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Prêmio Mulheres Inovadoras impulsiona empreendedorismo feminino e diversidade no Web Summit Rio

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Em um palco de inovação e tecnologia, durante o Web Summit Rio, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, anunciou o lançamento da sexta edição do Programa Mulheres Inovadoras, uma iniciativa do MCTI e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O evento também foi marcado pela cerimônia de premiação das startups lideradas por mulheres que se destacaram na edição de 2024.

Durante o evento, a ministra Luciana Santos ressaltou a importância da iniciativa para o governo federal. “É uma satisfação participar deste evento ao lado da Finep, numa ação que reforça o compromisso do nosso governo com a promoção da igualdade de gênero e com a construção de um projeto de desenvolvimento baseado em sustentabilidade, inclusão, inovação e conhecimento”.

A ministra ainda compartilhou a responsabilidade de liderar o MCTI. “Como primeira mulher a comandar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, é maior ainda a responsabilidade de trabalhar para enfrentar desigualdades históricas e a defasagem de políticas públicas voltadas às mulheres”, disse.

Janaína Prevot Nascimento, diretora de Administração da Finep, reafirmou o compromisso da financiadora com a equidade de gênero. “Queremos ampliar as ações de apoio ao empreendedorismo feminino, apoiar ainda mais as ações de gênero porque reconhecemos as dificuldades e sabemos o quanto a gente precisa fazer para avançar, não só em relação à inovação, mas em relação também à comunidade acadêmica”, afirmou Janaína.

Nova edição ampliada e com foco na diversidade

A sexta edição do Programa Mulheres Inovadoras chega com novidades significativas, visando alcançar um número maior de empreendedoras. O programa aumentou o número de startups aceleradas e premiadas de 30 para 50, distribuídas em 10 por região do Brasil. Ao final, 200 empreendedoras terão sido beneficiadas.

As startups selecionadas serão divididas em duas turmas de 25 empresas, aceleradas simultaneamente ao longo de três meses. Uma turma será dedicada a startups iniciais, em fase de ideação e validação de seus negócios, enquanto a outra focará em empresas em estágios mais avançados, de tração e escala. A premiação total ultrapassa R$ 3 milhões, com R$ 100 mil destinados às primeiras colocadas de cada turma em cada região, e R$ 52 mil para as demais aceleradas.

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A ministra Luciana Santos enfatizou o caráter inclusivo do programa. “Além do recorte de gênero, o programa adota uma perspectiva interseccional, reconhecendo a importância da equidade étnico-racial. Por isso, atribuímos pontuação diferenciada a projetos liderados por mulheres pretas, pardas e indígenas, assegurando que essas vozes estejam cada vez mais presentes no ambiente da inovação.”

Celebração e reconhecimento das vencedoras de 2024

O evento também foi palco da aguardada premiação da edição de 2024 do Mulheres Inovadoras. Sheila Orelheira Pires, representante da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC/MCTI), destacou o impacto da iniciativa. “O programa é disruptivo pois ele revela os negócios liderados por mulheres, mas ainda mais, são negócios que têm um propósito de impacto socioambiental grande, algo que fortalece muito o programa”, declarou Sheila.

As vencedoras de cada região foram:

• Região Nordeste: BioTiers, representada por Marize Campos Valadares, uma empresa de biotecnologia focada em suporte científico e regulatório para a área da saúde e agronegócio, com soluções personalizadas e éticas.
• Região Norte: Blindog, representada por Luana Wandecy Pereira Silva, que desenvolveu um dispositivo inteligente vibratório para auxiliar a mobilidade de cães cegos.
• Região Sudeste: Ecomodular, representada por Pricila Rodrigues de Almeida, que cria minifábricas modulares e sustentáveis para processamento de matérias-primas em locais remotos.
• Região Sul: Doroth, representada por Camilla Fraga do Amaral, uma empresa que automatiza testes moleculares para o agronegócio, agilizando a tomada de decisões no campo.
• Região Centro-Oeste: Zeit, representada por Paula Dalla Vecchia, que desenvolve tecnologias portáteis com inteligência artificial para análise da qualidade de grãos no agronegócio.

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Programa Mulheres Inovadoras: Impacto e olhar para o futuro

Com um histórico de 1.543 propostas recebidas e 143 startups aceleradas nas cinco edições anteriores, o Programa Mulheres Inovadoras já distribuiu R$ 7 milhões em prêmios em todo o país. A iniciativa integra a Enimpacto (Estratégia Nacional de Economia de Impacto) e reforça a visão de que a ampliação da participação feminina na ciência, tecnologia e inovação é indispensável não apenas por justiça social, mas também para impulsionar a excelência e a competitividade do Brasil.

“Reitero aqui o que sempre tenho defendido: ampliar a participação feminina nas áreas científicas, tecnológicas e inovadoras não é apenas uma questão de justiça social – é também uma questão de excelência. Quanto mais diverso for o nosso ecossistema de inovação, maior será nossa capacidade de gerar soluções eficazes e competitivas para os desafios do país”, concluiu a ministra Luciana Santos.

