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PF desmonta esquema de espionagem e homicídios ao prender suspeitos de assassinato de advogado em Cuiabá

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Por Alisson Gonçalves

 

Uma operação coordenada pela Polícia Federal nesta quarta-feira 28, revelou detalhes sombrios de uma organização criminosa que vinha atuando em diversos estados brasileiros.

A ofensiva, batizada de 7ª Fase da Operação Sisamnes, resultou na prisão preventiva de cinco suspeitos diretamente envolvidos na execução do advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro de 2023, em Cuiabá.

Entre os detidos está o empresário Anibal Manoel Laurindo, considerado pelas investigações o articulador do crime.

Também foram presos o coronel reformado Etevaldo Luiz Caçadini De Vargas, apontado como financiador e dono da arma do crime; Hedilerson Fialho Martins, que teria atuado como elo entre os envolvidos; e Antônio Gomes da Silva, suspeito de ser o executor.

Gilberto Louzada da Silva completa a lista dos capturados.

Além das prisões, a operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão e quatro ordens de monitoramento eletrônico, atingindo alvos nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.

Os investigados estão ainda sujeitos a restrições como recolhimento domiciliar noturno, impedimento de deixar o país e proibição de contato entre si.

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Seus passaportes foram recolhidos por ordem do STF.

Durante a apuração do homicídio, a PF deparou-se com um cenário ainda mais preocupante: uma estrutura organizada para a prática de espionagem, homicídios sob encomenda e tráfico de influência.

No celular da vítima, foram encontradas milhares de conversas com o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, revelando indícios de um esquema de venda de decisões judiciais envolvendo figuras influentes.

A Operação Sisamnes, cujo nome remete a um episódio histórico de punição exemplar contra um juiz corrupto na antiguidade, tem como foco crimes de corrupção, violação de sigilo funcional e organização criminosa.

A complexidade da trama mobilizou agentes e peritos especializados em inteligência criminal, reforçando o alerta sobre a infiltração do crime organizado em esferas sensíveis do poder público.

Os desdobramentos da operação devem continuar nos próximos dias, com novas fases previstas para aprofundar o rastreamento de contas, bens e comunicações dos investigados.

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Investigação revela que vereador Chico 2000 comprou votos de eleitores ligados à atual presidente da Câmara de Cuiabá 

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Por Alisson Gonçalves

Investigação conduzida pela Polícia Federal revelou que o vereador afastado Chico 2000 (PL) está no centro de um novo escândalo político por supostamente comprar votos de eleitores ligados à presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Paula Calil (PL), durante a campanha eleitoral de 2024.

A Operação Rescaldo, deflagrada na manhã da última quinta-feira,05, incluiu ações em Cuiabá e Várzea Grande, com o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão um deles na residência de Chico 2000.

As investigações começaram após uma denúncia anónima que apontava abordagens feitas por ele a eleitores declaradamente apoiadores de Paula Calil. Em troca do voto, Chico teria oferecido benefícios ilegais.

Embora ambos pertençam ao mesmo partido, as informações iniciais indicam que o parlamentar teria agido para enfraquecer a base eleitoral da presidente da Câmara, aliciando seus eleitores com promessas de vantagens ainda não detalhadas.

A Polícia Federal optou por não divulgar mais dados para preservar o andamento das apurações.

Paula Calil, que se encontra em Brasília participando do Encontro Nacional das Mandatárias do PL, afirmou por meio de nota que só comentará o caso após a conclusão das investigações.

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Este é o segundo episódio envolvendo Chico 2000 em poucos meses.

Em abril, ele foi afastado do cargo por conta da Operação Perfídia, conduzida pela Polícia Civil, em que é acusado de receber R$ 250 mil em propina para viabilizar a aprovação de um projeto que liberava verbas públicas para a empresa HB20 Construção, responsável pelas obras do Contorno Leste.

Com a nova investigação, Chico 2000 volta a ser o foco das atenções, agora por suposta tentativa de manipulação direta do eleitorado de uma colega de partido, num episódio que reacende o debate sobre ética e disputas internas no cenário político municipal.

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