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Sérgio Ricardo destaca decisão de ministro do Supremo e atuação do TCE sobre moratória da soja

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O presidente Sérgio Ricardo destacou a decisão de ministro do Supremo e a atuação do TCE sobre moratória da soja. Clique aqui para ampliar.

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, enalteceu o voto favorável do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que apontou a constitucionalidade parcial da Lei Estadual nº 12.709/2024. A norma autorizou o estado a restringir, a partir de 1º de janeiro de 2026, a concessão de benefícios fiscais e doações de terrenos públicos a empresas que aderirem à moratória da soja e da carne. 

A decisão, proferida por Dino no dia 28 de abril, representa uma vitória para os produtores rurais e para o Governo de Mato Grosso, que buscavam maior autonomia na formulação de políticas de incentivo econômico. “A discussão sobre a moratória da soja começou aqui nesse Tribunal. Nós iniciamos esse debate ao questionar para onde estavam indo os incentivos fiscais e vimos que muito recurso era destinado a empresas signatárias da moratória da soja e da carne. O ministro deixou claro: o poder público deve respeitar a iniciativa privada, mas não é obrigado a conceder incentivos a empresas que exigem o que a lei não exige. Essa é a resposta que esperávamos”, afirmou Sérgio Ricardo na sessão ordinária desta terça-feira (3).

O voto de Flávio Dino restabelece, a partir de 1º de janeiro de 2026, a eficácia do artigo da lei que impede a concessão de incentivos a empresas que aderirem a acordos privados com exigências além da legislação ambiental. “A moratória da soja, embora tenha gerado avanços, foi firmada em 2006, antes do Novo Código Florestal, e não pode ser imune a uma repactuação, já que instrumentos privados não têm força vinculante sobre o poder público”, sustentou o ministro.

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Dino também entendeu que a adesão a acordos privados é legítima, mas não impõe obrigações ao Estado. “O poder público deve respeitar a iniciativa privada, mas, por outro lado, não é obrigado a conceder novos incentivos a empresas que resolvam exigir o que a lei não exige”, registrou o ministro. Embora o julgamento da ADI 7774 tenha sido suspenso por pedido de vista do ministro Dias Toffoli, o TCE-MT reforça seu papel para o avanço da pauta e o desenvolvimento do estado.  

Sérgio Ricardo lembrou que a atuação do TCE-MT teve início com o conselheiro Antonio Joaquim, que levantou a preocupação com os impactos econômicos da moratória em áreas ambientalmente regularizadas. O debate ganhou força com o Seminário que debateu os impactos da Moratória da Soja e da Carne, realizado pelo Tribunal em parceria com a Aprosoja. O evento reuniu mais de mil participantes e resultou na Carta de Maio, um manifesto em defesa do desenvolvimento sustentável com base nas leis brasileiras. Na sequência, a Assembleia Legislativa aprovou a Lei. 

Além de contribuir para o debate jurídico sobre a Moratória, o Tribunal ainda está conduzindo uma auditoria específica sobre os incentivos fiscais concedidos às empresas nos últimos cinco anos. A análise, sob relatoria do conselheiro Antonio Joaquim, busca mensurar o retorno econômico e social dessas renúncias, avaliando se os benefícios realmente resultaram em geração de empregos, arrecadação e redução das desigualdades regionais.

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Com apoio técnico da Fundação Getúlio Vargas, o trabalho vai trazer um diagnóstico preciso e garantir que a população seja de fato beneficiada diante das renúncias fiscais autorizadas pelo Estado, que só em 2023 atingiram o valor de R$ 10,8 bilhões.

“Ajudar na execução das políticas públicas é tão ou mais importante do que fiscalizar. Toda a estrutura do governo existe para oferecer serviços de qualidade à população e o Tribunal de Contas tem contribuído cada vez mais com isso. Parabéns ao presidente pela coragem de assumir essa luta desde o início. Estamos tratando de discussões de Estado e contribuindo com os governos na implementação de políticas públicas”, concluiu o conselheiro Antonio Joaquim.

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Fonte: TCE MT – MT

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TCE-MT e Prefeitura de Cuiabá articulam projeto inédito de monitoramento das compras na Saúde

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O conselheiro Guilherme Antonio Maluf se reuniu com o prefeito Abilio Brunini e equipe da Prefeitura de Cuiabá nesta sexta-feira. Clique aqui para ampliar.

O conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) Guilherme Antonio Maluf e o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, discutiram, nesta sexta-feira (13), um projeto inédito que prevê o acompanhamento em tempo real de licitações, compras e indicadores de eficiência das unidades de saúde.

De acordo com Maluf, que preside a Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do TCE-MT, o próximo passo será a elaboração de um termo para que a Capital seja a cidade-piloto do projeto, que, em sua avaliação, fortalecerá a transparência e a eficiência da gestão. 

“Estamos montando um termo para tornar Cuiabá piloto nessa iniciativa, na qual vamos acompanhar online as licitações principalmente na área da saúde. Vejo aqui ações que até então nunca foram tomadas. Embora elas levem algum tempo até repercutirem na ponta, já começamos a ver resultados”, apontou o conselheiro. 

Na ocasião, o prefeito também apresentou um balanço dos primeiros meses de gestão, classificados como “desafiadores” em decorrência do endividamento e de uma epidemia de arboviroses enfrentada pela capital. “O prefeito nos deu transparência sobre a questão das dívidas herdadas. Isso acaba dificultando futuras compras”, pontuou Maluf. 

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Maluf declarou que a Capital será a cidade-piloto do projeto. Clique aqui para ampliar.

Brunini explicou que o termo de cooperação com o TCE-MT será similar a outro acordo já firmado com o Ministério Público. Para o prefeito, o compartilhamento de dados em tempo real vai permitir a identificação de gargalos e oportunidades de melhoria de forma contínua.

“Nós estamos de comum acordo em ser um laboratório desse processo de transparência. Com isso, faremos o monitoramento dos dados, dos pontos de eficiência das unidades de saúde e também das compras e contratos, para que o Tribunal possa nos auxiliar”, afirmou o prefeito.

Na avaliação da secretária de Saúde, Lúcia Helena Sampaio, a ferramenta reforça o compromisso da prefeitura com o avanço do setor. “Isso vai dar mais transparência à gestão, vai torná-la mais fortalecida. Tem tudo a ver com aquilo que a gente quer fazer: tornar as coisas corretas e feitas de forma transparente.”

Ela também destacou que, apesar de os primeiros meses de gestão terem sido desafiadores, houve avanços na vacinação, atendimento e cirurgias. “São melhorias pequenas, mas que aconteceram. Diante do que a gente pegou, eu considero que foi um balanço positivo do quadrimestre”, concluiu.

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Secretaria de Comunicação/TCE-MT 
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Fonte: TCE MT – MT

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