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Reunião do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher avança na mobilização para a 5ª CNPM

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A 82ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), realizada nos dias 12 e 13 de junho, marcou mais um passo importante na mobilização nacional para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM). O encontro reuniu conselheiras e representantes do Ministério das Mulheres para debater os avanços na organização da conferência e fortalecer as estratégias de articulação com as organizações e movimentos sociais, feministas e de mulheres, além do poder público e setor privado.

Com a coordenação da ministra das Mulheres e presidenta do CNDM, Márcia Lopes, o primeiro dia da reunião foi dividido em três momentos: deliberação sobre as atas das sessões anteriores; apresentação dos trabalhos das comissões temáticas (cultura, infraestrutura, comunicação, sistematização, mobilização, metodologia e organizadora); e espaço para dúvidas e contribuições ao processo da 5ª CNPM.

Em sua fala inicial, Márcia Lopes destacou que tanto o CNDM quanto o Ministério estão alinhados com a diretriz do governo federal de ampliar a participação social na formulação das políticas públicas. Segundo ela, essa atuação deve estar articulada com outras pastas e demais entes federados, além de envolver o setor privado, os movimentos sociais, feministas e de mulheres.

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“Temos que cobrar de todas as áreas, de todos os ministérios, que cumpram a agenda das mulheres. E nós vamos coordenar, mobilizar, articular, dialogar, defender, formular, que é o que este Conselho também tem como tarefa”, pontuou a ministra, informando que está dialogando com os ministérios envolvidos nas pautas transversais para também somarem nos debates.

Durante as apresentações das comissões, a ministra parabenizou o trabalho desenvolvido por cada área e reforçou que “esse momento é crucial para garantir participação e engajamento”. Foram compartilhadas contribuições específicas para a 5ª CNPM e também materiais de comunicação a serem utilizados nas conferências livres, estaduais e municipais – algumas conferências já estão adaptando o material compartilhado. A programação cultural contará com apresentações diversas, e os espaços estão sendo pensados para acolher as participantes, incluindo áreas de descanso e estruturas que garantam a participação ativa de mulheres mães, como fraldários.

Também participaram da reunião a secretária-executiva do CNDM, Rosana Mota, a secretária-executiva substituta do Ministério das Mulheres, Eutalia Barbosa, entre outras autoridades e gestoras do órgão. 

5ª CNPM

Com o tema “Mais Democracia, Mais Igualdade e Mais Conquistas para Todas”, a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM) será realizada de 29 de setembro a 1º de outubro de 2025. O encontro é uma realização do Ministério das Mulheres e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), com ampla participação da sociedade civil representada por entidades, organizações e movimentos sociais.

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A metodologia contempla diferentes etapas preparatórias, como as conferências livres, que abarcam os diálogos territoriais, regionais e temáticos. Desta forma, vozes de marisqueiras, quilombolas, mulheres catadoras, das águas e das florestas, entre outras, estarão contempladas no documento nacional, que orientará a formulação e o aprimoramento das políticas públicas.

Além das conferências livres, que começaram em 28 de abril e se estendem até 15 de agosto, há as conferências municipais e regionais, entre 28 de abril e 28 de julho; e as conferências estaduais e distrital, de 1º de julho a 31 de agosto.

Para participar, acesse a plataforma Brasil Participativo (www.gov.br/brasilparticipativo), onde é possível encontrar cartilhas e guias com orientações para a realização das conferências em cada território. Também é possível acompanhar as novidades no Instagram da 5ª CNPM.

Fonte: Ministério das Mulheres

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Ministério das Mulheres realiza visita técnica na Casa da Mulher Brasileira em Salvador e reafirma implantação de três novas unidades na Bahia

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O Ministério das Mulheres realizou, nesta terça-feira (8), uma visita técnica à Casa da Mulher Brasileira (CMB), em Salvador (BA), com o objetivo de verificar o funcionamento da unidade e dialogar com os órgãos que integram a Rede de Atendimento à Mulher em situação de violência no estado. A agenda também reforçou o compromisso do Governo Federal com a expansão da política: três novas casas serão implantadas nos municípios de Itabuna, Irecê e Feira de Santana, com processos já em andamento.

