Nacional
MJSP debate reinserção social e geração de renda na política sobre drogas

Brasília, 02/07/2025 – O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), promoveu, nessa terça-feira (1º), o primeiro dia da oficina temática Política sobre Drogas: Reinserção Social, Emprego e Renda, no Palácio da Justiça, em Brasília (DF).
A atividade integra a programação da Semana Nacional de Políticas sobre Drogas e reuniu representantes de órgãos federais, estaduais e municipais, com o objetivo de debater estratégias intersetoriais voltadas à inclusão social de pessoas em situação de vulnerabilidade agravada pelo uso problemático de álcool e de outras drogas.
A secretária da Senad, Marta Machado, destacou que o foco da atual política sobre drogas está centrado na dignidade e nos direitos das pessoas que enfrentam múltiplas formas de exclusão. “Uma das grandes diretrizes é que a política tem que olhar de forma diferenciada para esses grupos que vêm sendo continuamente marginalizados: por exclusão de gênero, racial, socioeconômica, pela falta de acesso a direitos e à empregabilidade”, afirmou.
Marta enfatizou também que o uso problemático de substâncias deve ser compreendido como consequência de contextos sociais de desigualdade e de trajetórias marcadas por traumas e violências. “A gente acredita que o caminho para enfrentar essas situações é olhar para as vulnerabilidades com políticas públicas, com acesso aos serviços do Estado. Um ponto em comum é o estigma: muitas pessoas usuárias se sentem repelidas pelos serviços de cuidado quando mais precisam de acolhimento e inclusão”, completou.
Para ela, a reinserção social precisa estar diretamente ligada ao acesso à renda e ao trabalho. “É preciso garantir oportunidades concretas, por meio do cooperativismo e de iniciativas de geração de renda para que a inclusão seja, de fato, sustentável.”
A diretora de Prevenção e Reinserção Social da Senad, Nara Araújo, reforçou que a oficina foi pensada como um espaço estratégico de diálogo entre governo e sociedade civil. “Nosso objetivo é integrar diferentes ministérios e atores do território em uma agenda comum voltada à ampliação do acesso a direitos. A política sobre drogas precisa estar articulada às políticas de saúde, de educação, de assistência social e de geração de renda”, afirmou.
A programação do primeiro dia foi dividida em três painéis principais. Pela manhã, o debate teve como foco os direitos humanos na política sobre drogas. À tarde, os temas giraram em torno do direito à moradia, ao trabalho e ao acesso à Justiça, com a apresentação de iniciativas como o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) Juventude. O dia foi encerrado com uma roda de conversa para representantes da Comunidade Solidariedade Sol e da Fazenda da Paz exporem experiências de reinserção social e geração de renda.
A oficina continua nesta quarta-feira (2), com grupos de trabalho temáticos sobre construção de fluxos intersetoriais e propostas de atuação integrada. Os participantes se dividirão em cinco eixos: saúde, educação e formação técnica, proteção social, acesso à Justiça e inclusão produtiva no pós-acolhimento. A plenária final consolidará os encaminhamentos construídos durante os dois dias de atividades.

Nacional
Programa Cria: encontro nacional discute ações nos territórios para prevenir o uso de álcool e de outras drogas

Brasília, 09/07/2025 – Formadores federais e técnicos do Programa Cria: Prevenção e Cidadania estão reunidos, em Brasília (DF), para debater a consolidação das ações de prevenção do uso de álcool e de outras drogas por crianças e adolescentes. O encontro, que teve início na segunda-feira (7), segue até quinta-feira (10), e tem como objetivo analisar as atividades já desenvolvidas, definir novo planejamento e discutir a metodologia Famílias Fortes, que foi recentemente atualizada.
A atividade é promovida pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e ocorre na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Além da formação, o evento promove a integração dos técnicos que atuam no programa com as diretrizes do MJSP e da Fiocruz, reforçando o caráter intersetorial, baseado em evidências científicas que caracteriza a iniciativa. “Esse encontro serve para pensarmos coletivamente o que já foi feito e planejarmos os próximos passos. É também o momento de avaliar a nova metodologia, Famílias Fortes, que está pronta para ser implementada nos territórios”, disse a articuladora das metodologias de prevenção do Programa Cria Mayara Santos.
As metodologias Elos, #Tamojunto e Famílias Fortes fazem parte do 1º eixo do projeto Prevenção na Infância e na Adolescência. Elas atuam no desenvolvimento de habilidades de vida; no fortalecimento de vínculos e de experiências de pertencimento nos contextos familiar, escolar e comunitário; e na prevenção do bullying e da violência no ambiente escolar. Além disso, são atividades que visam evitar que crianças e adolescentes tenham acesso à publicidade de bebidas alcoólicas. Durante o encontro, os profissionais vão compartilhar experiências, resultados e desafios enfrentados nos territórios.
A psicóloga e articuladora da metodologia Famílias Fortes Luana Bandeira destacou a transformação observada nas famílias ao longo do processo. “Pais e mães chegam tímidos, mas, à medida que os encontros avançam, demonstram mais apoio, estabelecem limites e acompanham mais de perto a vida dos filhos. A metodologia tem efetividade comprovada”, relatou.
A programação inclui debates sobre prevenção ampliada, planejamento estratégico e oficinas vivenciais, além de trocas de experiências. Para a formadora técnica da metodologia Elos Alice França, o mais importante é perceber que, mesmo no início da implementação, já há impactos positivos. “Já ouvimos relatos de melhora no clima das turmas e no relacionamento entre estudantes. Isso mostra o potencial transformador da metodologia”, contou.
Programa Cria: Prevenção e Cidadania
O Programa Cria: Prevenção e Cidadania, lançado pela Senad em 2024, propõe uma estratégia nacional de prevenção do uso problemático de álcool e outras drogas, da violência e da criminalidade, para proteger crianças, adolescentes, jovens e comunidades. A iniciativa atua em três áreas: Prevenção na Infância e na Adolescência; Proteção em Contextos de Risco; e Territórios em Ação.
• Elos — Construindo Coletivos
A metodologia Elos — Construindo Coletivos é uma estratégia de prevenção ao uso de álcool e outras drogas voltada para crianças de 6 a 10 anos matriculadas em escolas públicas de Ensino Fundamental I. Baseada no uso da brincadeira como ferramenta central, a metodologia busca fortalecer vínculos, estimular o respeito às diferenças e promover habilidades socioemocionais como colaboração e empatia.
• #Tamojunto
O #Tamojunto é uma metodologia de prevenção ao uso de álcool e outras drogas, voltada para adolescentes do Ensino Fundamental II, especialmente na faixa etária de 13 e 14 anos. Aplicada no ambiente escolar, a metodologia combina atividades interativas, formação continuada para professores e oficinas para responsáveis, promovendo uma abordagem integrada entre escola, família e comunidade.
O programa, que está em sua terceira edição, já apresenta resultados expressivos, como 19% menos relatos de vitimização por bullying, 30% de redução na perpetuação do bullying e no uso de álcool como mediador, e 30% menos chances de início do uso de álcool.
• Famílias Fortes
Já a metodologia Famílias Fortes atua na prevenção ao uso de álcool e outras drogas para fortalecer os vínculos familiares por meio do desenvolvimento de habilidades parentais, sociais e emocionais. Destina-se a famílias com crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, promovendo o diálogo, a convivência harmoniosa e estratégias de apoio para lidar com os desafios da adolescência.
Os resultados observados são: 60% menos chance de estilo parental negligente, 79% menor exposição de adolescentes a episódios de embriaguez dos responsáveis e 10% de aumento em práticas educativas de disciplina não violenta.
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