Nacional
MJSP recebe delegação angolana para apresentar políticas de refúgio

Brasília, 18/09/2025 – Nesta quinta-feira (18), o Ministério da Justiça e Segurança Pública recebeu a Delegação do Serviço de Migração e Estrangeiros do Governo de Angola para apresentar o sistema brasileiro de refúgio. A visita foi mediada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), que acompanha o grupo na missão desde o último sábado (13).
A recepção no Palácio da Justiça foi organizada pela Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), com a presença da coordenadora-geral do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Amarilis Tavares. Ela apresentou a estrutura do sistema brasileiro, os procedimentos de análise de pedidos de refúgio e as políticas voltadas à integração dos solicitantes.
“Cada país tem seus desafios, e a troca de experiências ajuda a pensar em soluções mais inclusivas para essa população vulnerabilizada. O Brasil tem buscado aperfeiçoar constantemente seu sistema, especialmente no que se refere à análise célere e qualificada dos pedidos de refúgio e ao acesso a políticas públicas de integração”, afirma Amarilis.
A delegação angolana é composta pelo diretor da Direção de Asilo e Refugiados, Feliciano Sumba Vicombe Afonso; pela intendente de Migração, Vera Liliana Dias dos Santos Teixeira; e pelo inspetor de Migração, António Panzo Gaspar. O secretário da Embaixada de Angola, Francisco Vasco Bango, também acompanhou a visita.
Missão no Brasil
Na agenda, os integrantes da delegação tiveram a oportunidade de acompanhar o ciclo completo de acolhimento de refugiados, desde o registro inicial, análise de casos, emissão de documentação, processos de interiorização e integração local.
O roteiro incluiu reuniões com autoridades do MJSP, da Polícia Federal e de outras instituições envolvidas no acolhimento, além de visitas técnicas à Operação Acolhida em Boa Vista e Pacaraima, em Roraima, onde observaram atendimentos em centros de triagem, abrigos e zonas fronteiriças.
A missão também destacou a importância da Lei de Refugiados, de 1997, como marco do acolhimento humanitário no Brasil. Além de reforçar a cooperação bilateral, a visita proporcionou à delegação angolana subsídios técnicos que poderão ser aplicados no aprimoramento do sistema de refúgio em Angola. As visitas técnicas irão contribuir para o desenvolvimento de políticas mais inclusivas e eficazes.
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Dia Mundial do Refugiado: Brasil celebra avanço de políticas públicas de acolhimento humanitário

Nacional
Derrite classifica execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz como “atentado terrorista”; dois suspeitos são identificados

- JB News
por Myriam Saad de São Paulo
Especial para JB News
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi executado a tiros na última segunda-feira em Praia Grande, em uma emboscada que, segundo o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, configura um “atentado terrorista” contra uma autoridade.
Na manhã seguinte ao crime, a Polícia Civil divulgou a identificação, por meio de exame pericial, de dois homens apontados como diretamente envolvidos na execução: Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos, e Felipe Avelino da Silva, de 33, conhecido como “Mascherano”. De acordo com as investigações, Felipe é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e exercia a função de “disciplina” na região do ABC paulista. Ambos já têm mandados de prisão temporária expedidos e estão sendo procurados pelas forças de segurança.
A identificação foi possível graças ao trabalho da Polícia Técnico-Científica. O carro usado no crime, um Jeep Renegade abandonado pelos executores, foi encontrado ligado e com as portas trancadas. Os criminosos tentaram incendiá-lo, mas não conseguiram. No interior do veículo, peritos coletaram impressões digitais e material biológico que foram cruzados com bases policiais, permitindo identificar os suspeitos.
Durante coletiva, Derrite reforçou a gravidade da ação. “Todos que participaram desse atentado terrorista serão punidos severamente”, afirmou, destacando que não há dúvida sobre o envolvimento do PCC no assassinato. O secretário anunciou ainda a criação de uma força-tarefa para capturar os foragidos e responsabilizar todos os envolvidos, incluindo possíveis mandantes.
A dinâmica do ataque também foi detalhada pela investigação. O carro de Ruy Ferraz Fontes foi perseguido e, após colisões, homens encapuzados desceram armados com fuzis. Dois deles foram diretamente em direção ao veículo do delegado para executar a vítima, enquanto o terceiro oferecia cobertura, apontando a arma para motoristas que passavam pela avenida. Fontes foi atingido por dezenas de disparos e morreu no local.
Além dos dois homens identificados como executores, a Polícia Civil prendeu temporariamente uma mulher, Dahesly Pires, acusada de participação logística. Ela teria transportado o armamento usado no crime. Outro suspeito também teve prisão decretada, mas seu papel ainda está em apuração.
Ruy Ferraz Fontes foi um dos delegados mais atuantes no combate ao crime organizado em São Paulo, tendo chefiado operações contra a cúpula do PCC e prendido líderes da facção, como Marcos Willians Herbas Camacho, o “Marcola”. Sua morte, em um ataque que escancarou a ousadia do crime organizado, provocou repercussão nacional e reacendeu o debate sobre a vulnerabilidade de autoridades e a capacidade do Estado de enfrentar facções criminosas.
As investigações seguem em andamento, com equipes de homicídios, inteligência e peritos analisando registros telefônicos, imagens de câmeras e movimentações financeiras para identificar mandantes, rotas de fuga e demais envolvidos. As autoridades pedem apoio da população com informações que possam levar à captura de Flávio Henrique Ferreira de Souza e Felipe “Mascherano” Avelino da Silva, ainda foragidos.
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