Cidades
Justiça suspende decisão que resultou em despejo de famílias em Jaciara

Após intervenção da Defensoria Pública de Mato Grosso, Justiça suspende decisão que resultou em despejo de famílias em Jaciara
Ação de imissão de posse foi executada ontem (11/01) e retirou 140 famílias de pequenos agricultores de área de 487 hectares que é foco de disputa da posse, mas é registrada em nome da União desde 1985
Márcia Oliveira | Assessoria da DPMT
Reintegração foi cumprida ontem, mas a liminar que a garantiu foi suspensa nesta terça-feira – Foto por: Sonotícias
Reintegração foi cumprida ontem, mas a liminar que a garantiu foi suspensa nesta terça-feira
A Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT) conseguiu suspender decisão liminar que determinou a retirada de 140 agricultores familiares da Gleba Mestre I, município de Jaciara, despejados na segunda-feira (11/01), da área de 487 hectares que ocupam desde 2014. A DPMT passou a figurar como terceiro interessado no processo a partir desta terça-feira, quando informou que a terra onde o despejo ocorreu pertence à União desde 1985.
A decisão liminar usada para executar o despejo foi concedida em favor da empresa Porto Seguro Negócios e Empreendimentos S/A. A empresa arrematou a área num processo de recuperação judicial e havia solicitado, na Justiça, a verificação de presença de pessoas na área.
A defensora pública de segunda instância, Regiane Ribeiro, explicou na petição feita no agravo de instrumento que garantiu a liminar de reintegração de posse à empresa, que no processo foram omitidas informações essenciais para que o desembargador tivesse entendimento correto do caso.
Ela registra que duas ações discutem a posse da área reivindicada pela empresa, uma que tramitou na Vara Única da Justiça Federal de Rondonópolis, e outra que tramita na Vara Especializada em Direito Agrário de Cuiabá. Na de Rondonópolis, a União entrou com uma ação reivindicatória da posse, com pedido de indenização, contra a hoje massa falida da Usina Jaciara e Usina Pantanal de Açúcar e Álcool.
No processo de Rondonópolis, 4393-41.2012.401.3602, fica evidenciado que a área de 8.200 hectares, onde a Gleba Mestre I está e onde as famílias ocupam os 487 hectares, foi registrada em nome da União com a matrícula 5.036, no Cartório de Registro de Imóveis de Jaciara, em 11 de setembro de 1985. E que parte dessa área, 5.661 hectares estariam ocupados pela Usina.
Paralelo a esse processo, a defensora esclarece que tramita na Vara Especializada em Direito Agrário de Cuiabá, o processo 10218798120168110041, que também discute a reintegração de posse. “Verifica-se que a omissão do embargante contribuiu para a concessão da liminar nestes autos que não tem como objetivo a discussão da posse mas a recuperação judicial”, afirma a defensora.
Ela ainda reforça que na reintegração de posse não foram observadas a necessária intervenção da Defensoria Pública na qualidade de parte interessada (custos vulnerabilis). “A Defensoria não foi intimada em nenhum processo. O Novo Código de Processo Civil, no artigo 554, define que a intimação do órgão é obrigatória em processos em que há hipossuficientes como parte”, afirma em trecho da petição.
Após apresentar as informações, a defensora pediu a suspensão imediata da liminar e a nulidade de todos os atos praticados sem o conhecimento do órgão. No fim da manhã desta terça-feira (12/01), o desembargador da Terceira Câmara de Direito Privado, Dirceu dos Santos, acatou os pedidos da Defensoria e pediu a retirada do processo da pauta de julgamento do dia 27 de janeiro, afirmando que a medida se faz necessária para evitar mais prejuízos.
Além da defensora Regiane, auxiliaram na petição os defensores públicos Denis Rodrigues, Corina Pissato e Munir Arfox.

Cidades
Contorno Leste Irá conectar uma região que estava afastada do desenvolvimento de Cuiabá

Irá conectar uma região que estava afastada do desenvolvimento, diz Emanuel sobre Contorno Leste
A declaração foi dada na manhã desta terça-feira (12), em entrevista concedida à Rádio CBN de Cuiabá
Por BRUNO VICENTE
Foto : Luiz Alves
O prefeito Emanuel Pinheiro destacou que, além dos avanços na infraestrutura e mobilidade urbana, a construção da Avenida Contorno Leste proporcionará o preenchimento de um vazio imobiliário existente em uma região com grande potencial de crescimento urbano e econômico. A declaração foi dada na manhã desta terça-feira (12), em entrevista concedida à Rádio CBN de Cuiabá.
“O Contorno Leste irá conectar com a cidade uma região que estava afastada do desenvolvimento alcançado nos últimos anos. Uma região com baixo valor imobiliário, descolada do centro da cidade, onde a população precisa de um impulso desenvolvimentista. São mais de 50 bairros beneficiados, de forma direta. Ou seja, vamos atender uma região extremamente populosa e preencher um vazio imobiliário hoje existente”, explicou Pinheiro.
O chefe do Executivo municipal acentuou ainda que o Contorno Leste é a maior obra estruturante que a Capital já recebeu em seus 301 anos de história. Segundo ele, a avenida interligará o Distrito Industrial à Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), unindo com a avenida dos Florais que dá acesso ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e ao Distrito de Nossa Senhora da Guia.
“É uma obra que entrará para a história, como entrou a Avenida Beira Rio, no tempo de Rodrigues Palmas, como entrou a Miguel Sutil, na época de Dante Martins de Oliveira, e como também entrou a Avenida das Torres, no tempo de Wilson Santos. São mais de 17 km de pavimentação e desenvolvimento que irão alcançar as regiões Sul, Leste e Norte da nossa cidade”, pontuou o gestor.
O PROJETO
A Avenida Contorno Leste contará, ao longo de sua extensão, com todos os componentes de uma grande estrutura de mobilidade urbana. Conforme o projeto, a via terá 17,3 quilômetros de pista dupla, cada uma delas constituídas por duas faixas de rolamento, de 3,60 metros, e acostamento. A avenida possuirá também ciclovia em todo o seu prolongamento, calçada, canteiro central e iluminação de LED.
Além disso, em pontos estratégicos, serão construídas ao menos 13 rotatórias e duas pontes sobre o Rio Coxipó. Na construção, é investido R$ 125 milhões, oriundos de uma operação de crédito formalizada com a Caixa Econômica Federal (CEF). A obra é composta pelas etapas de terraplanagem, drenagem, pavimentação, sinalização e obras complementares.
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