Kona Zion. Sua trajetória se dá por meio da dança. Nascida em Ceilândia, a travesti Kona iniciou seus estudos na cultura LGBTQIAPN+ com o Break Dance, passou pelo clássico e retornou para as danças urbanas, é professora de Hip-Hop, Street Jazz, Waacking e Voguing.

Sobre a Cena Ballroom

Traduzido do inglês – The Ballroom Scene é uma subcultura LGBTQIAPN+ underground afro-americana e latina que se originou na cidade de Nova York. A partir do final do século 20, drag queens negras e latinas começaram a organizar seus próprios concursos em oposição ao racismo vivenciado nos circuitos estabelecidos de concursos de drag queen.

 

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Cidades

Diretor artístico do Flor Ribeirinha representará MT em encontros amazônicos em Parintins

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Por Malu Sousa

O trabalho desenvolvido por grupos e mestres vinculados a comunidades tradicionais de Mato Grosso que como o Flor Ribeirinha tem feito a diferença em seu território e conquistado prêmios internacionais que chamam a atenção de outros importantes centros de cultura popular do país, no caso de Parintins, no Amazonas, conhecida também como a “terra da magia”. É lá que o Caprichoso e o Garantido disputam anualmente o título de melhor boi do Festival Folclórico, tido como o maior evento de folclore a céu aberto do mundo.
E para compartilhar as experiências no âmbito da cultura popular tradicional de Mato Grosso, é que segue para lá, o gestor cultural e diretor artístico da Associação Cultural Flor Ribeirinha, Avinner Silva. Ele participará a convite no dia 26 de abril, do “Encontro Amazônico de Cultura Popular” e “Movimento Grito da Periferia”, no dia 29 de abril a 1º de maio, realizados pelo Instituto Cultural Ajuri (INCA), em parceria com a Cia de Artes Amazônia Viva.
Avinner destaca que o momento é singular, pois os eventos promovem, além de um grandioso intercâmbio cultural, a divulgação de estudos e pesquisas sobre o Boi Bumbá de Parintins e de danças do Norte. Com representantes de vários estados brasileiros, os participantes terão rodas conversas, oficinas e pesquisa de campo sobre a Alvorada do Boi Bumbá Garantido, evento tradicional da cidade, tendo como público-alvo, grupos de dança, pesquisadores da cultura popular e trabalhadores da cultura da região norte do Brasil. Além disso, o gestor frisa o reconhecimento do poder público na iniciativa, através do apoio da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso. “E o Flor Ribeirinha tem também muito a contribuir. Ao tempo em que cultiva expressões da cultura popular, de danças e músicas tradicionais, como o siriri, promove pesquisas ampliadas de danças de todas as regiões do país”, conta Avinner.
Sobre a proximidade entre as realidades de Parintins e Cuiabá, sob a perspectiva da tradição, ele lembra que a ancestralidade indígena presente na cultura de São Gonçalo Beira Rio é tão marcante quanto em Parintins. “E além disso, o Festival de Parintins já foi inspiração para gente. Um exemplo é a coreografia ‘Celebração da fé’, do Flor Ribeirinha, que bebe na fonte do trabalho artístico do Boi Bumbá Garantido de Parintins”. Essa é a mesma coreografia que compõe o repertório tetracampeão mundial, conquistado na Coreia do Sul, em 2023. “E já nos contaram que foi juntamente essa apresentação que repercutiu bastante e chamou a atenção de produtores culturais do Amazonas”, informa Avinner.

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Vivência e pesquisa – O gestor cultural e diretor artístico do Flor Ribeirinha, Avinner Silva, é cuiabano nato de São Gonçalo Beira Rio. Vivencia e pesquisa as mais variadas práticas da cultura popular de Mato Grosso e do Brasil. É produtor e gestor Cultural, coreógrafo e diretor artístico.
Neto da Mestra da Cultura e Dra Honoris Causa, Dona Domingas Leonor da Silva, Avinner atua há mais de 20 anos no Grupo Folclórico Flor Ribeirinha. Junto ao grupo, viajou para mais de 20 países e se consagrou tetracampeão mundial de danças folclóricas, sendo na Turquia em 2017, Polônia em 2021, Bulgária em 2022 e Coreia do Sul em 2023. Atualmente é presidente do Instituto Nandaia, Organização Social formada pelos grupos de Siriri consagrados de Cuiabá.

Fotos: Eduardo Andrade

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