AGRONEGÓCIOS
Exportação de amendoim tem controle reforçado flexibilizado pela União Europeia

Dados apresentados no evento “Amendoim Brasileiro: entregando qualidade do campo à indústria” mostram que a melhora na qualidade do amendoim brasileiro promoveu flexibilização das exigências da União Europeia (UE) nas exportações.
O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), destacou avanços no autocontrole da produção nacional de amendoim no evento realizado nos dias 15 e 16 de abril, na região da Alta Mogiana, em São Paulo.
O diretor do Dipov, Hugo Caruso, destacou que a redução expressiva da ocorrência de aflatoxinas — substâncias tóxicas produzidas por fungos — foi um marco para o setor. Em 1998, o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) indicava que 80% das amostras de amendoim apresentavam contaminação. Esse índice caiu para menos de 20% a partir de 2013, reflexo de ações de fiscalização e investimentos em autocontrole pelas indústrias.
Graças a essa evolução, em junho de 2024, a União Europeia retirou o amendoim e a castanha-do-Brasil do Anexo I do Regulamento de Execução (UE) 2019/1793, que previa controle reforçado sobre esses produtos. Agora, as exportações brasileiras são submetidas apenas aos níveis regulares de inspeção.
Apesar da flexibilização, o Dipov continuará o monitoramento. Em 2024, três amostras apresentaram índices de aflatoxina acima dos limites permitidos. Caruso alertou que, caso o desempenho do setor regrida, os controles poderão voltar a ser mais rígidos. “Em função dessa manifestação do bloco, não se justifica um nível reforçado de controles oficiais a esses produtos, adotado desde 2021”, explicou.
Promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), com participação de representantes do Mapa, Anvisa, ApexBrasil, Ital e do setor privado, o encontro, também promoveu visitas a plantações, indústrias, cooperativas e unidades de processamento em Ribeirão Preto, Luís Antônio, Jaboticabal e Borborema. Além de Caruso, participaram do evento a coordenadora-geral da Qualidade Vegetal, Helena Pan Rugeri, o superintendente do Mapa em São Paulo, Estanislau Steck, e auditores fiscais que atuam na fiscalização de produtos vegetais da região.
EVOLUÇÃO NO SETOR DO AMENDOIM
A mudança nas exigências de controle efetivou-se em junho de 2024, mas o Mapa segue monitorando o setor. A Lei nº 14.515/2022, conhecida como Lei do Autocontrole, exige que os produtores comprovem suas ações para garantir a inocuidade, sanidade e qualidade dos produtos.
Segundo a ApexBrasil, o Brasil produziu 875,2 mil toneladas de amendoim em 2023, representando 2,3% da produção mundial e ocupando a 7ª posição no ranking global. Desde 2014, o setor cresce, em média, 9% ao ano.
Em 2001, o setor criou o Programa Pró-Amendoim, que lançou o selo Abicab, certificando produtos em conformidade com os padrões de segurança e qualidade, auditados por organismos externos.
São Paulo é o maior produtor nacional, com destaque para as regiões da Alta Mogiana e Alta Paulista. Na Alta Mogiana, o amendoim é consorciado com a cana-de-açúcar, contribuindo para a recuperação do solo ao fixar nitrogênio. Na região de Tupã, a cultura é usada na reforma de pastagens. Mais recentemente, a produção também avançou para os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

AGRONEGÓCIOS
Plenárias regionais revelam ampla participação social na construção do Plano Nacional da Pesca Artesanal

O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e o Fórum Nacional da Pesca Artesanal (FNPA), em parceria com a Secretaria Geral da Presidência da República, realizaram, de outubro de 2024 a abril de 2025, todas as plenárias regionais para a construção do 1º Plano Nacional da Pesca Artesanal (PNPA) de nosso País.
Foram ao todo sete encontros ocorridos em todas as regiões do Brasil, os quais contaram com mais de 650 participantes e elegeram 130 delegadas e delegados para a Plenária Nacional, que consolidará o PNPA e ocorrerá entre os dias 4 a 6 de setembro de 2025, em Brasília.
De acordo com o secretário Nacional da Pesca Artesanal, Cristiano Ramalho, 80% desse universo foi formado por pescadoras e pescadores artesanais e os 20% restantes por pesquisadores, gestores públicos, grupos de apoio à pesca, movimentos sociais e entidades representativas da pesca artesanal.
“De maneira participativa, ouvimos e construímos juntas e juntos com várias expressões dos modos de vida dos povos da pesca artesanal: caiçaras, marisqueiras, pantaneiros, ribeirinhos, pescadores quilombolas, pescadores indígenas, jangadeiros, pescadores de alto mar, pescadores do mar de dentro, da pesca continental, descendentes de açorianos, comunidades vazanteiras, extrativistas e os demais povos das águas”, afirma.
As plenárias contaram também com a participação de organizações sociopolíticas da pesca artesanal, bem como representantes de universidades, de institutos de pesquisa, de extensão e de diversos outros órgãos governamentais (federais, estaduais e municipais), elaborando propostas, debatendo e fazendo encaminhamentos para o PNPA.
Cristiano Ramalho destaca que foram 21 dias ou cerca de 170 horas de debates democráticos. “Muitas vozes, sonhos, proposições, discussões, desejos de um mundo melhor para os povos da pesca artesanal, que estão, agora, incorporados no documento oriundo das sete plenárias regionais”, conclui.
Com base nesse documento que as delegadas e delegados eleitos irão elaborar o documento final do 1º Plano Nacional da Pesca Artesanal (PNPA), que estabelecerá objetivos, metas e estratégias para as políticas públicas do setor da pesca artesanal para os próximos 10 anos.
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