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Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça cumpre etapa de oficinas com as empresas participantes

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Em sua sétima edição, o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça realiza neste mês de junho uma série de oficinas que integram a etapa de monitoramento e acompanhamento do Plano de Ação da iniciativa. Ao todo são quatro encontros, sendo que três já foram realizados de forma virtual e o último está previsto para a próxima semana, de forma presencial, em Brasília-DF.

O objetivo das oficinas é proporcionar a troca de experiências entre as 88 empresas que atualmente participam ativamente do programa, suscitando o debate sobre a divisão sexual do trabalho e a Política Nacional de Cuidados. Elas ocorrem após a equipe condutora ter cumprido a etapa de reuniões individuais com cada organização envolvida.

Este é um importante momento de troca entre as empresas participantes da sétima edição e os integrantes do Comitê de Acompanhamento do programa. É um espaço onde abordamos uma das dimensões propostas nos planos de trabalho, que nesta ocasião teve como tema escolhido a divisão sexual do trabalho e a Política Nacional de Cuidados, pois entendemos que a sobrecarga do trabalho doméstico e de cuidados é um dos principais entraves para a permanência e a ascensão das mulheres no mercado formal de trabalho”, afirma a coordenadora-geral do programa, Simone Schaffer.

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Coordenado pelo Ministério das Mulheres, em parceria com os ministérios da Igualdade Racial (MIR) e do Trabalho e Emprego (MTE), a ONU Mulheres e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o programa busca promover igualdade de gênero e raça em médias e grandes empresas. Nesta edição, as entidades participantes englobam, juntas, pelo menos 750 mil trabalhadoras e trabalhadores.

Além de ampliar a participação de mulheres em ambientes de gestão, o programa incentiva o combate às disparidades salariais e à exclusão histórica. A iniciativa também fortalece a imagem das organizações junto a consumidores que valorizam sustentabilidade e diversidade, pois as empresas que executam as ações de maneira satisfatória no período do programa recebem o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça.

O cronograma da iniciativa segue até abril de 2026, momento em que as entidades participantes devem entregar seus relatórios finais contendo os resultados obtidos com a execução do Plano de Ação. Na sequência, serão divulgados os nomes das empresas premiadas com o selo e para o mês de junho está prevista a cerimônia de entrega do reconhecimento.

Parcerias

As oficinas também contam com a participação dos parceiros do programa, que têm seu espaço de fala e de troca sobre o tema proposto – “A Divisão Sexual do Trabalho e a Política Nacional de Cuidados”. Esse comitê, que desde o início da edição vem se reunindo para monitorar e orientar as ações das empresas, é formado por representantes do MIR, do MTE, da ONU Mulheres e da OIT.

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“A ONU Mulheres é parceira do programa desde sua primeira edição, pois entendemos que é uma iniciativa muito relevante para trazer as empresas, um setor da sociedade bastante estratégico para a conquista da igualdade de gênero e raça”, diz Ana Teresa Iamarino, integrante do Comitê de Acompanhamento em nome da ONU Mulheres.

Sheila Dias, coordenadora-geral de Política de Ação Afirmativa na Diretoria de Política de Ação Afirmativa do MIR, também membro do comitê, comemora a existência do programa e do debate em torno da pauta racial. “Queremos muito mais que uma inclusão. Queremos, sim, participar das tomadas de decisão. Entendemos a importância da discussão racial para avançar na sociedade brasileira naquilo que diz respeito ao gênero e à raça”, conclui.

Fonte: Ministério das Mulheres

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Ministério das Mulheres realiza visita técnica na Casa da Mulher Brasileira em Salvador e reafirma implantação de três novas unidades na Bahia

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O Ministério das Mulheres realizou, nesta terça-feira (8), uma visita técnica à Casa da Mulher Brasileira (CMB), em Salvador (BA), com o objetivo de verificar o funcionamento da unidade e dialogar com os órgãos que integram a Rede de Atendimento à Mulher em situação de violência no estado. A agenda também reforçou o compromisso do Governo Federal com a expansão da política: três novas casas serão implantadas nos municípios de Itabuna, Irecê e Feira de Santana, com processos já em andamento.

