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Safra de laranja 2025/26 cresce 36% e sinaliza retomada no cinturão citrícola

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Após três anos de severas quebras de produção, a citricultura paulista e mineira entra na safra 2025/26 com novo fôlego. A produção de laranja no cinturão citrícola de São Paulo e do Triângulo/Sudoeste Mineiro deve alcançar 314,6 milhões de caixas de 40,8 quilos, segundo estimativa do 1º Levantamento da Safra divulgado pelo Fundecitrus, em parceria com a Markestrat, a FEA-USP e a FCAV/Unesp. O número representa um expressivo crescimento de 36,3% em relação ao ciclo anterior e marca um sinal de recuperação para o setor.

A retomada produtiva é atribuída, principalmente, a um comportamento climático mais regular no segundo semestre de 2024. A estabilidade do regime de chuvas favoreceu o pegamento da segunda florada — responsável por cerca de 70% da produção — e contribuiu para o desenvolvimento fisiológico mais equilibrado das plantas. Além disso, houve avanço de 7,7% na área efetivamente colhida e melhorias no manejo agronômico, especialmente no controle do greening e outras doenças que castigaram as últimas safras.

A produtividade média estimada é de 869 caixas por hectare, o que representa um salto de 26,5% frente ao ciclo anterior. O setor Sudoeste se destaca como o mais eficiente, com projeção de 1.103 caixas por hectare em municípios como Avaré e Itapetininga. Já o setor Noroeste, que inclui cidades como Votuporanga e São José do Rio Preto, segue abaixo da média, com produtividade estimada de 551 caixas por hectare — embora também registre crescimento em relação à temporada passada.

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Nas variedades, as laranjas de maturação tardia — como a Natal — lideram o movimento de recuperação, com alta de quase 50% na produtividade. As variedades precoces (Hamlin, Westin e Rubi) também apresentam avanço robusto, com crescimento médio de 27,5%.

Apesar do bom desempenho geral, o setor ainda enfrenta desafios. O levantamento aponta uma taxa de queda de frutos de 20%, superior aos 17,8% registrados na última safra. A intensificação do greening continua sendo o principal fator de impacto, agravado por atrasos na colheita em função da concentração das floradas. Ainda assim, os técnicos do Fundecitrus consideram que a cultura vive uma fase de “retomada fisiológica”, após anos de estresse hídrico e oscilações climáticas severas.

No campo, a expectativa é que a safra mais robusta alivie os custos da indústria e traga maior previsibilidade à cadeia da laranja, tanto no abastecimento de suco quanto no mercado in natura. A combinação entre clima favorável, manejo técnico e expansão da área deve consolidar a atual temporada como um ponto de virada — ainda que sob vigilância constante de fatores sanitários e da logística de colheita.

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A próxima atualização do Fundecitrus deve sair no segundo semestre, com revisão da estimativa conforme o ritmo da colheita e as condições climáticas dos meses mais críticos. Até lá, o otimismo segue moderado, mas sustentado por números concretos.

Fonte: Pensar Agro

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Redução no preço da ração alivia custos da suinocultura e avicultura

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O custo de produção de suínos e frangos de corte teve queda em maio de 2025, trazendo alívio para os produtores rurais. Segundo dados da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves, a redução nos custos foi puxada principalmente pela queda no preço da ração, que representa mais de 70% dos gastos em algumas criações.

No Paraná, maior produtor de frangos do país, o custo por quilo caiu para R$ 4,78, uma redução de 2,12% em relação a abril. Em Santa Catarina, estado referência na suinocultura, o custo por quilo do suíno vivo ficou em R$ 6,32, com queda de 1,75% no mês. A expectativa é que os custos continuem em recuo nos próximos meses com a chegada da nova safra de grãos e maior oferta no mercado interno, o que deve reduzir ainda mais o preço da ração.

Na avicultura de corte, a ração representou 66,13% do custo total de produção em maio, enquanto na suinocultura de ciclo completo esse percentual foi de 71,56%. A entrada da safra de milho e farelo de soja colaborou para a queda nos preços desses insumos, com redução de 3,07% para avicultura e 2,63% para a suinocultura.

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Apesar desse cenário positivo, o custo de capital para os produtores aumentou devido à alta da taxa Selic, o que torna o acesso ao crédito mais caro e exige maior atenção na gestão financeira das propriedades.

Os dados do CIAS servem de referência para produtores em todo o país, especialmente em estados com forte produção como Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. A previsão é de que o custo de produção continue apresentando queda em junho e julho, o que traz um cenário mais favorável para os criadores, mesmo diante da pressão nos preços nas granjas.

O acompanhamento desses índices é fundamental para o produtor rural planejar melhor seus custos e manter a sustentabilidade do negócio.

Fonte: Pensar Agro

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