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Por Alisson Gonçalves

A Justiça de Várzea Grande determinou, na última terça-feira,23, que o prefeito Kalil Baracat (MDB) cumpra imediatamente uma liminar que exige a recontratação de 26 médicos demitidos do Pronto-Socorro Municipal.

A decisão foi assinada pelo juiz plantonista José Maurício Lopes Prioli, que concedeu um prazo de 48 horas para o cumprimento e fixou uma multa de R$ 1 mil por dia em caso de descumprimento.

As demissões ocorreram em outubro, logo após a derrota de Kalil nas eleições para a candidata Flávia Moretti (PL).

A medida gerou revolta entre os profissionais da saúde e o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), que ingressou com uma nova ação devido à falta de cumprimento da decisão inicial.

Além da recontratação dos médicos, o magistrado determinou que a Prefeitura divulgue as escalas de plantão de todas as unidades de saúde.

Segundo o presidente do Sindimed, Adeildo Lucena, a gestão municipal vem ignorando as decisões judiciais, prejudicando gravemente o atendimento à saúde pública.

Lucena criticou duramente a postura do prefeito, classificando-a como um “deboche” contra a Justiça e a sociedade várzea-grandense. Ele afirmou que as escalas continuam incompletas, o que agrava ainda mais a situação, encerrando o mandato de Kalil de forma “ineficiente e retrógrada”.

A decisão judicial tenta mitigar os prejuízos causados pelas demissões em um momento crítico para a saúde pública do município, que já enfrenta dificuldades para atender à demanda da população.