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Por Jehane Saade

Palestras e painéis mostraram que coletividade e criatividade são chaves para um mundo melhor.

O dia 21 de abril de 2025 foi marcado pela celebração da criatividade e do impacto social no World Creativity Day (WCD), realizado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro. Sob os temas “O Poder do Coletivo”, “Evolução Pessoal”, e Negócios de Impacto, reunindo especialistas, empresários e pensadores de diferentes áreas.
Coletividade e Impacto: Primeiro Bloco de Reflexões
O evento foi dividido em três blocos. No primeiro painel, “O Poder do Coletivo na Mobilização de Ações de Impacto”, Karina Tarabay, Karine dos Santos e Daniel Izzo discutiram como o trabalho colaborativo pode transformar realidades sociais.

Na sequência, o talk “Cidades Sábias: Saúde, Conexão e Comunidade” com Marcus Morais, CEO da MUDE, trouxe à tona a necessidade de cidades mais humanas, que priorizem bem-estar, conexões sociais e sustentabilidade.
O painel “Conquistadores de Montanhas: Risco e Aventura no Despertar das Potencialidades Humanas” fechou o primeiro bloco com uma reflexão sobre como a superação de desafios pode fortalecer comunidades e indivíduos.
Urbanização Sustentável, Inteligência Artificial e o Futuro das Profissões
O segundo bloco começou com o painel “Como Alinhar Criatividade e Diversidade nos Negócios e na Vida”, apresentado por André Loyola, Gerente Geral do Intercity Porto Maravilha.
Em entrevista exclusiva à AIB- Associação de Imprensa do Brasil, Loyola trouxe um olhar crítico sobre a relação entre urbanização, hotelaria e meio ambiente na zona portuária do Rio de Janeiro. Ele destacou que, apesar dos avanços, a sustentabilidade ainda é um desafio:

“Os hotéis ainda causam impacto visual forte. A cultura do descarte consciente e da economia de energia está apenas se iniciando, principalmente entre as novas gerações”, afirmou.
Loyola apontou iniciativas como a aquisição de energia 100% verde e auditorias ambientais nas lavanderias dos hotéis. Também criticou a urbanização feita na zona portuária do RJ, que foi feita 100% por concreto, agravando alagamentos, destacando a ausência de árvores. Como parte da Comissão de Empresários do Porto, ele mencionou a meta de plantar 7 milhões de reais em árvores, em parceria com a Companhia Carioca de Parceiros e Investimentos (CCPAR).
O gerente ainda comentou sobre a necessidade de incentivos fiscais para viabilizar projetos sustentáveis, como o reuso integral de água nos hotéis, e destacou um case positivo: um hotel em São Paulo que inseriu muros verdes para reduzir impactos ambientais e integrar a história local ao projeto arquitetônico.

Na sequência, a professora da Singularity University, Michelle Schneider, durante sua fala, Michelle alertou para os desafios éticos e sociais da inteligência artificial (IA), especialmente no mercado de trabalho e na produção cultural.
Ao final lançou o livro “Profissional do Futuro: Como Se Preparar para o Mercado de Trabalho na Era da IA”.
Apesar do enfoque em cultura e profissões, a questão ambiental da IA merece atenção. A IA pode ser aliada na gestão ambiental — otimizando recursos hídricos, energia e monitoramento de desastres naturais. Contudo, sua implementação consome energia em larga escala e demanda recursos minerais raros, exigindo práticas mais sustentáveis no setor tecnológico. Com isso, surgem novas oportunidades profissionais: engenheiros ambientais de dados, analistas de impacto ecológico da IA e consultores de tecnologia sustentável.

Em seguida embaixador do Burning Man no Brasil, Felipe Anghinoni compartilhou sua experiência no talk “Burning Community: Os 10 Princípios Aplicados à Evolução Pessoal”.
Ele narrou os desafios e a magia de construir uma cidade temporária no deserto, regida por princípios como não deixar rastros, autossuficiência, expressão radical e cooperação.
Com cerca de 150 participantes, o Burning Brasil recria o espírito do evento original, celebrando a diversidade, a inclusão e a criação coletiva. No final, as estruturas montadas são consumidas em uma queima ritualística, simbolizando desapego e renovação.

Criatividade nos Negócios: Construindo um Futuro de Impacto
O terceiro e último bloco aprofundou o papel da criatividade no empreendedorismo de impacto.
No talk “O Poder da Criatividade nos Negócios”, Liliana Pinelli, cofundadora do Impact Hub Rio de Janeiro, destacou como soluções criativas podem gerar negócios inovadores e sustentáveis apresentou suas experiências e a relevância da empresa no mundo dos negócios.
O painel “Impact Lab: Criando o Futuro dos Negócios de Impacto + Creative Impact Pitch” trouxe a diretora de marketing do Impact Hub, Luciana Rodriguez, e a CEO da Tamboro, Maiara Pimentel, que compartilharam estratégias para impulsionar negócios que gerem transformação social positiva.
O encerramento foi com Daniel Izzo, CEO da VOX Capital, abordando “Por que negócios de impacto são de fato, o melhor negócio”, reafirmando que empresas comprometidas com soluções sociais e ambientais tendem a ter maior longevidade e relevância no mercado.
Encerramento Cultural e Conexões Inesquecíveis
A diretora de Marketing da Associação de Imprensa do Brasil (AIB), Jehane Saade, foi uma das apoiadoras do evento, articulando a cobertura de mídia e organizando um Happy Hour especial no icônico Beco das Garrafas, em Copacabana, para celebrar o Dia Mundial da Criatividade.

O Diretor Social da AIB, Rafael Gomes, abriu o evento prestando homenagem ao Papa Francisco, falecido recentemente, lembrando seu legado de inclusão e diversidade. Em seguida, Rafael destacou a importância dos encontros promovidos por eventos como o WCD para a criação de redes de colaboração transformadoras.
O World Creativity Day 2025 não apenas trouxe reflexões profundas sobre o futuro das cidades, do trabalho e da cultura, mas também celebrou a importância das conexões humanas e do espírito coletivo para a construção de um mundo mais consciente, criativo e sustentável.
Rio de Janeiro, 21 de abril de 2025.
Edilaine Silveira – Membro da Comissão de Meio Ambiente AIB