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Por Nayara Cristina

A justiça de Mato Grosso condenou três advogados alvos na Operação Gravatas, realizada pelo Grupo de Atuação Especial  Contra o Crime Organizado (Gaeco), que desarticulou uma organização criminosa  contra integrantes armados da Facção Comando Vermelho.

A operação foi deflagrada em março de 2024, sob a supervisão da delegacia da Polícia Civil da  cidade de Tapurah, onde cumpriu cerca de 16 ordens judiciais de buscas e apreensão, delas oito eram pedidos de prisão preventivas, que tinha como alvos quatro advogados, um policial militar e integrantes da facção que já estavam presos.  Outros mandados foram cumpridos nas cidades de Cuiabá e Sinop.

A sentença foi prolatada pelo juízo da 5ª Vara Criminal de Sinop, cidade do interior do estado de Mato Grosso.  Os advogados são acusados de serem integrantes do grupo armado da facção.

Entre os acusados estão os advogados Tiago Telles condenado a sete anos, um mês e dez dias  de prisão.  O advogado Robson Júnior Jardin dos Santos foi condenado a seis anos, dois meses, e vinte dias de reclusão. Que segundo a sentença, os dois advogados são lideranças do CV cidades ao entorno do estado. Conforme as investigações atuavam nas cidades de Tapurah, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Sorriso, e Nova Ubiratã.

Paulo Henrique Santos Aguiar condenado a seis anos, dois meses e vinte dias de prisão. Ambos ainda serão condenados a mais de 20 dias de multas cada um, é considerado braço direito de Tiago.

Ambos iniciaram o cumprir suas penas em regime fechado.

O policial Militar Leonardo Quaio, que também foi alvo está respondendo os crimes na Justiça Militar, e Tallis de Lara Evangelista foi absolvida das acusações.

De acordo comas investigações, os líderes do Comando Vermelho os advogados eram a estrutura da organização que apoiavam e ajudavam os criminosos  no sistema jurídico da facção. Criando possibilidades às margens da lei para dar abrigo aos criminosos em seis crimes praticados, até mesmo obstruindo investigações, fornecendo informações em tempo real das operações policiais.  Intermediavam ainda a comunicação entre os líderes de quadrilha presos com pessoas em liberdade para auxiliar em crimes.