A visita foi conduzida pela secretária das Mulheres do Estado da Bahia, Neusa Cadore, e contou com a participação da secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Estela Bezerra; da coordenadora-geral de Fortalecimento da Rede de Atendimento do Ministério das Mulheres, Maura Souza; e de Vanda Pignato, ex-ministra e primeira-dama de El Salvador, fundadora da Ciudad Mujer – projeto que inspirou a criação da Casa da Mulher Brasileira.

Inaugurada em 19 de dezembro de 2023, a unidade de Salvador já realizou mais de 20.500 atendimentos a mulheres em situação de violência. A CMB funciona em regime de gestão compartilhada entre o Governo do Estado e a Prefeitura, por meio de convênio com o Governo Federal. Durante a visita técnica, as gestoras destacaram um dado relevante: em 2024, houve uma redução de 55% no número de feminicídios na capital e na Região Metropolitana. A atuação da Casa da Mulher Brasileira pode estar associada a esse resultado positivo, ao oferecer atendimento humanizado e integrado, contribuindo para o rompimento do ciclo de violência.

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A secretária Estela Bezerra destacou a importância da interiorização da política na Bahia. “Essa política pública, que conseguiu a redução dos feminicídios aqui na área metropolitana, pode e merece ser interiorizada, porque 55% de redução é o que a gente precisa no Brasil inteiro. O Governo Federal já liberou três novas Casas da Mulher Brasileira para a Bahia, e o Governo do Estado está vencendo a parte burocrática. É impossível convivermos com essa chaga social, que é o extermínio de mulheres pelo simples fato de serem mulheres”, afirmou.

Para a secretária Neusa Cadore, o funcionamento da unidade tem impacto direto nesse resultado. “Este é um equipamento fantástico, onde a mulher encontra atendimento humanizado e uma série de serviços em um só lugar. Isso faz com que ela se encoraje, denuncie e encontre meios de enfrentar e romper esse ciclo de violência. Estar aqui com o Ministério das Mulheres e toda a nossa rede nos inspira a continuarmos ampliando essa e outras políticas públicas de proteção e defesa da vida das mulheres”, disse.

Curso sobre violência política de gênero e raça

Além da visita técnica, a Casa da Mulher Brasileira sediou, nesta segunda e terça-feira (8), o curso “Violência política de gênero e raça”, promovido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia (SPM), em parceria com o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim/Ufba). A formação teve como objetivo capacitar profissionais e lideranças para reconhecer, prevenir e enfrentar as múltiplas formas de violência política que afetam mulheres, em especial aquelas que pertencem a grupos historicamente minorizados.

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A atividade integra as ações do Grupo de Trabalho Intersecretarias, vinculado ao Plano Plurianual 2024-2027, que trabalha na construção do Plano Estadual de Prevenção e Enfrentamento à Violência Política de Gênero e Raça. 

A formação abordou temas como estudos de gênero e raça, representatividade nos espaços de poder e violência política, e servirá de base para o diagnóstico que orientará o plano. A iniciativa parte do reconhecimento de que a presença feminina na política ainda é minoritária — em 2022, as mulheres representaram apenas 17% das eleitas no Brasil e 12% no Nordeste, com um índice de 7,7% na Bahia em 2018 — cenário ainda mais desafiador para mulheres negras, indígenas, trans, quilombolas e periféricas.

Sobre a Casa da Mulher Brasileira

A Casa da Mulher Brasileira, em Salvador, funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, ao lado do Hospital Sarah. A Casa oferece atendimento multidisciplinar a mulheres vítimas de violência doméstica, por meio de órgãos como o Ministério Público, Defensoria Pública, Delegacia Especializada (Deam), 5ª Vara de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça, Batalhão de Proteção à Mulher Maria da Penha, além de contar com abrigamento temporário e acolhimento psicossocial.

 

Fonte: Ministério das Mulheres

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