Saúde

Finalizada primeira etapa do Seminário Saúde Indígena ‘um SasiSUS para o Bem-Viver’ no Norte

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Na última sexta-feira (21), a Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (Sesai) concluiu a primeira etapa de diálogos do Seminário Saúde Indígena: ‘Um SasiSUS para o Bem-Viver’ na região Norte.

Com a participação de mais de 300 pessoas, o encontro elencou algumas prioridades para a área: a integração das medicinas indígenas ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS); a adequação dos modelos de atenção primária às especificidades regionais; a capacitação para uma gestão participativa; e o fortalecimento das ações de saneamento, saúde preventiva e educação entre os povos indígenas.   

“Discutimos temas essenciais para garantir um atendimento mais eficaz e respeitoso às realidades indígenas. A participação ativa das lideranças e profissionais de saúde mostra o compromisso coletivo com a construção de um SasiSUS fortalecido”, destacou a chefe de gabinete da Sesai, Milena Kanindé. 

Profissionais de saúde, gestores, lideranças indígenas e usuários do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) estiveram no seminário, que também debateu a atualização da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI).  

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Divisão da região Norte  

A Floresta Amazônica abriga não apenas uma das maiores biodiversidades do planeta, mas também indígenas com histórias, saberes e desafios próprios. Diante desse cenário de imensa riqueza cultural e ambiental, a comissão organizadora decidiu dividir o evento em duas etapas – Norte I e Norte II. Somente esta primeira contou com a ampla participação de 11 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) presentes.  

O evento foi marcado por intensas trocas de experiências e pela força da identidade cultural dos povos da Amazônia. Durante quatro dias, representantes dos distritos sanitários debateram questões fundamentais para a saúde indígena, sempre com o protagonismo das comunidades.  

Para Kleber Karipuna, liderança indígena e coordenador-executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), o seminário reforça a necessidade de colocar os povos indígenas no centro das decisões. “Nós, indígenas, sabemos as reais dificuldades que enfrentamos nos nossos territórios. Ouvindo nossas vozes, podemos construir políticas públicas que realmente respeitem especificidades culturais, geográficas e sociais dos povos indígenas”, destacou. “Cada região tem sua particularidade. Dividir o Norte em duas fases foi fundamental para garantir que todos os territórios fossem ouvidos de forma mais próxima e eficiente”, acrescentou Kleber.

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Foto: Clarinha Kanindé/MS
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Outras regiões visitadas 

O seminário já percorreu o Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste, consolidando um processo de construção coletiva para aprimorar a política de atenção à saúde indígena no Brasil. É o que explica a secretária-adjunta da Sesai, Lucinha Tremembé. “O seminário não termina aqui. Agora, levamos os aprendizados dessa fase e seguimos fortalecendo as discussões na próxima etapa. Atualizar a política nacional é um processo contínuo, que exige escuta e participação ativa dos povos indígenas”, finalizou Lucinha. A expectativa é que a etapa Norte II contemple as demandas de outros 9 DSEIs. 

Leidiane Souza
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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Saúde

Mais Médicos: 407 profissionais começam a atuar em 22 estados brasileiros

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Mais um grupo de médicos que concluiu o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) do Programa Mais Médicos começa a chegar a diversas cidades brasileiras. A partir desta semana, 407 profissionais formados no exterior, que finalizaram o MAAv na última sexta-feira (11), desembarcam em 180 municípios e 15 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), distribuídos por 22 estados.

Com a chegada desses médicos, o Ministério da Saúde espera impactos positivos nas comunidades atendidas, como a ampliação do acesso aos serviços de saúde na atenção primária, a redução do tempo de espera por atendimento com a utilização do prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS), além de avanços significativos na saúde indígena. Um exemplo concreto é a diminuição das remoções de pacientes no território Yanomami.

Antes de iniciarem suas atividades, os médicos passaram por um treinamento específico para atuar em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de atuação, a exemplo da malária.

O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Felipe Proenço, destaca a importância do programa Mais Médicos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a população brasileira. “Hoje, 12 anos após a criação do programa, é possível ver como ele contribuiu para a redução da mortalidade infantil e para a melhoria do acesso à saúde, que é justamente o papel da atenção primária: atender pessoas com problemas de saúde que poderiam se agravar e demandar hospitalização. O programa evita essas hospitalizações e cuida das pessoas perto de suas famílias, junto de suas comunidades”, pontua.

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Com o objetivo de assegurar a eficácia do programa e a qualidade do atendimento prestado à população, o ministério pasta acompanha de perto o desempenho dos profissionais. Um dos principais instrumentos de monitoramento é o e-SUS APS, que permite registrar e acompanhar o histórico dos pacientes, facilitando a integração entre a atenção primária e os demais níveis de cuidado.

Foto: Matheus Damascena/MS
Foto: Matheus Damascena/MS

Quase 25 mil médicos em atuação

Com a meta de alcançar 28 mil profissionais até o final de 2025, o Programa Mais Médicos já assegura assistência a mais de 64 milhões de pessoas em todo o Brasil. Atualmente, cerca de 24,9 mil médicos atuam em 4,2 mil municípios, o que corresponde a 77% do território nacional. Dentre essas cidades, 1,7 mil apresentam altos níveis de vulnerabilidade social. Em dezembro de 2024, o programa registrou um marco ao atingir o maior número de médicos em atividade nos Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs), com 601 profissionais atuando nessas regiões.

Simone Sampaio
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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