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Seminário discute justiça climática e saúde nas periferias

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No Dia Mundial do Meio Ambiente, o seminário “Justiça Climática e Saúde nas Periferias” reuniu no auditório da Secretaria-Geral da Presidência da República, no Anexo I do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), representantes de moradores de periferias de todo o Brasil. O evento discutiu os impactos das mudanças climáticas sobre a saúde de populações periféricas.

Promovido pela Secretaria de Diálogos, da Secretaria-Geral da Presidência da República, pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o seminário contou com a participação de especialistas, gestores públicos e movimentos sociais para contribuir para a construção de políticas públicas voltadas às periferias.

A abertura contou com a presença da secretária nacional de Diálogos e Articulação de Políticas Públicas da SGPR, Kenarik Boujikian, que chamou a atenção para importância do debate para mostrar o quanto a injustiça climática e de saúde atinge os periféricos no Brasil. “A gente precisa da justiça climática para a dignidade humana no sentido macro, e justiça prevê equidade e como a equidade está passando muito longe das periferias do Brasil, vem a injustiça”, afirmou Boujikian, citando dados de acesso a saneamento no Brasil como exemplo.

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Adalberto Maluf Filho, secretário de Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, lembrou que as mudanças climáticas impactam muito a vida de todos e, “por isso, é importante esse diálogo, esse debate para discutir justiça climática, transição energética justa, racismo ambiental, em especial, unificando a agenda de saúde, meio ambiente, educação ambiental, cultura, participação social e governança”. ”A agenda ambiental e de saúde certamente são as duas agendas mais transversais. O Ministério do Planejamento publicando um documento sobre a agenda transversal do meio ambiente que é hoje a agenda número um em transversalidade”, disse Maluf Filho

Estudos mostram que as periferias urbanas e rurais concentram a maior parte da população negra, indígena e de comunidades tradicionais e são desproporcionalmente afetadas por desastres ambientais, falta de saneamento, poluição e calor extremo. O seminário propõe um olhar atento a essas realidades, valorizando também os saberes, resistências e soluções produzidas nesses territórios.

A programação teve mesas de debate sobre racismo ambiental, resiliência comunitária, ações intersetoriais em saúde e a construção do Plano de Ação de Saúde de Belém, em preparação à COP30, que será realizada em novembro de 2025.

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Fonte: Secretaria-Geral

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Observatório da Violência Contra Jornalistas e Comunicadores Sociais analisa novos casos

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Brasília, 12/06/2025 – A segunda reunião do Conselho Consultivo do Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais ocorreu, de forma híbrida, nessa quarta-feira (11). No encontro, foram avaliadas as denúncias recebidas recentemente e discutidas estratégias de proteção à liberdade de imprensa no Brasil.

Na abertura, os membros da secretaria-executiva do Observatório Victor Semple e Fabiana Queiroz apresentaram um balanço das atividades. Os participantes foram atualizados sobre o andamento das atividades dos grupos de trabalho e apresentados a dois novos relatos que passaram a integrar o monitoramento do órgão.

Entre os novos registros, constam situações que envolvem tentativas de intimidação judicial e econômica contra veículos de comunicação e até perseguição prolongada a profissionais da imprensa. As denúncias relatam práticas como censura indireta, pressões extrajudiciais e ameaças, bem como prejuízos profissionais e patrimoniais aos comunicadores.

Em ambos os casos, as queixas apontam a atuação de órgãos públicos na apuração dos fatos e a necessidade de medidas de proteção e responsabilização.

Denúncias – Os relatos sobre casos de violência contra jornalistas e comunicadores sociais devem ser feitas pela plataforma Fala.Br. Eles podem ser feitos por pessoas físicas ou jurídicas. As denúncias devem conter, no mínimo, a identificação das vítimas e dos agressores e algum contato. Imagens ou vídeos podem ser incluídos no mesmo link.

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O Observatório da Violência contra Jornalistas e Comunicadores Sociais é uma instância colegiada coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus). O Conselho Consultivo reúne-se a cada dois meses e tem como missão auxiliar na formulação de políticas públicas de proteção e na proposição de medidas de enfrentamento à violência contra a categoria.

Homenagem

Também foi prestada uma homenagem ao jornalista britânico Dom Phillips, assassinado, em 5 de junho de 2022, junto com o indigenista brasileiro Bruno Pereira durante viagem pelo Vale do Javari (AM), segunda maior terra indígena do Brasil. Na ocasião, eles faziam uma cobertura jornalística sobre atividades ilegais que ameaçam o meio ambiente e as comunidades tradicionais da região. Confira a íntegra da homenagem

O Observatório reafirmou seu papel estratégico na defesa da liberdade de imprensa e no monitoramento das violações cometidas contra profissionais da comunicação, além de exigir justiça e reparação para os familiares e garantir a não repetição desses crimes.

A Medida Cautelar nº 449-22, emitida pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), também foi lembrada como marco na proteção de comunicadores ambientais e indígenas na Amazônia brasileira.

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Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

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