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Grupo hacker com senhas da Justiça é detido em SP; líder tem 14 anos

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Mika Baumeister / Unsplash

Suspeito de chefiar grupo de hackers é adolescente de 14 anos

Um adolescente de 14 anos é suspeito de liderar um grupo de hackers que comercializava mais de 20 milhões de logins e senhas da Justiça e das principais polícias do Brasil. A investigação começou a ser feita após uma operação policial que levou até a casa de um outro jovem, este de 17 anos, na cidade de Bady Bassitt, em São Paulo.

Investigações apontam que o adolescente estava logado no sistema da Polícia Civil de São Paulo e conseguiu alimentar um boletim de ocorrência com informações falsas do próprio computador, enquanto estava em casa. O jovem ainda era menor de idade quando cometeu o crime, identificado em junho deste ano.

O caso foi revelado pelo programa Fantástico , da TV Globo , nesse domingo (24).

Um integrante da quadrilha conversava com o adolescente e gravou o momento em que a polícia chegou até a casa dele. Este membro do grupo publicou o vídeo nas redes sociais e acabou sendo preso quatro dias depois. Conforme as informações, ele se chama Lucas Barbas, tem 18 anos e mora na capital paulista. Na internet, ele se identifica como Fusaao.

Lucas Barbas entrou no sistema e fez alterações para que não aparecesse sua ficha criminal, declarando-se morto, para que o nome dele não constasse em nenhuma pesquisa futura.

Para chegar no líder da quadrilha, de 14 anos, os policiais começaram investigando a conexão entre os jovens e descobriram que eles se conheceram pelo plataforma Discord.

Pelo aplicativo, todas as informações e conversas ficam armazenadas em servidores privados, em uma nuvem, então eles criaram conexões fantasmas para dificultar o rastreamento. Os agentes, porém, conseguiram rastrear os membros do grupo em Jaciara (MT), Blumenau (SC) e Curitiba (PR).

No total, os policiais levaram 32 dias para identificar o integrante de Curitiba, que é o suspeito de ser o chefe da quadrilha. Em depoimento, o adolescente de 14 anos disse que criou um programa de computador que permite acesso a qualquer site privado ou público.

Conforme os policiais, ele tinha 20 milhões de logins e senhas. O grupo de hacker tinha acesso a sites das polícias de diversos estados, além da Polícia Federal, do Exército e da Justiça. Eles conseguiram:

  • Mais de 3.600 logins e senhas do Tribunal de Justiça de São Paulo;
  • 1.500 da Polícia Militar de São Paulo;
  • 500 da Polícia Federal;
  • Quase 150 do Exército;
  • 89 do Ministério Público de São Paulo.

O adolescente disse ter acessado os dados por “curiosidade”. Os demais, “acessavam ou compartilhavam logins e senhas para fins financeiros, pelo preço de R$ 200 até R$ 1.000”, segundo disse o delegado Adriano Pitoscia ao programa.

Os cinco hackers que foram detidos na Operação Lotter – Fraudador Digital em junho, foram liberados. Nesta semana, o jovem da cidade de Bady Bassitt voltou a ser apreendido e está na Fundação Casa.

A defesa de Lucas Barbas afirmou que ele é inocente. Já o Discord, disse adotar uma abordagem de tolerância zero com atividades ilegais e que, quando toma conhecimento desse tipo de situação, remove o conteúdo, proíbe os usuários e colabora com as autoridades.

O Ministério Público, o Tribunal de Justiça, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o Exército, e a Polícia Federal disseram que seus sistemas não foram invadidos, que estão preservados e que investem constantemente em segurança para garantir a integridade das aplicações.

Fonte: Nacional

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Ministros do STF votam contra ADI do governo que impedia a criação cadastro de estupradores e pedófilos em MT

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Da Redação

 

Terminou neste sábado 02.12, o julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que estava sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que previa a criação de um banco de dados pelo governo de Mato Grosso, com os dados de pessoas condenadas por pedofilia no estado.

Para o governo, essa não é uma atribuição do estado, e nem a competência em alterar a legislação. O Julgamento iniciou no último dia 27 de agosto de 2021 .

O relator do projeto na corte era o ministro Alexandre de Morais, que foi contrário ao pedido do governo de MT. Seu voto foi seguido também pelos ministros Luís Roberto Barroso, e André Mendonça.

A ministra Carmén Lucia, Edson Fachin e Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Luís Fux, Nunes Marques, apresentaram algumas ressalvas, mas também votaram como o relator.

A proposta de MT teve apenas uma adesão que foi o voto do ministro   Dias Toffoli.

Para o governo de MT esta matéria de exclusividade e competência da União, e quem legisla em matéria penal no Brasil é o Congresso Nacional. Mesmo defendendo leis e penas mais duras, o governador Mauro Mendes destacou que a Assembleia Legislativa não tem competência para legislar sobre o assunto.

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As leis 10.315 de 2015 e a 10.915 de 2019, criam um cadastro estaduais a serem administrados pelo governo de cada estado, através da Secretaria de Segurança Pública. Ele deverá conter os nomes pessoais, dos suspeitos indiciados ou condenadas por crimes sexuais cometidos contra crianças ou adolescentes, ou por crimes de violência contra a mulher.

Para o estado de MT a exposição dos nomes dos nomes dos condenados tem caráter desumano e põe em risco a integridade física dos réus.

Conforme lei, o poder público só poderia verificar o nome e foto do suspeito se já estivesse sido condenado.

Outro fato que o conteúdo integral dos crimes praticados por eles, só podem ser consultados por investigadores e delegados de polícia.

Neste caso o estado disponibilizaria pela internet os nomes e fotos com dados processuais das pessoas condenadas civil e criminalmente com o trânsito julgado relatando o crime hora praticado.

Neste caso a  lista seria disponibilizada pelo site da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Qualquer cidadão poderia ter acesso a lista, relativamente à identificação e foto dos cadastrados, desde a condenação transitada em julgado até o fim do cumprimento da pena.

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