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PF mira assessor da PGR em operação sigilosa que investiga venda de decisões judiciais e vazamento de informações privilegiadas

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JB News

por Nayara Cristina

A Polícia Federal cumpriu, em operação sigilosa, mandados de busca e apreensão contra o assessor da Procuradoria-Geral da República (PGR), Felipe Alexandre Wagner, suspeito de envolvimento em um esquema de vazamento de informações e venda de decisões judiciais. A ação integra a Operação Cizames, autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conduz as investigações.

De acordo com informações obtidas, a investigação teve início a partir da apreensão do celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em dezembro de 2023, em Cuiabá. O aparelho revelou diálogos que ligam Wagner a autoridades e investigados em processos de grande repercussão.

Entre as provas reunidas está um diálogo interceptado em 26 de junho de 2024, entre o prefeito de Palmas, José Eduardo Siqueira Campos, e seu parente Tiago Barbosa de Campos, sobrinho do governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa Castro. Na conversa, Siqueira Campos revela que sua situação jurídica era mais grave do que imaginava, uma vez que passara a ser formalmente investigado pela Polícia Federal e pela Justiça. Ele menciona, ainda, contar com apoio de um “Felipe em Brasília”, apontado como peça-chave para reverter a situação, descrevendo-o como “o cara que vai escrever as coisas para a própria menina que deu esse parecer para o gabinete”. A identidade dessa “menina” citada não foi esclarecida.

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O nome de Wagner também surgiu em menções relacionadas à Operação FAMIS-19 e à Operação Máximus, ambas em tramitação no Superior Tribunal de Justiça (STJ). As investigações sugerem que o assessor teria atuado como facilitador no repasse de informações sigilosas oriundas da PGR, com potencial impacto em processos que envolvem governadores, desembargadores e outras autoridades.

Segundo fontes ligadas ao caso, a própria PGR solicitou à PF a adoção de medidas cautelares, que resultaram na apreensão de celulares e notebooks de Wagner. A inclusão de um assessor do órgão no rol de investigados amplia o alcance das apurações e levanta suspeitas sobre a extensão da rede de favorecimentos e vazamentos.

Até o momento, a Procuradoria-Geral da República não se manifestou oficialmente sobre o caso. Nos bastidores, a expectativa é de que o aprofundamento da investigação revele não apenas a participação de Wagner, mas também eventuais conexões com outros membros do sistema de Justiça e agentes políticos.

Com a revelação do envolvimento direto de um servidor da PGR, cresce a preocupação sobre a fragilidade na preservação de informações sigilosas em processos de grande impacto nacional. Analistas avaliam que o desdobramento da Operação Cizames pode desencadear novos capítulos explosivos, atingindo figuras de destaque no cenário político e jurídico do país.

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MME apresenta resultados pioneiros de energia solar na indústria de bebidas

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O Ministério de Minas e Energia (MME) sediou, nessa quinta-feira (25/09), o Workshop: Resultados de Energia Solar na Indústria de Bebidas. O evento foi realizado no auditório do Observatório Nacional da Transição Energética, em Brasília, e marcou a apresentação dos resultados de um projeto inédito no Brasil, que demonstrou como sistemas termossolares podem transformar processos industriais, trazendo eficiência, economia e sustentabilidade para o país.

O projeto, intitulado “Aplicação de Sistemas Termossolares de Baixa e Média Temperatura em Indústrias de Bebidas de Pequeno e/ou Médio Porte”, foi executado pela Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A (ENBPar) com recursos do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) e mostrou que é possível utilizar energia solar para aquecer, pasteurizar e até mesmo realizar processos de limpeza em linhas de produção. Mais do que inovação tecnológica, a iniciativa comprovou a viabilidade técnica e econômica da tecnologia SHIP (Solar Heat for Industrial Processes na sigla em inglês), consolidando o papel do MME como indutor da transição energética no setor industrial.

De acordo com a coordenadora-geral de Eficiência Energética da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento (SNTEP), Samira de Sousa Carmo, a experiência representa um marco para a política energética brasileira. “É uma satisfação apresentar esse projeto, com o resultado concreto que ele oferece, pois ele mostra a importância do MME em trazer a eficiência energética para o centro do debate. E aqui nós temos resultados relevantes em um setor muito grande, que é o industrial, e os estudos mostram que uma fatia importante da redução de emissões de carbono vai vir tanto desse setor quanto da eficiência energética”, destacou a coordenadora.

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Durante o evento, foram apresentados casos reais de empresas que receberam gratuitamente diagnóstico energético e sistemas termossolares completos, permitindo o monitoramento detalhado dos ganhos. Os resultados apontaram não apenas economia de custos, mas também uma expressiva redução de emissões de carbono, abrindo caminho para que a tecnologia seja replicada em outras unidades produtivas e fomentando o mercado nacional de coletores solares para além do uso residencial.

Os impactos ambientais medidos impressionam: a redução de 34 toneladas de CO₂ por ano equivale à retirada de até 22 veículos das ruas, ao plantio de cerca de 3.400 árvores ou ao consumo anual de energia de aproximadamente 26 residências. Além disso, foram economizados, por ano, 4.637 kg de GLP, 8.727 m³ de gás natural e 1.119 litros de diesel — números que representam não só eficiência energética, mas também uma contribuição concreta para a descarbonização do setor industrial brasileiro.

Com iniciativas como esta, o MME reafirma seu compromisso em liderar a transição energética brasileira, mostrando que inovação e sustentabilidade caminham juntas. Os resultados alcançados pelo projeto reforçam que a eficiência energética é uma das chaves para reduzir emissões, aumentar a competitividade industrial e abrir caminho para um futuro mais limpo e sustentável no país.

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Fonte: Ministério de Minas e Energia

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