AGRONEGÓCIOS
Invasão a propriedade reacende debate sobre segurança no campo

Uma propriedade rural no município de Umuarama (distante 560 km da capital, Curitiba), no Paraná, foi invadida nesta semana por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em mais um episódio que agrava a tensão no campo e levanta preocupações sobre a fragilidade da segurança jurídica no meio rural brasileiro.
Segundo o Sistema Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), cerca de 100 famílias já estão instaladas na área invadida, e outras 250 devem chegar nos próximos dias, ampliando o acampamento. A entidade, que representa produtores rurais do estado, repudia a ocupação e denuncia a omissão das autoridades diante de sucessivos episódios semelhantes.
“A cada invasão, aumenta o sentimento de abandono entre os produtores, que se veem vulneráveis diante da ausência do Estado. A insegurança jurídica virou um entrave real para quem trabalha, investe e vive da terra”, afirmou Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino da Faep. A federação informou ter solicitado reforço à Polícia Militar e cobra a retirada imediata dos invasores.
O episódio ocorre em meio a discussões sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas, uma das pautas prioritárias do setor agropecuário. Para lideranças rurais, o respeito à legislação atual e ao marco temporal é essencial para proteger o direito de propriedade e garantir previsibilidade ao produtor rural.
“A persistência desses atos, somada à leniência do governo federal em coibir invasões e ao estímulo político indireto por meio da presença em eventos do MST, mina a confiança de quem ainda acredita que é possível produzir com segurança neste país”, destacou nota oficial da Faep. A entidade também reforçou que está prestando apoio direto ao proprietário da área invadida, acompanhando a situação em campo.
TENSÕES – O caso de Umuarama reflete uma tendência mais ampla no estado: na região de Guaíra, que fica cerca de 120 km dessa nova invasão, os conflitos têm se intensificado com frequentes confrontos entre indígenas e produtores. Em julho do ano passado, cerca de 20 indígenas ocuparam uma propriedade rural em São Domingos, resultando em um agricultor ferido com um golpe de madeira na cabeça. A reação contou com atuação da Polícia Militar, Batalhão de Fronteira, Guarda Municipal e Polícia Federal
As tensões aumentam diante de decisões judiciais incertas. Cinco áreas estão atualmente ocupadas na região — três em Terra Roxa e duas em Guaíra — mesmo após ordens de reintegração de posse expedidas pela Justiça Federal. Em um dos episódios mais críticos, indígenas Aval Guarani relataram ataques com tiros e agressões planejadas em plena presença da Força Nacional, indicando a fragilidade da segurança além dos limites das fazendas
Enquanto o campo aguarda uma resposta firme para garantir a integridade física e jurídica dos produtores, a região noroeste do Paraná permanece como um dos maiores “pontos quentes” de conflito rural no Paraná. O histórico de invasões se soma à insegurança causada pela judicialização indefinida e pela lentidão na reintegração de posse — fatores que minam a confiança do setor produtivo e dificultam qualquer investimentos naquelas áreas. A situação exige, segundo lideranças do agronegócio, atuação rápida das autoridades e definição clara sobre direitos de propriedade.
Fonte: Pensar Agro

AGRONEGÓCIOS
Mapa participa de workshop em comemoração ao Dia Nacional da Agricultura Irrigada

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou, nesta terça-feira (10), em Brasília, do 3º Workshop Setor Agropecuário na Gestão da Água – Irrigação e Energia. O evento, realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), celebrou o Dia Nacional da Agricultura Irrigada com um amplo debate sobre o desafio energético da irrigação no Brasil.
O encontro reuniu especialistas, representantes de instituições públicas e privadas, produtores e agentes do setor energético para discutir a irrigação como atividade estratégica a fim de garantir a segurança alimentar, promover a adaptação da agropecuária às mudanças climáticas e assegurar o uso eficiente e sustentável dos recursos naturais.
Durante o painel “Energia e Água para o Desenvolvimento do Campo”, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Mapa, Pedro Neto, ressaltou o compromisso do Plano Setorial para Agropecuária Brasileira (ABC+) com as tecnologias dos sistemas irrigados. Destacou o esforço que vem sendo feito pelo Mapa e demais ministérios na elaboração do Plano Clima, para que o produtor rural tenha algum benefício pelos serviços ecossistêmicos empregados na sua propriedade. “Sabemos que para isso acontecer vamos precisar fazer o dever de casa. Teremos que trabalhar de forma integrada para superar os entraves da outorga, da energia, da assistência técnica, consolidar o crédito mais barato possível e inserir também os sistemas irrigados como componente primordial para as nossas discussões sobre carbono e serviços ambientais”, disse.
O presidente da Comissão Nacional de Irrigação da CNA, David Schmidt, também participou do evento e destacou a liderança do Brasil no uso de tecnologias sustentáveis na produção agrícola. “Estamos na dianteira no uso de tecnologias de produção sustentável, propondo modelos de gestão diferenciados para garantir que o Brasil continue competitivo na produção agrícola mundial, assegurando não só segurança alimentar, mas também geração de emprego e renda”, afirmou.
Já o secretário de Segurança Hídrica do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Giuseppe Vieira, falou sobre o trabalho do órgão para levar água a regiões como o semiárido, promovendo o crescimento da agricultura irrigada em áreas com baixa pluviosidade. Ele também ressaltou o potencial de expansão da irrigação sem necessidade de abertura de novas áreas, contribuindo para o desenvolvimento e a renda dos produtores rurais.
Durante o evento foi lançado um estudo sobre a demanda energética atual e futura da agricultura irrigada do Brasil, dispondo dados para subsidiar políticas públicas, planejamento setorial e investimentos em infraestrutura para o setor.
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