A visita foi conduzida pela secretária das Mulheres do Estado da Bahia, Neusa Cadore, e contou com a participação da secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Estela Bezerra; da coordenadora-geral de Fortalecimento da Rede de Atendimento do Ministério das Mulheres, Maura Souza; e de Vanda Pignato, ex-ministra e primeira-dama de El Salvador, fundadora da Ciudad Mujer – projeto que inspirou a criação da Casa da Mulher Brasileira.

Inaugurada em 19 de dezembro de 2023, a unidade de Salvador já realizou mais de 20.500 atendimentos a mulheres em situação de violência. A CMB funciona em regime de gestão compartilhada entre o Governo do Estado e a Prefeitura, por meio de convênio com o Governo Federal. Durante a visita técnica, as gestoras destacaram um dado relevante: em 2024, houve uma redução de 55% no número de feminicídios na capital e na Região Metropolitana. A atuação da Casa da Mulher Brasileira pode estar associada a esse resultado positivo, ao oferecer atendimento humanizado e integrado, contribuindo para o rompimento do ciclo de violência.

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A secretária Estela Bezerra destacou a importância da interiorização da política na Bahia. “Essa política pública, que conseguiu a redução dos feminicídios aqui na área metropolitana, pode e merece ser interiorizada, porque 55% de redução é o que a gente precisa no Brasil inteiro. O Governo Federal já liberou três novas Casas da Mulher Brasileira para a Bahia, e o Governo do Estado está vencendo a parte burocrática. É impossível convivermos com essa chaga social, que é o extermínio de mulheres pelo simples fato de serem mulheres”, afirmou.

Para a secretária Neusa Cadore, o funcionamento da unidade tem impacto direto nesse resultado. “Este é um equipamento fantástico, onde a mulher encontra atendimento humanizado e uma série de serviços em um só lugar. Isso faz com que ela se encoraje, denuncie e encontre meios de enfrentar e romper esse ciclo de violência. Estar aqui com o Ministério das Mulheres e toda a nossa rede nos inspira a continuarmos ampliando essa e outras políticas públicas de proteção e defesa da vida das mulheres”, disse.

Curso sobre violência política de gênero e raça

Além da visita técnica, a Casa da Mulher Brasileira sediou, nesta segunda e terça-feira (8), o curso “Violência política de gênero e raça”, promovido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia (SPM), em parceria com o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim/Ufba). A formação teve como objetivo capacitar profissionais e lideranças para reconhecer, prevenir e enfrentar as múltiplas formas de violência política que afetam mulheres, em especial aquelas que pertencem a grupos historicamente minorizados.

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A atividade integra as ações do Grupo de Trabalho Intersecretarias, vinculado ao Plano Plurianual 2024-2027, que trabalha na construção do Plano Estadual de Prevenção e Enfrentamento à Violência Política de Gênero e Raça. 

A formação abordou temas como estudos de gênero e raça, representatividade nos espaços de poder e violência política, e servirá de base para o diagnóstico que orientará o plano. A iniciativa parte do reconhecimento de que a presença feminina na política ainda é minoritária — em 2022, as mulheres representaram apenas 17% das eleitas no Brasil e 12% no Nordeste, com um índice de 7,7% na Bahia em 2018 — cenário ainda mais desafiador para mulheres negras, indígenas, trans, quilombolas e periféricas.

Sobre a Casa da Mulher Brasileira

A Casa da Mulher Brasileira, em Salvador, funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, ao lado do Hospital Sarah. A Casa oferece atendimento multidisciplinar a mulheres vítimas de violência doméstica, por meio de órgãos como o Ministério Público, Defensoria Pública, Delegacia Especializada (Deam), 5ª Vara de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça, Batalhão de Proteção à Mulher Maria da Penha, além de contar com abrigamento temporário e acolhimento psicossocial.

 

Fonte: Ministério das Mulheres

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