MCTI em debate sobre Inteligência Artificial

A participação do MCTI no Web Summit Rio não se limitou ao lançamento do Mulheres Inovadoras e à entrega de prêmios. A pasta também marcou presença no painel “AI and the Digital Economy Balancing Innovation and Responsibility”, onde os secretários Henrique Miguel (SETAD) e Daniel Almeida Filho (SETEC) discutiram o equilíbrio entre o avanço da inteligência artificial e a responsabilidade em sua implementação, com foco no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA).

Foram abordados os objetivos estratégicos do Brasil na área, incluindo o fomento ao uso e desenvolvimento da IA, a promoção de energia limpa para data centers sustentáveis e o desenvolvimento de mão de obra especializada, visando posicionar o Brasil como um hub global no setor.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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Principais aspectos do Inventário Nacional de GEE são apresentados para setor cerâmico

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Os principais aspectos da elaboração do Inventário Nacional de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (GEE) foram apresentados aos fabricantes de placas cerâmicas e louças sanitárias pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do projeto Ciência&Clima. O webinário ‘Perspectivas do mercado de carbono para a indústria cerâmica brasileira’, realizado na terça-feira (20), pela Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos (Anfacer) promoveu reflexões sobre a descarbonização na indústria e reforçou a importância de as empresas do setor contribuírem com o exercício.

O MCTI coordena a elaboração do Inventário, que contabiliza as emissões nacionais de atividades antrópicas em cinco grandes setores: Energia; Processos Industriais e Uso de Produtos (IPPU); Agropecuária; Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas (LULUCF); e Resíduos.

O instrumento é a fonte oficial de emissões de GEE do país e apoia a tomada de decisão sobre políticas de redução de emissões, entre outras contribuições. A elaboração segue a metodologia do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) e, a partir de 2024, passou a ser feito a cada dois anos e submetido à Revisão Técnica Internacional, conforme estabelece a Estrutura de Transparência Aprimorada do Acordo de Paris. Os resultados mais recentes são para o ano de 2022 e estão disponíveis no Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE).

A coordenadora técnica do projeto, Renata Grisoli, explicou o que é, como é elaborado, segundo a metodologia do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), e o aumento da relevância do Inventário Nacional de GEE. No âmbito internacional é utilizado para monitorar o progresso das metas climáticas que constam da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC). No âmbito nacional, os resultados de emissões serão utilizados para monitorar as metas setoriais do Plano Clima Mitigação. Ela enfatizou ainda a importância da colaboração com as associações setoriais para o compartilhamento de dados de atividade, de modo que o Brasil possa aprimorar a acurácia do Inventário Nacional. “Estamos muito entusiasmados com o engajamento da indústria de cerâmica com este tema. É o início de um diálogo para aprimorar e ter informações mais acuradas”, expressou.

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No Brasil, há a necessidade de sistematizar dados, como quantidade e composição química de matérias-primas. Informações primárias nacionais qualificadas agregam mais acurácia ao processo. Um plano de ação já foi firmado pelo MCTI com a Abividro com essa finalidade. Grisoli apresentou ainda o SIRENEOrganizacionais, plataforma pública e gratuita lançada em 2024 que registra os inventários corporativos de emissões de GEE. Os inventários corporativos são o primeiro passo para que as empresas possam ter um diagnóstico das suas emissões, estabelecer e monitorar metas de redução, além de melhorar a eficiência do processo produtivo.

Sustentabilidade é prioridade – De acordo com o presidente do conselho de administração da Anfacer, Sergio Wuaden, o tema da sustentabilidade é uma prioridade para associação em 2025 e o setor tem buscado integrar práticas sustentáveis à cadeia produtiva. “Entendemos que ter um diagnóstico sobre as emissões [de GEE] é um passo fundamental nesse processo. Esse esforço conjunto nos trará uma visão precisa de onde estamos para avançarmos no desenvolvimento de estratégias e soluções que ajudem a reduzir a pegada ambiental do setor”, explicou.

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Segundo Wuaden, o setor precisa uniformizar entendimentos para ter ações mais assertivas e prioritárias para os associados, incentivando práticas sustentáveis e que garantam a competitividade do setor no longo prazo. Sobre o potencial de colaboração que o setor de cerâmica visualiza para a elaboração do Inventário Nacional, Wuaden acredita que o diálogo técnico entre indústria e órgãos responsáveis é “fundamental” e reforçou a importância de construir uma base de dados robusta e representativa, que possa orientar políticas públicas mais eficazes e contribuir para as metas climáticas do país. “Estamos confiantes que, com uma abordagem integrada e colaborativa, será possível fortalecer o Inventário Nacional como uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento sustentável da indústria brasileira”, afirmou. 

Acesse aqui a cartilha e conheça melhor o Inventário Nacional de GEE

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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