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Educação quilombola na EJA é debatida na Coneeq

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O Ministério da Educação (MEC) sedia, nos dias 24 e 25 de abril, a 5ª reunião da Comissão Nacional de Educação Escolar Quilombola (Coneeq). O encontro promove duas mesas, com debates focados no processo de mobilização para a implementação da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq), entre outras atividades. A manhã do primeiro dia de evento foi transmitida ao vivo pelo canal do MEC no YouTube. 

Com o tema “Fortalecendo a educação escolar quilombola”, a mesa de abertura foi conduzida pelo coordenador-geral de Educação Étnico-Racial e Educação Escolar Quilombola, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC), Eduardo Fernandes de Araújo. Ele explicou que a reunião daria encaminhamentos importantes ao processo de consolidação das diretrizes curriculares nacionais da educação escolar quilombola. 

Essa reunião é fruto de um trabalho que se iniciou em 2023 com a retomada da Secadi e a construção da nova Diretoria de Políticas de Educação para Educação Étnico-Raciais e Relações Quilombolas (Diperq). Pela primeira vez na história do MEC, após 95 anos, a gente tem uma diretoria voltada para lidar com a educação étnico-racial e a educação quilombola”, comemorou. 

A Coneeq também foi criada em 2023, e sua composição conta com representantes das secretarias do MEC e da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, por meio do Coletivo de Educação. “O coletivo designou a presença de dez quilombolas, duas quilombolas de cada região, professoras e educadoras, que fazem parte da comissão. Com essa formatação, também foi pensada a construção da articulação em torno dos entes federados, relatou o coordenador-geral 

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A abertura trouxe também a fala da professora Jocineide Catarina de Souza, da comunidade de Pita Canudo, em Cáceres (MT). Não tem como falar de educação quilombola, sem a participação efetiva dos quilombolas e das quilombolas. Nada de nós e para nós, sem nós. Infelizmente, a gente ainda consegue contar um número reduzido de pessoas quilombolas que conseguiram alcançar os espaços de poder, pela educação, na educação e com a educação”, disse. 

Em seguida, na mesa “Diálogos entre a educação escolar quilombola e a educação de jovens e adultos: atuação conjunta e articulações entre as agendas das políticas nacionais”, a diretora de Políticas de Educação Étnico-Racial e Educação Escolar Quilombola do MEC, Clélia Mara dos Santos, destacou que as Diretrizes Curriculares da Educação Nacional Quilombola foram elaboradas em 2012, mas ainda não alcançaram os todos os espaços do Brasil. 

Se o país tem, hoje, mais de 11 milhões de pessoas analfabetas, e se a população quilombola soma mais de 1,2 milhão de pessoas, ainda é dramático saber que, desse contingente, 18.99% são analfabetos, a partir dos 15 anos de idade”, relatou a diretora, trazendo dados do Censo demográfico do Brasil de 2022 

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A mesa, que teve também a presença da diretora de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Ana Lucia Sanches, foi conduzida pela mestre em educação e especialista em educação escolar quilombola, Shirley Pimentel. “Precisamos discutir, ampliar e pensar políticas públicas alternativas para que, de fato, a alfabetização de pessoas que não tiveram oportunidade na idade certa possa ser efetivada, inclusive para além de programas de governo. É preciso pensar em uma política de Estado”, defendeu. 

O evento reuniu cerca de 50 pessoas, dentre elas, 22 comissionadas da Coneeq, sendo 10 educadoras quilombolas. Também participaram representantes de ministérios; instituições de ensino superior; organizações da sociedade civil; e secretarias estaduais e municipais de educação. 

 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi 

Fonte: Ministério da Educação

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MEC fortalece estratégias educacionais em encontro no Pará

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O Ministério da Educação (MEC) participou do encontro de gestores, promovido pela Associação dos Municípios das Rodovias Transamaxônica, Santarém/ Cuiabá e Região Oeste do Pará – AMUT, que reuniu prefeitos e secretários de educação em Santarém, no Pará. 

A agenda contou com a presença de equipe técnica do MEC, representando políticas estratégicas do ministério, entres eles, responsável pela política de recomposição das aprendizagens, promovendo um diálogo com representantes de 23 municípios das regiões da Transamazônica, Santarém-Cuiabá e oeste do Pará. O objetivo foi a construção de estratégias locais voltadas à recomposição das aprendizagens e à qualificação da gestão educacional nos territórios. 

Entre os temas debatidos, estiveram o Pacto Nacional pela Recomposição das Aprendizagens, gerido pela Secretaria de Educação Básica do MEC; e o novo Plano de Ações Articuladas (PAR) e o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada à pasta.  O encontro foi realizado na segunda semana do mês. 

“O grande benefício do pacto é impactar nos indicadores de aprendizagem, especialmente daqueles estudantes que não conseguiram avançar como o esperado. Também propomos planos de resposta para situações de calamidade pública ou eventos climáticos extremos, como as enchentes e estiagens que afetam a educação na região Norte. Nosso compromisso é garantir o direito de aprender, mesmo diante dos desafios”, destacou a consultora educacional do MEC, Aline Rabelo, que apresentou as diretrizes da iniciativa. 

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O evento serviu para que prefeitos e gestores pudessem tirar dúvidas sobre o uso dos recursos federais, a regularização de saldos em conta e o planejamento para os repasses de 2025. A coordenadora-geral do PDDE, Fernanda Lucena Ribeiro Vilela, ressaltou a importância do FNDE como articulador de políticas públicas. “O FNDE é um pilar de apoio para que as redes consigam implementar políticas eficazes e garantir que os recursos cheguem a quem mais precisa: os estudantes da escola pública”, mencionou. 

Pacto Instituído pelo Decreto nº 12.391/2025, o Pacto Nacional pela Recomposição das Aprendizagens é uma política pública do MEC que tem como objetivo apoiar os sistemas de ensino estaduais, municipais e o Distrito Federal na superação das perdas educacionais agravadas pela pandemia da Covid-19 e por outras situações de emergência. A iniciativa busca garantir que todos os estudantes da educação básica tenham a oportunidade de recuperar e consolidar aprendizagens essenciais, especialmente nos anos iniciais do ensino fundamental, com foco em leitura, escrita e matemática. 

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O pacto propõe uma atuação articulada entre União, estados e municípios, com oferta de apoio técnico e financeiro, instrumentos de planejamento, formações continuadas e materiais pedagógicos. Como exemplos práticos, a política viabiliza: o monitoramento contínuo da aprendizagem por meio de avaliações formativas; a produção de guias e referenciais curriculares para a recomposição; a destinação de recursos para aquisição de materiais didáticos complementares e tecnologias educacionais; e a capacitação de professores e gestores escolares em estratégias de recomposição e gestão pedagógica. 

Trata-se de um compromisso estruturante com a equidade e a garantia do direito à aprendizagem, promovendo ações que ajudem os estudantes a seguir aprendendo com qualidade, mesmo em contextos adversos como enchentes, estiagens ou longas interrupções no calendário letivo. 

 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB) 

Fonte: Ministério da Educação

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